segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

ESQUERDA E DIREITA NÃO PRECISAM EXISTIR


É tempo de pensar diferente. Estamos nos referindo à dicotomia política entre esquerda e direita.

Uns dizem que q esquerda acabou... E faz tempo! Desde a queda do muro de Berlim, em l989. A partir de então a direita vem dominando o cenário político em todos os lugares.

O que é “direita”? E o que é ”esquerda”?

A direita congrega os partidos políticos mais conservadores. As pessoas de direita são as donas do poder, tanto do poder político quanto do poder econômico. Esta concepção surgiu na Revolução Francesa. Naquela época as pessoas que não queriam perder os privilégios vindos da monarquia, naturalmente se alinhavam à direita e formavam partidos com essa ideologia para defenderem seus interesses.

No contraponto, as pessoas que sonhavam por uma vida melhor, com mais dignidade, com mais direitos sociais, econômicos e políticos, passavam a se alinhar à esquerda. Mas foi com o Marxismo que a esquerda se politizou de fato, pois foi essa ideologia que fomentou no mundo inteiro o Socialismo, como caminho para se atingir o Comunismo, situação em que as diferenças sociais deveriam desaparecer.

Mas nada disso aconteceu. O Socialismo tornou-se vigoroso durante o Século XX, mas desapareceu com o seu fracasso na União Soviética. E como uma onda (ou tsunami) foi se desmantelando mundo a fora, desamparando das classes sociais empobrecidas que depositavam nessa ideologia fundadas esperanças de uma vida melhor.

Fenômeno recente, o Partido dos Trabalhadores, surgiu no Brasil como uma luz no fim do túnel. Adotando um discurso de esquerda, mas sem representar profundamente as ideias e os ideais da esquerda tradicional, o PT faliu na mesma velocidade como surgiu. Não co seguiu sobreviver aos encantos do poder.

Essa discussão vai longe. E a verdade é que a direita continua dominando, defendendo, é claro, os interesses dos conservadores, os donos do poder.  A desigualdade continua, o descompasso entre discurso e prática, também, deixando os excluídos cada vez mais excluídos.

A grande verdade, é que se a pregação da direita indica o desaparecimento da esquerda, porque seus representantes são iletrados, incultos e até ágrafos (não sabem escrever), a direita também deve desaparecer por sua arrogância, pedantismo, autoritarismo e desprezo pelos excluídos.

É preciso uma nova ordem, uma nova classe política, uma nova ideologia que tenha como centro de suas atenções o ser humano. Podemos chamá-la de “humanismo”, “gentismo”, “socialismo humanizado”, “capitalismo humanizado”, ou qualquer ou denominação, desde que indique a pessoa humana e a sua dignidade como centro.

Todo o processo político deve ser desconstruído e reconstruído em base humanas, não humanitárias (sinônimos de ajuda, caridade, esmola, enfim, manutenção do status quo). É possível até resgatar o socialismo cristão. Mas isso pode ser um retrocesso.

Nada de combater empresários, latifundiários e outros membros da elite conservadora. Nada, também, de achar que só essa gente sabe pensar corretamente.  Vamos buscar uma transformação, via educação, no modo de pensar e de fazer política. Acabar com a corrupção e com a política de carreira. Buscar a honestidade e a valorização humana.

Portanto, buscar a utopia e começar tudo de novo, sob a bandeira da dignidade humana. Sem os políticos da esquerda, muito menos os da direita.


Imagem: Google


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