Muito se
fala hoje em democracia, agora que os meios de comunicação de massa, somando-se
à internet estão facilitando enormemente o acesso à informação, inclusive dos
mandos e desmandos políticos.
Claro que
o populismo, um dos desvios naturais da democracia política, faz com que a
igualdade democrática seja elevada ao primeiro plano. O populismo é a arte de
enganar com discursos inflamados. E é, também, uma forma de cooptar o povo,
especialmente aquela parcela inculta. Cooptar é atrair para o seu lado.
Mas isso
não vem ao caso. Acontece que quem frequenta por necessidade de saúde os
“Pronto Atendimentos” dos hospitais e lá permanecem por longas horas, sujeitas
as vicissitudes do frio e da fome, além da dor, da ansiedade, do medo, da falta
de perspectiva, com um pouco de argúcia ainda pode observar os movimentos, as
entradas e saídas das pessoas, com os mesmos sentimentos e com as mesmas
ansiedades.
Há um
sentimento de igualdade, não importando as origens, as classes sociais, as
perspectivas de vida, se chegam amparados por planos de saúde ou pelo SUS.
As falas
indicam as vicissitudes do frio e da fome, além da dor, da ansiedade, do medo,
da desesperança. Todos lembram-se de Deus, como nunca se lembraram na vida. É o
signo da igualdade, da democracia.
A doença
acende o sinal amarelo. O ser humano também tem prazo de validade, há que se pensar
na finitude, no limiar do infinito. A todos o mesmo destino: a morte. Na falta
de maturidade a morte gera pânico, apesar de ser a verdade mais cristalina da
vida.
Na vida
tudo é incerto, tudo é transitório, nada é definitivo. A vida é uma linha reta
que une o nascer ao morrer. O intervalo deve ser vivido de acordo com as
possibilidades e perspectivas, antes da doença chegar. Doença rima com
decrepitude, com fraqueza física, com entrega.
Na
doença, mais uma vez a maturidade fala mais alto. Os médicos, os psicólogos, os
especialistas em emoção humana, são unânimes em afirmar que um estado de
espírito positivo facilita a cura e o prolongamento da vida.
E uma
certeza ajuda nessa constatação: a igualdade, a democracia da doença, ajuda no
consolo e na descoberta de que os seres humanos existem para serem iguais. O
nascimento é igual e a morte também. A vivência do infinito também.
Portanto,
otimismo sempre, ainda que o frio, a fome, a incerteza de um Pronto Atendimento
nos faça sentir algo muito pequenos.
Importante:
confiar em Deus é fundamental.
Imagem:
Google
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