terça-feira, 1 de setembro de 2015

AS SEMENTES DO BEM ( E DO MAL )


A parábola “O Semeador” é uma das mais conhecidas de Jesus Cristo. Ela é uma das raras que aparecem nos chamados Evangelhos Sinóticos. É, também, uma das poucas que Jesus esclarece praticamente o seu sentido.

Mas não vamos entrar no mérito religioso, teológico ou qualquer outro tipo de exegese. Tentaremos uma consideração mais humanística...

Vivemos um mundo louco, dominado pela instantaneidade, com mensagens de todos os tipos e meios. Essas mensagens, principalmente, no que se referem  ao consumismo. Mensagens que se juntam com tantas outras, como religiosas e, inclusive, para o uso de drogas lícitas e ilícitas.

Como na parábola “O Semeador”, que semeia é identificado apenas como o lavrador que sai a semear, não é identificado, ficando no âmbito do mistério. O mais importante são a semente e o tipo de solo que  vai receber a semente.

Hoje, também, é assim. Há um semeador (ou semeadores) extremamente atuante, invertendo os valores da parábola original... Mas os conteúdos são intensos... Muitos são formadores de opinião. Aliás, a maioria é composta de formadores de opinião, aqueles que se utilizam de meios específicos para atingir um público cada vez maior para disseminar suas ideias.

Como sobreviver a tamanha tempestade?  Parece que somos o solo fértil que recebe todas as sementes, de todos os tipos... As árvores crescem boas e más, e estas sufocam as boas. Sucumbindo ao longo da vida, tornam infelizes as pessoas e suas famílias, co-dependentes de suas tristezas.

Bons semeadores persistem e subsistem. São os formadores de opinião sérios e honestos... São os religiosos (padres, freiras, pastores e pastores), jornalistas, radialistas, artistas, atores, enfim de eterna luta do bem contra o mal.

Portanto, essa luta envolve o semeador que quer aparecer e as ideias, cada vez mais confusas... As pessoas ficam em segundo plano, jogadas ao imediatismo da mídia e da tecnologia da informação. Situações como essas apenas reforçam a condição de massa de manobra, a serviço da elite dominante.

É preciso que cada pessoa tome consciência dessa rede de mensagens que a envolve, e se posicione de forma crítica buscando separar o joio do trigo e se transformar em solo fértil para as sementes do bem.

Vai ajudar muito a adoção de momentos de desplugue, isto é, desligamento do mundo tresloucado das comunicações imediatas, e praticar um mergulho no mundo do conhecimento, através da  inflexão e reflexão... E arrumar a “caixa” das ideias.



Imagem: Google

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