sexta-feira, 28 de agosto de 2015

QUANDO A DOR SE TRANSFORMA EM SABEDORIA


Este já é um assunto mito explorado pelas redes sociais e pelos grandes gurus da autoajuda. Vamos dar a nossa “palhinha”. Antes, porém, algumas considerações a respeito da diferença entre teoria e prática...

Lemos há muito tempo numa revista de circulação mundial,  em uma época em que o câncer era sinônimo de sentença de morte, o depoimento de uma pessoa que ao ser diagnosticado com essa doença, decidiu não sucumbir à dor passou a viver intensamente os “últimos dias que lhe restavam”. Viveu muito mais o que o previsto e a família não sofreu muito com os impactos de sua morte.

Hoje, o câncer ainda é uma doença terrível, mas a medicina evoluiu muito e as chances de cura são totais. O sofrimento diante do diagnóstico inicial também é intenso, o chão some e toda a família ainda sofre. Mas a consciência do longo caminho  a ser percorrido e que a medicina fará a sua parte deixam  o paciente um pouco mais tranquilo e certo de que a cura, de fato, é possível.

O câncer é uma entre as infinitas causas de dor que afetam as pessoas. Infinitas, sim, pois cada ser humano é um mistério, ou um mundo único e específico, com suas emoções, tristezas, alegrias e, especialmente, dores.

E cada pessoa tem, em função de suas características únicas, reações, também particulares em relação às dores que sofre. Umas pessoas se entregam de corpo e alma ao sofrimento, transformando-se em cadáveres ambulantes. Elas precisam chamar a atenção de qualquer jeito.

Outras, da mesma forma, se entregam de corpo e alma  à superação. Claro que situações de dor são indeléveis, deixando marcas perenes no espírito, no coração e na alma das pessoas. Jamais serão as mesmas. A boa notícia é que a superação traz como consequência,  entre tantas coisas maravilhosas a elevação da autoestima, a dignidade vida, a alegria e, principalmente a maturidade, a experiência, a sabedoria.

É como o velho e bom exemplo do fogo que molda o ferro, a dor e o sofrimento molda o caráter da pessoa, fortalece o seu espírito, torna-a sábia e pronta para superar novos momentos de angustia, ansiedade e dor.

De novo a temática de sempre: é preciso conhecimento, cultura, a cultura que vem dos livros e fundamentalmente o autoconhecimento. Virtudes que a capacitam para compreender que a dor, ou aquela situação que gera dor é  decorrente de uma contingência que é passageira. E a força, nesse momento é não transformá-la em algo contínuo, permanente, destruidor e morte.

A morte é inevitável, pois a vida tem um começo e um fim... São dois marcos no caminho da existência. Entre eles há um intervalo que precisa ser dedicado à vida. Dores são contingências...

A superação é sinônima de sabedoria... Para viver a vida!



Imagem: Google

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O MUNDO CORPORATIVO E OS "CONSULTORES"


Encontramos os ambientes corporativos nas grandes empresas, muitas delas multinacionais, aquelas que vêm de “fora”, pois têm sede em outros países, como aquelas que têm sede aqui e se expandem para o exterior.

Essas empresas geralmente funcionam como holdings, controlando um grande número de empresas. Funcionam como “guarda-chuva”, abrigando essas empresas e exercendo influências em suas administrações exatamente para que elas gerem lucros para seus acionistas.

Revistas e jornais especializados veiculam notícias que informam a dança das cadeiras dos executivos que são substituídos exatamente em busca de melhoria do desempenho financeira da empresa.

E uma das ferramentas para a dar ênfase à esperança de melhoria da performance são as consultorias, que são, por sua vez, empresas ou grupos de pessoas experientes que analisam os resultados, a sua cultura empresarial, as perspectivas de mercado, o tratamento dado à marca e o desempenho das equipes. E propõem as soluções.

Muitos já vivenciaram nesses ambientes corporativos o trabalho desses consultores, com dinâmicas diagnósticas do desempenho das equipes. As frases conclusivas giravam em torno do seguinte: “É, eles mal conseguem sair do situacional”. Acontece que esses consultores não vivem o dia-a-dia e não sabem da pressão que existe, principalmente para o atingimento das metas. Com a palavra os bancários.

Outro exemplo: os pedagogos de aquário. São aquelas pessoas que estudam pedagogia, fazem pós-graduação, imaginam-se donos da verdade e constroem grandes teorias a respeito das salas de aulas, sem um mínimo de experiência, especialmente na periferia. Nada a ver. Pior, as autoridades educacionais preferem ficar do lado delas, jogando toda a responsabilidade pelo fracasso escolar dos alunos sobre o professor, punindo-os principalmente com os baixos salários. Que luta contra a baixa autoestima!

Vejam os clubes de futebol e o inferno de seus bastidores. Os corneteiros, os conselheiros, os empresários, donos dos passes dos jogadores... E a  “currrpa é do ténico que não sabe orientá..” (Adoniram Barbosa)...

A realidade da prática é muito diferente e distante da realidade teórica (se é que existe). Quem nunca fez, quem nunca arquivou papel, quem nunca ministrou aulas, quem nunca jogou futebol, jamais vai conhecer essa realidade, por mais que teorize.

O ruim de tudo isso é que não dá para bater de frente. No mundo capitalista todos somos apenas número. Para cada emprego há centenas na fila, por um preço muito menor. Concorrência desleal quando está em jogo a sobrevivência, o sustento da família e a dignidade de vida.

O mundo corporativo e os “consultores” sabem disso.



Imagem: Google (www.bonde.com.br)

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

OBSTINAÇÃO NA DOSE CERTA

Concordam os dicionários que obstinação é o “apego forte e excessivo às próprias ideias, resoluções, e empreendimentos. É pertinácia, persistência, tenacidade, birra, renitência, esforço em sentido contrário, oposição implacável”, entre outros sinônimos.

É possível perceber que obstinação tem aspectos positivos e negativos, pois pode limitar as ações das pessoas ou levar outras ao sucesso, portanto à grandes vitórias.

A história da humanidade está repleta de exemplos de grandes feitos que só foram conseguidos com a obstinação de seus protagonistas.

Há exemplos tocantes de grandes derrotas e tragédias... Como foi o caso do Nazismo na Alemanha. Isso apenas para citar os casos envolvendo as grandes nações.

Em relação às pessoas as situações se repetem. A obstinação precisa ser pensada na dose certa. Se levada ao extremo pode resultar em fracasso, pois a obstinação deixa de ser virtude e pode se transformar em teimosia, cegueira, irracionalidade, gerando, por exemplo, os crimes passionais, comprometendo vidas. A imprensa sensacionalista está repleta de  exemplos e histórias a respeito.

Obstinação abriga em seu bojo anjos e demônios.

Consciência e equilíbrio... Eis as palavras chaves para dosar a obstinação. Aliem-se a essas palavras a prudência e a certeza de que os objetivos buscados resultarão em bem para si mesmo e para as pessoas envolvidas. Tomemos como exemplo Madre Tereza de Calcutá e sua obstinação pelos pobres e excluídos da sociedade. É uma santa e unanimidade universal.

No triste quadro político em que estamos vivendo falta obstinação pelo bem comum, sobrando obstinação pela dilapidação desse mesmo bem comum em favor do bem próprio. Sinônimo? Corrupção.

Está assim no futebol, na economia e em todas as atividades humanas. O egocentrismo predomina, tendo como base a tecnologia colocada à disposição das pessoas.

A sociedade atual necessita demais de gente com obstinação pelo bem do próximo, pelo altruísmo, pela solidariedade, pela ajuda mútua, pelo acolhimento. Não de alienação, de fuga, de irresponsabilidade.

É correto, é ético lutar pelos bens necessários à vida, à dignidade humana, ao futuro da sua família. Já não é ética a ganância, a luta pelo poder, com menosprezo ao bem comum, à natureza, ao ambiente...

Obstinação sim, mas na dose certa...



Imagem: Google

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

QUANDO SOME O CHÃO


Situações imprevisíveis...

Os seres humanos pré-históricos, em suas cavernas, quando percebiam a ação da natureza, especialmente as tempestades, ficavam estupefatos e nada compreendiam, pois sua cultura de então não possibilitava o conhecimento necessário para a leitura do que estava acontecendo.

Os terremotos, os maremotos, os raios, os incêndios, as doenças, as mortes prematuras, entre tantos outros acontecimentos não compreendidos pela razão humana eram transferidos para o plano sobrenatural... Com isso nasceu a religiosidade primitiva e o misticismo.
Nascia, então, o conceito da ira dos deuses, as superstições e as religiões mais radicais. A ira dos deuses era amenizada, na crença deles, pelos sacrifícios de animais e humanos.

Com as transformações civilizatórias essas práticas não mais existem...
O Cristianismo, por exemplo, humanizou a religiosidade e transformou esse conceito de sacrifício (que era muito usado no Antigo Testamento)... Hoje a Eucaristia é a memória do sacrifício que tudo resgatou, a crucifixão de Jesus Cristo.

Entretanto, a humanidade não perdeu suas origens, seus aspectos arcaicos e primitivos, arraigados nas profundezas do inconsciente, mas não adormecidos.

Por isso, ainda somos surpreendidos com situações que não compreendemos, que não conhecemos e que, por isso, não aceitamos ou por elas entramos em pânico, pois o chão sob nossos pés desaparece, some e as reações psicossomáticas são instantâneas: sudorese nas mãos, palpitações devido a descarga de adrenalina, perda momentânea da orientação... Não sabemos o quê fazer... Perdemos o controle da situação... Ficamos revoltados ou desejamos fugir (síndrome da avestruz).

Como nossos irmãos primitivos, passado o estresse inicial, lançamos mãos da religiosidade e pedimos socorro aos deuses... Os milagres realmente acontecem, mas na maioria dos casos, como na pré-história, a ciência explica o raio que incendiou aquela árvore, agora também explica muitos dos acontecimentos que a não conhecemos ou não compreendemos.

As crianças e os idosos são quem mais sofrem com essas situações inexplicáveis, incompreendidas... As crianças têm alternativas, pois podem recorrer aos pais, aos professores, aos irmãos mais velhos, aos adultos enfim...  Já os idosos perdem, por razões próprias, totalmente o seu “chão”, se desorientam em o pânico acontece. E sofrem, muitas vezes calados, recolhem-se e deixam rolar as lágrimas.

Vamos olhar com olhos de compreensão as situações imprevisíveis... Elas são como pontos de vista, isto é, diferentes para cada pessoa, especialmente para as crianças, para os idosos e para aqueles que não tiveram a felicidade de aprofundar os seus estudos.

Antes de tudo o “ser humano” e sua dignidade.



Imagem: Google (www.psicologosberrini.com.br)

terça-feira, 18 de agosto de 2015

DIÁLOGOS E DIVERGÊNCIAS


O verdadeiro diálogo deve ser um caminho de mão dupla, democrático e com profundo respeito às divergências.

Cada pessoa é um universo único, até misterioso. Cada ser humano é único, com sua história, suas heranças, suas premissas, sua formação, sua cultura familiar, enfim...

Que maravilha a existência das divergências! Que maravilha a as possibilidades de acordos nos diálogos sérios!

Falar em diálogo democrático e compará-lo com uma estrada de mão dupla é quase um pleonasmo... Entretanto, serve para reforçar a ideia de “diálogo” envolvendo no mínimo duas pessoas... Senão seria um “monólogo”. E existe algo mais enfadonho, hoje em dia, do que só uma pessoa falando e não admitindo o contraditório? Nem pensar.

E isso serve para palestras, retiros, conferências, aulas, conversas entre amigos, em família... Em qualquer lugar ou situação.

O verdadeiro diálogo significa um falar, outro ouvir... Significa o outro falar, o primeiro ouvir... Portanto, existe a fala, a réplica, a tréplica e tantas oportunidades de manifestação quanto forem necessárias. Democracia pura, Estrada de mão dupla,,,

E o diálogo verdadeiro só é (ou foi) verdadeiro e bom quando termina com um sonoro “Ah! Estava boa a conversa... O tempo passou e a gente nem sentiu!”.

Duas ideias para complementar nossa “conversa”:
“Divergência abafada sempre encontra algum lugar por onde escapar” (Autor desconhecido)
“A toda unanimidade é burra”
Nelson Rodrigues – Jornalista e dramaturgo

Na verdade, numa conversa a dois, existe três opiniões a opinião do primeiro, a opinião do segundo, e a opinião correta, ou o consenso. Mais um exemplo do diálogo democrático.

A divergência não precisa ser necessariamente aceita, mas considerada, ponderada, analisada. Por outro lado se houver concordância coletiva tácita, algo está errado. Pode estar acontecendo um boicote silencioso, ou o interlocutor é chato demais, arrogante demais, presunçoso demais, e a conversa deve terminar o mais rápido possível.

Mais do que nunca, o respeito, a humildade, a simplicidade devem se fazer presente, como de resto em todas as atividades humanas, também, no diálogo verdadeiro e sincero.

... Uma base inequívoca para bons relacionamentos e construção da harmonia e da paz.



Imagem: Google

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

FAZER DIFERENTE & FAZER A DIFERENÇA


Qual a diferença?

“É preciso coragem para fazer diferente... É preciso competência para fazer a diferença” (Autor desconhecido).

Nascemos, crescemos, assumimos responsabilidades, realizamos nossos sonhos, constituímos família, geramos descendentes, aposentamos, envelhecemos e passamos pela vida... Podemos deixar bens ou não deixar bens... Podemos ser uma bela lembrança, deixar um vazio no mundo... Ou um anônimo que se foi... Não é isso que queremos, mas é isso que acontece com a maioria das pessoas... Simplesmente passam pela vida.

Fazer diferente ou a diferença tem o mesmo impacto e significado. Representa o esforço para fazer história, deixar o anonimato, preencher o espaço que nos foi reservado o mundo quando Deus permitiu a nossa concepção e nos tornou vida, aliás, o milagre da vida, o dom da vida.

Para fazer diferente é preciso coragem, pois significa romper com a mesmice, sublimar à mediocridade, à banalidade, ao rotineiro, ao comum... O diferente destaca-se do grupo, torna-se referência.

Para fazer a diferença é necessário um passo à frente, ter competência, conhecimento holístico, isto é, obter o saber global, falar duas ou mais línguas, adquirir a empregabilidade.

Empregabilidade é um capítulo especial na vida profissional de qualquer pessoa, pois quem possui essa qualidade praticamente não precisa procurar emprego... As empresas, através dos chamados “headhunters”, vão atrás. É isso mesmo, quem tem empregabilidade são procurados, mais ou menos como jogador de futebol.

Quem faz a diferença chama a atenção pela iniciativa, pela criatividade, pela colaboração, pelo discernimento, pela assertividade, pela amizade, pelo carisma, confiabilidade, pela liderança...

Fazer diferente é pontual, ocasional, sazonal. Fazer a diferença é um processo de crescimento constante.

Num situação de demissão, por exemplo, a empresa reflete muito mais se deve colocar para fora aquele que faz a diferença. É um talento que precisa se retido, pois sua atuação ser decisiva na recuperação e superação da crise. E as empresas sabem que os concorrentes estão de olhos fixos no desempenho de seus talentos.

Pois, então, é bom fazer uma autoavaliação do desempenho, especialmente nos momentos em que a crise ameaça açambarcar a tudo e a todos. Onde estou? Em que patamar está a minha atuação na empresa? Sou um empregado comum? Faço diferente? Ou faço a diferença?

Dependendo o resultado preciso colocar as “barbas de molho”, correr atrás do prejuízo, sempre com calma, mas com foco.  E não esquecer que as habilidades necessárias para fazer a diferença são desenvolvidas com determinação e disciplina.

Sem zona de conforto...



Imagem: Google

terça-feira, 11 de agosto de 2015

EXISTE VIDA LÁ FORA...

(www.diarioliberdade.org)

É absolutamente a perda do emprego. É extremamente trágica quando a demissão acontece por telegrama. É desumano... É indigno... Mas é a essência do capitalismo... O capitalismo necessita de sua mão de obra, que “eventualmente” é fornecida por uma pessoa.  Quando essa mão de obra deixa de ser necessária é descartada como se descarta uma ferramenta velha que não tem mais conserto.

Esse é o paradigma do mundo capitalista. O capitalismo faz um bem enorme à sociedade quando paga a seus empregados salários acima da média, fornece-lhes benefícios, como planos de saúde, auxílios e licenças acima dos previstos em leis. Gera nas pessoas um sentimento forte de orgulho por trabalhar nesta ou naquela empresa multinacional. Se houver criatividade, vínculos afetivos, melhor ainda.

Mas tem o outro lado da moeda. Empregados são apenas números, ou ferramentas de trabalho e de produção. Uma empresa instalada numa determinada região em que o sindicalismo é forte e a pressão por aumentos salariais suficientes para compensar a mais-valia, num dado momento percebe que precisa se readequar, baixar os custos... Nesse momento, friamente demite, fecha as portas, junta os maquinários e simplesmente vão embora, deixando os apaixonados e dedicados empregados “chupando os dedos”.

Mas a boa notícia é que existe vida lá fora. Isto é, fora do ambiente daquela empresa em que se viveu durante muito tempo, trabalhando de sol a sol...

Porém, há um “porém”: o trabalho domesticado numa fábrica de grande porte, principalmente, gera uma zona de conforto. As pessoas não se dão conta de que são apenas números e que são, de fato, empregados de manhã e sobreviventes à tarde, correndo o risco de chegar à casa junto com o telegrama maldito.

É preciso estar preparado. É preciso ter um plano “B” no bolso do colete para poder aproveitar o que a vida oferece caso haja necessidade, ou melhor, em caso de demissão.

É necessário autoconhecimento... Capacidade para perceber quando as coisas começam a não caminhar bem no emprego. As empresas dão sinais: redução de lucro, isolamento do grupo, falta de feedback, falta de investimento em formação dos empregados de determinadas equipes e departamentos. De repente vem “o facão”.

Outros cuidados: informação, uma segunda faculdade numa área diferente, uma pós-graduação, uma especialização em ensino superior, uma segunda língua, estudo do mercado para eventual investimento em atividades  por conta própria (negócios, consultorias, assessorias, aulas em faculdades, em escolas técnicas ou mesmo, públicas). Chega, então, a hora de mostrar o talento e a criatividade que estavam guardados a sete chaves há muito tempo...

Nada de apegos insignificantes...

Tudo estudado com calma, sem desespero, em conformidade com a família. Diálogo, diálogo, diálogo...

Sim, existe vida lá fora... O Capitalismo é selvagem... Se não podemos com ele, vamos nos aliar a ele e tomar de volta o que ele de maneira selvagem nos tirou...



Imagem: Google 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

"COMO O BEIJA-FLOR"


Como o brilho da lua cheia beija a noite;
Como as ondas do mar, saltitantes,
Beijam as areias da praia...
Como o vento suave beija as folhas
E espalham o pólen, esvoaçantes,
Fontes de renovação e vida...
Como a mãe embevecida faz
Beijando o rostinho terno da recém-nascida
Que dorme em paz...

Como o beija-flor ama  a flor
E seu néctar, do qual se alimenta,
Assim e por ti o meu amor...
Tua alma, tua essência,
Teu néctar que me sustenta
E faz a alegria de minha...
Existência!

Texto: José Gonçalves dos Santos

Ilustração: Maria Fátima de Paula da Silva