segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A REPÚBLICA, DO SIMPLES AO COMPLEXO


Precisamos refletir um pouco sobre a questão da “República”, palavra que herdamos dos romanos. Entre eles a expressão “res pública” significava “coisa pública” ou “assunto público”. Modernamente, República é a forma de governo em que o Chefe de Estado ou o Governante é escolhido em eleição direta pelos próprios cidadãos, de acordo com a legislação estabelecida.

O Governante recebe, pelo voto, uma delegação para governar por um período limitado, sendo reeleito por algumas vezes, também, de acordo com a legislação vigente.

Assim, em princípio, na República, o governante, recebendo uma delegação, está a serviço do povo e jamais deve pensar ou colocar o povo a seu serviço. A República pressupõe uma democracia, com divisão equitativa de poderes, com funções bem definidas: Executivo, Legislativo e Judiciário.

O poder Legislativo elabora as leis, sob demanda da população. Os legisladores, Deputados e Senadores, são, da mesma forma escolhidos pelos cidadãos. Deve, o Legislativo, estar atento às necessidades do povo, especialmente no que e refere à modernização das leis, diante da modernidade e das novas exigências da vida humana no mundo moderno.

O Executivo, em linhas gerais executa as leis, gerencia o país, protege-o das ameaças internas e externas. Cuida das obras, do orçamento, dos investimentos, do equilíbrio na economia, da saúde, da educação, do saneamento, da infraestrutura, de oferecer aos cidadãos iguais oportunidades para a realização pessoal e profissional.

O Judiciário cuida do cumprimento das leis, do estabelecido na Constituição, a Lei Maior, a Carta Magna, elaborada por representantes dos cidadãos.

Esta parece ser uma definição irrelevante, simplista e didática da República, instalada num país que não existe. Um sonho românico. E é verdade. Hoje, os homens, os políticos, complicaram tanto a República, que a descaracterizaram. A verdadeira República não existe mais. Existe, sim, um sistema de jogo de poder, em que manda que pode, obedece quem tem razão. É uma forma mascarada de ditadura.

Neste 15 de Novembro vamos comemorar a implantação da República do Brasil, em 1889. Vamos comemorar, sim, Mas a República Brasileira está tão vilipendiada que há mesmo um profundo sentimento de frustração, de incerteza e mesmo de tristeza com o que está ocorrendo no país.

Populismo à solta, incoerência entre discurso e prática, lapidação do bem público. Corrupção, descrédito para com os políticos, frustração com a justiça, incertezas com a economia, assistência social em perigo. Falência da proteção ao meio ambiente. Violência, drogas, Insegurança.

Se a República for realmente definida como a promotora e protetora do bem comum ela ainda é um sonho distante.


Imagem: Google

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