segunda-feira, 5 de junho de 2017

AS FÁBULAS E A DESFABULAÇÃO



Pois é, quem não gosta de ouvir uma historinha engraçada? As crianças gostam... As crianças gostam principalmente das fabulas, onde os bichos assumem condições humanas, fazem estripulias, uns se dão bem outros se dão mal e as crianças se divertem.

As fábulas são pequenas narrativas que evocam lições e ensinamentos, pois no fundo tem a chamada moral da história e, portanto, traduzem aprendizados.

As fábulas são antigas e foram criadas, provavelmente por Esopo (Sec. VI aC) na Grécia Antiga. Depois vieram Fedro (15 aC – 50 dC), Jean de La Fontaine (1621-1695) e, no Brasil, Monteiro Lobato (18/04/1882 – 04/07/1948) ). As Fábulas tem o condão de levar a criança a um mundo imaginário, ou melhor, aguçar a sua a imaginação. E, cm certeza, a imaginação é a fonte da criatividade.

Portanto, crianças que ouvem histórias ou eu leem fábulas têm muito mais possibilidades de desenvolver sua criatividade. Não é à toa que quase todos os métodos de a educação infantil não excluem a contação de histórias e, alguns, até dão ênfase às fábulas em seus procedimentos.

Entretanto, não são poucos aqueles que procuram desmitificar as fábulas, dando à criança logo de imediato um verdadeiro choque de realidade, dizendo que o mundo imaginário só prejudica o seu desenvolvimento mental. É o processo de “desfabular” ou de “desfabulação”, definido como o processo de desfazer a lenda, ou fazendo com que aquela história deixe de ser fantasia, que os bichos de fato não falam ou que aquele mundo imaginário não existe.

Esse “choque de realidade’ faria com que a criança queime uma etapa de seu aprendizado que é a da passagem do mundo imaginário para o mundo real, fato que acontece com todo mundo. Na verdade os adultos estão se livrando daquela fase em que as crianças perguntam muito, pois está aflorando nelas o sentido dos questionamentos, que não tem a ver só com o imaginário construído pelas fábulas, mas com as dúvidas eu vão surgindo em seu íntimo, fruto da própria observação do ambiente que as cercam.

Com a desfabulação as crianças são as únicas prejudicadas. Elas perderão muitos momentos e situações em que poderão absorver lições de ética e de moral a partir das conclusões das histórias. E mesmo intuir sobre ética, moral, comportamentos, atitudes e sentimentos, por elas mesmas.

O que é certo e sabido é que os valores humanos absorvidos pelas crianças desde pequeninas, imprimem caráter em suas almas e são indeléveis isto é, para sempre. Por isso é muito comum o conflito entre as crianças e seus pais quando algumas verdades são ditas pelas professoras e contraditas pelos pais. Prevalecessem o que as professoras falam.

Portanto, não há nada de moderno nesse negócio de “desfabular”.


Imagem: Google



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