segunda-feira, 6 de junho de 2016

DA INVISIBILIDADE


As palavras que se seguem foram inspiradas e influenciadas pelo livro “As Vantagens de ser Invisível”, do escritor Stephen Chbosky, transformadas em filme com o mesmo título e pelo autor do livro.

No livro, um garoto de 15 anos escreve cartas relatando suas dúvidas, suas emoções, suas carências, seus dramas após perder um amigo em condições trágicas, suas tendências suicidas e suas experiências oriundas da convivência no mundo escolar.

Tanto o livro quanto o filme, tratando das questões emocionais, que são estritamente pessoais, levam à reflexão a respeito das necessidades humanas de viver o seu mundo próprio, em determinados momentos da vida, como forma de desconstrução e reconstrução de seus sentimentos e posicionamentos em relação ao mundo exterior.

Quem vive nessa correria maluca das exigências do mundo exterior, exigências em relação à moda, ao modismo, ao consumismo, às questões éticas, aos compromissos profissionais, sociais, ideológicos, familiares, financeiros e tantos, e tantos outros. Necessitam de menos de recolhimento, de introspecção, de invisibilidade.

A invisibilidade rima com solidão. Momentos de solidão, mesmo que isso signifique ir para a cama mais cedo, desligar tudo, desligar-se de tudo e, sem paranoia, no escuro do quarto, iniciar um diálogo com o travesseiro,  a respeito os atos e ritmos da vida.

Ninguém consegue essa viagem ao seu interior no burburinho da vida, no tumulto, em meio às falas, aos encontros (e, também, desencontros, que geram ansiedade).

Para o sucesso dessa viagem é necessário o silêncio: o silêncio do ambiente, o silêncio da mente, o silêncio do coração. Antes de tudo a paz, a redução dos batimentos cardíacos, a respiração pausada e profunda, a leveza do ser e, sobretudo, a entrega ao nada, ao nihilismo (que tem o mesmo sentido).

Os místicos tem sua versão sobre a meditação, a lenta escalada rumo ao “Nirvana”, que se completa com o desapego total  e irrestrito dos problemas, emoções e ansiedades da vida. Não sugerimos tanto. Apenas a necessidade de uma “parada” estratégica para recomposição das energias. Parada para desconstruir... Recompor e reconstruir, a partir de um novo patamar de forças e energias positivas.

Tudo começa co  a libertação das diversas formas de escravidão a qute todos nós somos submetidos nessa avalanche de exigências e emoções que o mundo moderno nos impõe.

Difícil é acreditar que o desapego é possível.. Sim é possível a partir da força de vontade que se renova a partir do exercício da invisibilidade.

Basta querer... Basta um basta! Basta um “quero ser invisível agora!”

O livro e o filme em questão ajudam...



Imagem: Google

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