Não
falaremos daquele sentimento frio que desumaniza as pessoas, e as torna
indesejável em qualquer relacionamento.
A frieza
como estratégia de luta tem a ver com o autocontrole, com o uso da razão, em
situações de risco, de emergência, de iminência, onde emoção mais prejudica do que ajuda.
Muitas
situações da vida exigem frieza. Muitas decisões precisam ser tomadas, decisões
que são definitivas. Decisões que não devem ser tomadas no afogadilho, na
precipitação. É preciso frieza.
A frieza,
a racionalidade, visa avaliar todos os ângulos da situação e as consequências,
não raras irreversíveis. Portanto, decisões que são passos definitivos.
Praticamente
todos os profissionais vivem, em algum momento, situações de tomada de decisões
estratégicas, que podem até comprometer suas carreiras. A frieza precisa falar
bem alto.
Mães e
pais estão sujeitos às emergências em relação aos filhos, iminências de
acidentes ou mesmo de doenças, febre alta ou situações de dores inexplicáveis,
infecções especialmente de garganta que fazem os pequenos sofrerem muito. As
decisões precisam ser tomadas com rapidez, mas com frieza.
Motoristas,
motoristas de carretas, condutores de ônibus... Estes com muitas vidas sob sua
responsabilidade. Eles convivem no cotidiano com situações de decisões rápidas,
mas nada de precipitação, de ações impensadas. A frieza precisa fazer parte da
estratégia.
E os
médicos? O que dizer? Mais do que nunca a frieza para preservar a vida. E eles
estão preparados para isso.
Os
professores, que hoje são vilipendiados, ofendidos, menosprezados, de repente
se vêm na situação de tomar uma decisão, sob o risco de perder totalmente a
autoridade sobre a sala. E todos ficam esperando a decisão a ser tomada. Muita
frieza, sangue frio e racionalidade. Mesmo porque no sistema educacional o
empoderamento dos alunos acontece em detrimento da autoridade do professor. Há
que haver o equilíbrio e um mínimo de autoridade precisa ser preservada.
Nem
sempre é possível manter a frieza. Somos humanos e temos sangue quente. Mas não
se pode esquecer que manter a razão em primeiro plano é uma estratégia de luta
pela vida. Frieza é fundamental.
Pessoas
racionais, frias, calculistas, não ao extremo, conseguem o equilíbrio
necessário para as decisões importantes da vida.
Porém,
resta o alerta: a frieza não deve ser o componente mais importante nos
relacionamentos, por exemplo. Os relacionamentos devem ser ao nível do humano,
com as características do humano: acolhimento, compreensão, respeito, amizade
sincera.
A vida é
assim...
Imagem:
Google
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