segunda-feira, 3 de abril de 2017

O BOM E O BELO


O bom e o belo, que também se vinculam ao verdadeiro e ao útil, abrem um leque enorme de considerações, desde os primórdios da filosofia até a atualidade e suas projeções para o futuro.

Nossas considerações serão limitadas. O espaço é pequeno... Fixaremo-nos um pouco na questão do bom e do belo. Noções que devem ser apresentadas à criança já nos primeiros anos de suas atividades escolares.

Segundo Eugenio Mussak, “...o bom está relacionado à construção da moral, da ética e da compaixão”. Valores essenciais para uma equilibrada convivência humana. A convivência jamais deve ser ensinada tem como o base o “ter”, sendo cada um como o centro das relações sociais. É fundamental a noção de quem ninguém sobrevive isoladamente. Deve haver uma inter-relação, uma interdependência. Todos necessitam de todos, desde o nascer.até o morrer. E no meio do caminho, então nem se fala.

O belo se comunica diretamente com o espírito com a alma, através da arte, da música, das artes enfim. Não resta dúvida que o belo é uma espécie de comunicação com o divino, com a espiritualidade e com a religiosidade, com o transcendente. O fim último do belo é o amor e o amor torna tudo muito bonito, belo. Há uma simbiose entrenó belo e amor e vice-versa.

Entretanto, tais noções, tais ideias não são introjetadas de graça, pelo ser humano. É preciso que ele passe por um processo educativo, exatamente durante o seu processo de crescimento, de inter-relação, de educação, de amadurecimento. O ambiente é muito importante. Numa situação de sofrimento, de tristeza, de tragédia ou de des-educação, o bom e o belo fatalmente irão para um segundo ou terceiro planos.

Em situações de crises generalizadas também. Ninguém vai se preocupar com o bom (irmão gêmeo da moral) e com o belo (coisas do espírito) Se há desemprego e preocupações com o quê se vai alimentar hoje ou amanhã; Responsabilidade dos políticos.

Quem sabe ver mais a bondade que a maldade, mais a beleza que a feiura, caminha para o equilíbrio emocional e a maturidade e isso vai influenciar de forma decisiva o equilíbrio pessoal e social. Do contrário, isto é, com a falta de equilíbrio, é fácil perceber os reflexos na sociedade: violência, incredulidade, religiosidade supérflua, banalização, corrupção, desmandos de toda ordem. E fundamentalismos exacerbados (religioso, político, ideológico) Desengano... Desinteresse... Apatia... Desesperança... Sofrimentos...

A educação tem parte nisso tudo. A grande mídia (televisiva), a serviço da elite dominante e política, também. Para sobrepor ao bom, e ao belo surgem a falsa busca pela verdade (alienação) e o conceito do útil. O mundo atual é utilitário, consumista, frio, egoísta...

Alguns intelectuais lutam por sobreviver neste marasmo tentando aproveitar as brechas que a mídia oferece e passar às pessoas rudimentos desses fundamentais conceitos. Tarefa inglória. Que Deus os abençoe.



Imagem: Google

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