quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

OS CONSAGRADOS E O FUTURO DO PLANETA

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Na ilustração acima, o Papa certamente se refere àquelas pessoas que renunciam sua vida pessoal para “consagrar-se” á vida religiosa. Claro que é uma bênção a vida consagrada. E como o mundo  precisa de consagrados! Consagrados por vocação, assumida de forma adulta e serena. E haja luta para aqueles que se dedicam às missões, por exemplo, nos longínquos recantos onde reinam a miséria absoluta, especialmente a miséria material, a fome e a falta de perspectiva de futuro.  A alegria está na satisfação de servir e na esperança de que são portadores.

Ah! Como o mundo necessita dos consagrados... E, pensando bem, em todos os setores da atividade humana são necessários a presença dos consagrados, não apenas daqueles que fazem suas renúncias, seus votos de pobreza, de castidade e de obediência, mas também daqueles que assumem, de fato, as vocações que sentem.

O mundo necessita de pais consagrados à missão verdadeira do “ser pai”, de mães consagradas e lutadoras,  de profissionais liberais assumidos e honestos consigo mesmos e com aqueles a quem servem. De políticos autênticos que vestem a camisa do bem comum, e não de seu “próprio bem”.

O mundo necessita de consagrados à luta pela paz ou pela sua preservação. Na paz todos ganham... Na guerra todos perdem. Vejamos a luta inglória pela sobrevivência da natureza diante da avalanche destruidora da ganância humana.

Para consagrar-se fora do mundo religioso, também são necessárias (e esse é o problema) renúncias, especialmente da renúncia ao egoísmo, à arrogância, ao consumismo, à ganância, ao autoritarismo, à corrupção e a tantas outras. Também são necessários o desapego e a obediência à consciência, à ética, à moral e à história de vida.

Vista por este prisma, parece difícil encontrar os “consagrados’ de que tanto o mundo precisa. No reino do “salve-se quem puder”, parece não haver a alegria da esperança, uma perspectiva sorridente no horizonte.

As pessoas de bem, ou melhor, as “bem intencionadas”, os “líderes estadistas”, que sozinhos nada podem fazer, mas têm o condão de enxergar mais longe e podem emitir os alertas, os conselhos e mostrar os caminhos. entretanto como tais pessoas, como o Papa Francisco, os professores, os magistrados, os formadores de opinião, poderão ser ouvidos?

Estamos num impasse. Com tantas facilidades de comunicação, midia e redes sociais, a conscientização não chega às pessoas, O que chega é a banalização, as notícias catastróficas, mas nenhuma luz de esperança.

E o minúsculo, mas lindo ponto azul, no recôndito do universo, abençoado por Deus, tende a se obscurecer e se apagar, vítima de suas próprias criaturas humanas. Que tristeza!



Imagem: Google

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