segunda-feira, 25 de julho de 2016

CUIDAR (APENAS) DOS SINTOMAS


Sintomas são manifestações do e no corpo humano que só a pessoa conhece e faz o relato a terceiros, mas especialmente para os médicos. Por isso os sintomas são subjetivos e sua gradação ou graduação depende muito do nível do autoconhecimento da pessoa. Uma pessoa esclarecida pode compreendê-los de uma maneira e assim relatá-los ao médico. Outras, fazem diferente.

Há, nesse aspecto os riscos da automedicação, que tem levado muita gente a complicações sérias, inclusive à morte. Dor de cabeça, cólicas estomacais e intestinais, tonturas, zumbidos no ouvido, estrelas e faiscamentos nos olhos são sintomas e não doenças. Os médicos precisam ouvir os relatos e procurar os sinais indicativos da presença de um mal, de uma doença.

Dores têm “n” causas. Dores de cabeça são perigosas. Devem ser tratadas de imediato, mas ao persistirem devem ser relatadas a um médico. Se ele não encontrar sinais vai aprofundar o pesquisa com exames especializados.

Um breve relato: ‘Um senhor muito simples, de vida simples, mas com muita experiência de vida, pediu à esposa um chá de boldo, pois estava sentindo uma certa ‘queimação na boca do estômago’. A esposa prontamente fez para ele o chá. No dia seguinte, pediu novamente o chá, mas um pouco mais forte, pois aquele sintoma estava mais intenso. No outro dia, chá mais forte, pois a queimação estava muito intensa. Já sentado numa poltrona, mal conseguiu segurar a xícara de chá bem quente... Ele, a esposa e a família não tinham aprendido a ler o sintoma... O infarto havia se consumado’.

Ler os sintomas... Compreender os sinais... Isso é muito sério! Duvidar de tudo... Buscar ajuda...

A uma das piores frases que alguém pode ouvir de um médico é: “Procurou ajuda muito tarde...” Está certo que há problemas com o sistema de saúde. Está certo que nem sempre as emergências fazem corretamente a leitura dos sinais e não dão a devida importância aos relatos dos sintomas, nem aprofundam os necessariamente os exames...

Mas uma coisa é certa: sintomas e sinais são para serem considerados e podem ser o diferencial entre a vida e a morte.

Sintomas e sinais extrapolam o corpo e ganham o cotidiano. Pais com filhos adolescentes, quantos sintomas e sinais precisam ser avaliados e valorizados. Assim com os relacionamentos em crise... Com os empregos correndo riscos... Com a vida desregrada, plena de aventuras, como se o mundo fosse acabar amanhã... Com os  resultados ruins nos estudos... Com a depressão (perigo de morte iminente). Doenças sociais

Não é prudente, na saúde do corpo e na vida social, ficar apenas nos sintomas e nos sinais. Pode ser o diferencial entre a vida e morte.



Imagem: Google

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