quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O MUNDO CORPORATIVO E OS "CONSULTORES"


Encontramos os ambientes corporativos nas grandes empresas, muitas delas multinacionais, aquelas que vêm de “fora”, pois têm sede em outros países, como aquelas que têm sede aqui e se expandem para o exterior.

Essas empresas geralmente funcionam como holdings, controlando um grande número de empresas. Funcionam como “guarda-chuva”, abrigando essas empresas e exercendo influências em suas administrações exatamente para que elas gerem lucros para seus acionistas.

Revistas e jornais especializados veiculam notícias que informam a dança das cadeiras dos executivos que são substituídos exatamente em busca de melhoria do desempenho financeira da empresa.

E uma das ferramentas para a dar ênfase à esperança de melhoria da performance são as consultorias, que são, por sua vez, empresas ou grupos de pessoas experientes que analisam os resultados, a sua cultura empresarial, as perspectivas de mercado, o tratamento dado à marca e o desempenho das equipes. E propõem as soluções.

Muitos já vivenciaram nesses ambientes corporativos o trabalho desses consultores, com dinâmicas diagnósticas do desempenho das equipes. As frases conclusivas giravam em torno do seguinte: “É, eles mal conseguem sair do situacional”. Acontece que esses consultores não vivem o dia-a-dia e não sabem da pressão que existe, principalmente para o atingimento das metas. Com a palavra os bancários.

Outro exemplo: os pedagogos de aquário. São aquelas pessoas que estudam pedagogia, fazem pós-graduação, imaginam-se donos da verdade e constroem grandes teorias a respeito das salas de aulas, sem um mínimo de experiência, especialmente na periferia. Nada a ver. Pior, as autoridades educacionais preferem ficar do lado delas, jogando toda a responsabilidade pelo fracasso escolar dos alunos sobre o professor, punindo-os principalmente com os baixos salários. Que luta contra a baixa autoestima!

Vejam os clubes de futebol e o inferno de seus bastidores. Os corneteiros, os conselheiros, os empresários, donos dos passes dos jogadores... E a  “currrpa é do ténico que não sabe orientá..” (Adoniram Barbosa)...

A realidade da prática é muito diferente e distante da realidade teórica (se é que existe). Quem nunca fez, quem nunca arquivou papel, quem nunca ministrou aulas, quem nunca jogou futebol, jamais vai conhecer essa realidade, por mais que teorize.

O ruim de tudo isso é que não dá para bater de frente. No mundo capitalista todos somos apenas número. Para cada emprego há centenas na fila, por um preço muito menor. Concorrência desleal quando está em jogo a sobrevivência, o sustento da família e a dignidade de vida.

O mundo corporativo e os “consultores” sabem disso.



Imagem: Google (www.bonde.com.br)

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