quarta-feira, 22 de junho de 2016

A CONDIÇÃO HUMANA


“A Condição Humana” é o título de um dos mais importantes livros da filosofia contemporânea, escrito pela não menos importante pensadora Hannah Arendt. É uma obra essencialmente humanista, tratando dos mais diversos aspectos da vida do homem, com ênfase nas suas condições de sobrevivência.

Arendt, autora de várias outras obras, tem sido estudada, reestudada, visitada, revisita por tantos e tantos pensadores da atualidade e tema recorrente no meio acadêmico, isto é, nas universidades.

A sua obra é realmente atraente e importante... Porém, sua análise não cabe neste espaço, ma vez que exige profundidade e contextualização abrangente.

Pegando uma carona no tema gostaríamos tratar da condição humana de forma mais pragmática, não muito filosófica. O humano destaca-se sobre o animal pela Inteligência e sensibilidade. O animal é gerido pelo instinto natural e nele tudo funciona naturalmente. Qualquer quebra ou alteração de seu ritmo de vida ou de seu círculo biológico ele sofre e morre. O ser humano tem a capacidade de superação das condições adversas. Tem o domínio sobre si mesmo (quando amadurecido) e sobre a natureza e sobre os animais. As vezes sofre, quando a natureza se revolta. Vide as catástrofes naturais...

O homem tem algo mais que os animais não têm: o livre arbítrio, a capacidade de escolha. O homem tem mais, tem a capacidade de responsabilizar-se por seu atos e assumir as consequências desses atos.

É aí que mora o perigo. Muitas vezes o homem é irresponsável e não assume as responsabilidades de seus atos. Nem dela deseja saber... Fez, está feito e pronto. A destruição da natureza, a poluição, a violência, as desigualdades sociais, a corrupção, continentes inteiros à deriva como a África, as intermináveis guerras espalhadas pelo mundo... Exemplos mínimos da irresponsabilidade humana... Evitamos a expressão animalização do ser humano, pois os animais não destroem, não poluem, não fabricam armas, não traficam, só lutam pelo seu espaço natural. É uma ofensa a eles a comparação com os seres humanos.

Hannah Arendt vivenciou as maiores atrocidades humanas como o holocausto. Ela tem a noção exata do desequilíbrio da mente humana, quando entra em cena a banalização da vida e o fundamentalismo político.

Na prática, mas em escala menor, mas pulverizada por todo o planeta, a  banalização e o fundamentalismo ( em suas várias apresentações, com destaque ao fundamentalismo religioso) estão presentes e fazendo vítimas em grande escala. A questão dos refugiados é um exemplo. O desemprego é outro... A violência, outro... O terrorismo, outro... O capitalismo selvagem, outro... Exemplos mil!

A condição humana é uma questão para ser repensada. Se for preciso revisitar Hannah Arendt, melhor ainda.



Imagem: Google

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