segunda-feira, 14 de agosto de 2017

A FRIEZA COMO ESTRATÉGIA DE LUTA


Não falaremos daquele sentimento frio que desumaniza as pessoas, e as torna indesejável em qualquer relacionamento.

A frieza como estratégia de luta tem a ver com o autocontrole, com o uso da razão, em situações de risco, de emergência, de iminência, onde  emoção mais prejudica do que ajuda.

Muitas situações da vida exigem frieza. Muitas decisões precisam ser tomadas, decisões que são definitivas. Decisões que não devem ser tomadas no afogadilho, na precipitação. É preciso frieza.

A frieza, a racionalidade, visa avaliar todos os ângulos da situação e as consequências, não raras irreversíveis. Portanto, decisões que são passos definitivos.

Praticamente todos os profissionais vivem, em algum momento, situações de tomada de decisões estratégicas, que podem até comprometer suas carreiras. A frieza precisa falar bem alto.

Mães e pais estão sujeitos às emergências em relação aos filhos, iminências de acidentes ou mesmo de doenças, febre alta ou situações de dores inexplicáveis, infecções especialmente de garganta que fazem os pequenos sofrerem muito. As decisões precisam ser tomadas com rapidez, mas com frieza.

Motoristas, motoristas de carretas, condutores de ônibus... Estes com muitas vidas sob sua responsabilidade. Eles convivem no cotidiano com situações de decisões rápidas, mas nada de precipitação, de ações impensadas. A frieza precisa fazer parte da estratégia.

E os médicos? O que dizer? Mais do que nunca a frieza para preservar a vida. E eles estão preparados para isso.

Os professores, que hoje são vilipendiados, ofendidos, menosprezados, de repente se vêm na situação de tomar uma decisão, sob o risco de perder totalmente a autoridade sobre a sala. E todos ficam esperando a decisão a ser tomada. Muita frieza, sangue frio e racionalidade. Mesmo porque no sistema educacional o empoderamento dos alunos acontece em detrimento da autoridade do professor. Há que haver o equilíbrio e um mínimo de autoridade precisa ser preservada.

Nem sempre é possível manter a frieza. Somos humanos e temos sangue quente. Mas não se pode esquecer que manter a razão em primeiro plano é uma estratégia de luta pela vida. Frieza é fundamental.

Pessoas racionais, frias, calculistas, não ao extremo, conseguem o equilíbrio necessário para as decisões importantes da vida.

Porém, resta o alerta: a frieza não deve ser o componente mais importante nos relacionamentos, por exemplo. Os relacionamentos devem ser ao nível do humano, com as características do humano: acolhimento, compreensão, respeito, amizade sincera.

A vida é assim...



Imagem: Google

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