segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A CONSPIRAÇÃO POSITIVA


È preciso, em primeiro lugar, algumas considerações a respeito da palavra “conspiração” e suas derivações, como, porexe4mplo, “a teoria da conspiração... ou de conspiração”. Não vamos aprofundar muito no tema, pois, esse não é o nosso propósito aqui.

Conspirar é de origem latina, a partir da palavra “conspirare” e significa pensar junto, respirar junto, soprar junto. É formada pelos vocábulos con (= junto), mais spirare (= soprar, respirar).

Hoje a palavra tem um cunho essencialmente político. Conspirar é tramar, combinar, fazer planos... Tudo de maneira secreta para atingir determinados fins, como por exemplo, derrubar governos para implantar ditaduras. Pode haver conspiração para prejudicar igrejas, instituições, diretorias de empresas  publicas e privadas, e até mesmo para prejudicar pessoas.

Existe, também, o conceito das “teorias da conspiração”, que ganhou força a partir da Década de 60, especialmente após o assassinato do Presidente Americano John F. Kennedy. As investigações desse crime levaram às suspeitas de muitos grupos interessados em sua morte. A execução do crime seria apenas a ponta de um grande iceberg, até hoje não totalmente desvendado.

Com essas in formações dá para se perceber que conspirar, fazer parte de uma serta secreta, com planos específicos (claro, não revelados) não é coisa boa, ou agir para o mal. Assim, conspirar é sempre para o mal de alguém.

Entretanto, não será possível, também, conspir3ar para o bem? Juntar forças, combinar, planejar ações, não prejudiciais, mas para o bem da comunidade, da sociedade, das instituições, das pessoas? Uma conspiração positiva!

Quando alguém participa de uma corrente para praticar o altruísmo, ajudar o próximo, praticar a caridade, a solidariedade, está em última análise, participando de uma conspiração positiva. Gestos de amor... E é muito interessante o poder de multiplicação que tais gestos têm. Cria-se uma espécie de aura, de iluminação, e aquele gesto pode gerar outro, que pode gerar outro e assim por diante.

Algumas falas históricas justificam esse otimismo. Antonio Frederico Ozanam, hoje Beato, fundador da Sociedade de Sociedade de São Vicente de Paulo, escrevendo para um amigo, em 1831, afirmou categoricamente seu sonho de “abraçar o mundo numa rede de caridade”. Já no final do Século XX, João Paulo II, hoje Santo, lançou um apelo ao mundo para a a “globalização da caridade”, ao perceber que a globalização econômica inclui poucos e exclui muitos. São conspirações positivas. A Sociedade de São Vicente de Paulo é uma realidade mundial. A “globalização da caridade”, um projeto ainda em aberto. Porém, se macro mundo é um sonho0 distante, no mundo micro das relações interpessoais pode, sim, ser uma realidade papável.

Participar da corrente da conspiração positiva pode começar com um gesto simples: “Acender uma vela antes de maldizer a escuridão” e dar um passo à frente em direção do outro e considerá-lo, não um competidor, mas um companheiro de caminhada.



Imagem: Google

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