Na
ilustração acima, o Papa certamente se refere àquelas pessoas que renunciam sua
vida pessoal para “consagrar-se” á vida religiosa. Claro que é uma bênção a
vida consagrada. E como o mundo precisa
de consagrados! Consagrados por vocação, assumida de forma adulta e serena. E haja
luta para aqueles que se dedicam às missões, por exemplo, nos longínquos recantos
onde reinam a miséria absoluta, especialmente a miséria material, a fome e a
falta de perspectiva de futuro. A
alegria está na satisfação de servir e na esperança de que são portadores.
Ah!
Como o mundo necessita dos consagrados... E, pensando bem, em todos os setores
da atividade humana são necessários a presença dos consagrados, não apenas daqueles
que fazem suas renúncias, seus votos de pobreza, de castidade e de obediência,
mas também daqueles que assumem, de fato, as vocações que sentem.
O mundo
necessita de pais consagrados à missão verdadeira do “ser pai”, de mães
consagradas e lutadoras, de
profissionais liberais assumidos e honestos consigo mesmos e com aqueles a quem
servem. De políticos autênticos que vestem a camisa do bem comum, e não de seu “próprio
bem”.
O mundo
necessita de consagrados à luta pela paz ou pela sua preservação. Na paz todos
ganham... Na guerra todos perdem. Vejamos a luta inglória pela sobrevivência da
natureza diante da avalanche destruidora da ganância humana.
Para consagrar-se
fora do mundo religioso, também são necessárias (e esse é o problema) renúncias,
especialmente da renúncia ao egoísmo, à arrogância, ao consumismo, à ganância, ao
autoritarismo, à corrupção e a tantas outras. Também são necessários o desapego
e a obediência à consciência, à ética, à moral e à história de vida.
Vista por
este prisma, parece difícil encontrar os “consagrados’ de que tanto o mundo precisa.
No reino do “salve-se quem puder”, parece não haver a alegria da esperança, uma
perspectiva sorridente no horizonte.
As
pessoas de bem, ou melhor, as “bem intencionadas”, os “líderes estadistas”, que
sozinhos nada podem fazer, mas têm o condão de enxergar mais longe e podem emitir
os alertas, os conselhos e mostrar os caminhos. entretanto como tais pessoas,
como o Papa Francisco, os professores, os magistrados, os formadores de
opinião, poderão ser ouvidos?
Estamos
num impasse. Com tantas facilidades de comunicação, midia e redes sociais, a
conscientização não chega às pessoas, O que chega é a banalização, as notícias
catastróficas, mas nenhuma luz de esperança.
E o minúsculo,
mas lindo ponto azul, no recôndito do universo, abençoado por Deus, tende a se
obscurecer e se apagar, vítima de suas próprias criaturas humanas. Que tristeza!
Imagem:
Google
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