Ampliando
um pouco mais a postagem de ontem, vamos fazer umas considerações a respeito do
múnus, mais especificamente em relação à amizade. Pois, imaginamos que a
amizade, a amizade verdadeira, também tem o múnus em seu escopo.
Sim,
estamos falando de amizade verdadeira, não e a amizade interesseira...
Foi dito que o múnus corresponde os compromissos naturais
inerentes à às posições que assumimos na sociedade. Ser e ter amigos também..
O que mais se vê nas redes sociais são definições,
algumas até românticas a respeito de amizades. Outras tantas, embora, definindo
de forma bela a amizade, passam ao largo do verdadeiro sentido da amizade
verdadeira e sincera.
A amizade sincera e verdadeira está muito próxima do
amor-ágape, aquele tipo de amor cultivado e praticado por Jesus Cristo... É
amor-doação, amor que dá a vida, o amor desinteressado, aliás, o amor que
coloca a pessoa amada em primeiro lugar.
Ser amigo quando tudo está correndo bem, a felicidade é
plena ( e o dinheiro também) é muito fácil. Continuar a amizade quando chega a
doença, o desemprego, a queda financeira é que são elas...
Quantos e quantos exemplos de abandono, de esquecimento,
de solidão, quando pouco tempo atrás era só alegria, festa, happy-hours...
Mas a amizade verdadeira ainda existe e persiste. Um recadinho de surpresa, uma
visita inesperada, a oferta de algo que o amigo esteja precisando, sem que isso
seja pedido. A amizade verdadeira antecipa, é proativa.
O múnus da amizade é elástico e espontâneo e se forma a
partir da intensidade dessa amizade. Por isso há quem diga que “... eu amo aquela pessoa de graça!”
Para a amizade verdadeira a melhor parte do corpo não é o
coração, nem mesmo o cérebro ou a alma... É o ombro. As palavras quase não são
necessárias, pois o que vale é o acolhimento.
A amizade verdadeira, próxima do amor-ágape, está por
perto nos momentos bons e quando chamada. Porém, vai além: continua por perto
nos momentos ruins e sem ser chamada.
Um teste para a amizade verdadeira? Convide um amigo para
chegar... Se disser: “venho outra hora
com mais calma...”. Repense essa amizade.
Imagens:
Google
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