quinta-feira, 10 de agosto de 2017

ENTRE O PLANTAR E O COLHER...

Viver é como cultivar um jardim ou um pomar. Ou mesmo plantar um vazo, ou construir uma horta.

É sabido que a vida se apresenta em fases, cada uma com suas características especiais, que vão construindo o caráter das pessoas e as tornando especiais, únicas.

Quando nascem as pessoas são um projeto divino, filosoficamente uma espécie de “vir a ser”, tendo como fundamento todo um histórico genético e emocional, formado pelas premissas familiares, a cultura, o ambiente familiar e todo o processo de gestação, se foi calmo ou tumultuado. Acrescente-se a tudo isso o pré-natal, se foi bem feito ou não. As emoções da mãe se comunicam diretamente com o feto, principalmente as angústias e preocupações cotidianas.

Toda essa carga emocional vai se refletir ao longo da vida. As pessoas precisam estar preparadas para, primeiro tomar consciência dessa realidade e, em segundo lugar, tomar as providências buscando o equilíbrio emocional para atingir o mais rápido possível a maturidade, fugindo do infantilismo que pode prejudicar definitivamente o viver de cada um.

Só uma pessoa equilibrada pode preparar um jardim em sua vida. Pois saberá plantar, isto e, fazer as escolhas certas, planejando o seu futuro. A espera deve ser inquieta, não acomodada, mas ativa, que rima com o “regar”, que por sua vez rima com estudos, com buscas, leituras, prospecção de mercado de trabalho e profissionalização.

Nada de antecipar etapas. Nada de precipitação. A colheita antes do tempo diminui a qualidade dos frutos. E muitas colheitas são irreversíveis e matam definitivamente as plantas. Será preciso recomeçar, com todos os desgastes de um reinicio a partir do marco zero.

No decorrer da vida, enquanto o jardim, o pomar, a horta, o vazo, se reciclam, há momentos de esperas. Paciência, na medida certa, paciência ativa, inquieta, com leituras e buscas. Buscas por relacionamentos construtivos, orientadores.

Nada de viver por viver. Nada de aventuras e riscos. A vida como os jardins tem seu ciclo. De repente a terra se esgota e as plantas perdem o viço e deixam de produzir com a mesma intensidade. A vida também....

O corpo enfraquece, a doença chega. Se ele está forte, resiste. Caso contrário traz a perspectiva da dor e do sofrimento. É a consciência da dura realidade de quem não planejou devidamente o seu jardim.

Vivamos enquanto é tempo!



Imagem: Google

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