segunda-feira, 24 de agosto de 2015

OBSTINAÇÃO NA DOSE CERTA

Concordam os dicionários que obstinação é o “apego forte e excessivo às próprias ideias, resoluções, e empreendimentos. É pertinácia, persistência, tenacidade, birra, renitência, esforço em sentido contrário, oposição implacável”, entre outros sinônimos.

É possível perceber que obstinação tem aspectos positivos e negativos, pois pode limitar as ações das pessoas ou levar outras ao sucesso, portanto à grandes vitórias.

A história da humanidade está repleta de exemplos de grandes feitos que só foram conseguidos com a obstinação de seus protagonistas.

Há exemplos tocantes de grandes derrotas e tragédias... Como foi o caso do Nazismo na Alemanha. Isso apenas para citar os casos envolvendo as grandes nações.

Em relação às pessoas as situações se repetem. A obstinação precisa ser pensada na dose certa. Se levada ao extremo pode resultar em fracasso, pois a obstinação deixa de ser virtude e pode se transformar em teimosia, cegueira, irracionalidade, gerando, por exemplo, os crimes passionais, comprometendo vidas. A imprensa sensacionalista está repleta de  exemplos e histórias a respeito.

Obstinação abriga em seu bojo anjos e demônios.

Consciência e equilíbrio... Eis as palavras chaves para dosar a obstinação. Aliem-se a essas palavras a prudência e a certeza de que os objetivos buscados resultarão em bem para si mesmo e para as pessoas envolvidas. Tomemos como exemplo Madre Tereza de Calcutá e sua obstinação pelos pobres e excluídos da sociedade. É uma santa e unanimidade universal.

No triste quadro político em que estamos vivendo falta obstinação pelo bem comum, sobrando obstinação pela dilapidação desse mesmo bem comum em favor do bem próprio. Sinônimo? Corrupção.

Está assim no futebol, na economia e em todas as atividades humanas. O egocentrismo predomina, tendo como base a tecnologia colocada à disposição das pessoas.

A sociedade atual necessita demais de gente com obstinação pelo bem do próximo, pelo altruísmo, pela solidariedade, pela ajuda mútua, pelo acolhimento. Não de alienação, de fuga, de irresponsabilidade.

É correto, é ético lutar pelos bens necessários à vida, à dignidade humana, ao futuro da sua família. Já não é ética a ganância, a luta pelo poder, com menosprezo ao bem comum, à natureza, ao ambiente...

Obstinação sim, mas na dose certa...



Imagem: Google

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