O bom e
o belo, que também se vinculam ao verdadeiro e ao útil, abrem um leque enorme
de considerações, desde os primórdios da filosofia até a atualidade e suas
projeções para o futuro.
Nossas
considerações serão limitadas. O espaço é pequeno... Fixaremo-nos um pouco na
questão do bom e do belo. Noções que devem ser apresentadas à criança já nos
primeiros anos de suas atividades escolares.
Segundo
Eugenio Mussak, “...o bom está
relacionado à construção da moral, da ética e da compaixão”. Valores
essenciais para uma equilibrada convivência humana. A convivência jamais deve
ser ensinada tem como o base o “ter”, sendo cada um como o centro das relações
sociais. É fundamental a noção de quem ninguém sobrevive isoladamente. Deve
haver uma inter-relação, uma interdependência. Todos necessitam de todos, desde
o nascer.até o morrer. E no meio do caminho, então nem se fala.
O belo
se comunica diretamente com o espírito com a alma, através da arte, da música,
das artes enfim. Não resta dúvida que o belo é uma espécie de comunicação com o
divino, com a espiritualidade e com a religiosidade, com o transcendente. O fim
último do belo é o amor e o amor torna tudo muito bonito, belo. Há uma simbiose
entrenó belo e amor e vice-versa.
Entretanto,
tais noções, tais ideias não são introjetadas de graça, pelo ser humano. É
preciso que ele passe por um processo educativo, exatamente durante o seu
processo de crescimento, de inter-relação, de educação, de amadurecimento. O
ambiente é muito importante. Numa situação de sofrimento, de tristeza, de
tragédia ou de des-educação, o bom e o belo fatalmente irão para um segundo ou
terceiro planos.
Em
situações de crises generalizadas também. Ninguém vai se preocupar com o bom
(irmão gêmeo da moral) e com o belo (coisas do espírito) Se há desemprego e
preocupações com o quê se vai alimentar hoje ou amanhã; Responsabilidade dos
políticos.
Quem
sabe ver mais a bondade que a maldade, mais a beleza que a feiura, caminha para
o equilíbrio emocional e a maturidade e isso vai influenciar de forma decisiva
o equilíbrio pessoal e social. Do contrário, isto é, com a falta de equilíbrio,
é fácil perceber os reflexos na sociedade: violência, incredulidade,
religiosidade supérflua, banalização, corrupção, desmandos de toda ordem. E
fundamentalismos exacerbados (religioso, político, ideológico) Desengano...
Desinteresse... Apatia... Desesperança... Sofrimentos...
A
educação tem parte nisso tudo. A grande mídia (televisiva), a serviço da elite
dominante e política, também. Para sobrepor ao bom, e ao belo surgem a falsa
busca pela verdade (alienação) e o conceito do útil. O mundo atual é
utilitário, consumista, frio, egoísta...
Alguns
intelectuais lutam por sobreviver neste marasmo tentando aproveitar as brechas
que a mídia oferece e passar às pessoas rudimentos desses fundamentais conceitos.
Tarefa inglória. Que Deus os abençoe.
Imagem:
Google
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