terça-feira, 20 de junho de 2017

O QUÊ O DINHEIRO COMPRA E NÃO COMPRA


O dinheiro pode comprar luxo, mas não pode comprar o poder espiritual. Dinheiro pode comprar o progresso e ascensão, mas não comprará o reconhecimento de Deus. O dinheiro pode comprar favor e elogios, mas não comprará o respeito pela alma”.  W. A. Criswell – In “Pão Diário”, Vol 20 – Pág. 122

Num mundo dominado plenamente pelo capitalismo, o dinheiro é algo essencial para existência, quando não pela subsistência. Tudo o que é material, necessário para a manutenção da vida tem de ser comprado: a alimentação, o vestuário, a casa (que pode ser alugada), a proteção, os meios para o reconhecimento social, para a realização pessoal, como os estudos superiores (sendo muito limitado o acesso ao ensino superior gratuito), enfim, a autorrealização, com viagens, leituras, conhecimento holístico. Há a aparente ideia de que o dinheiro pode comprar tudo, ou quase tudo.

Todo esse elenco de realizações, que tem por base a “Hierarquia das Necessidades” conforme Abraham Maslow, só tem sentido quando fundamentada em valores que o dinheiro não pode comprar. Valores humanos, como o amor, a lealdade, a amizade, a família, a honestidade, a religiosidade, o gosto pela arte e pelo belo, o interesse pela leitura...

O dinheiro compra contratos, como a corrupção, a bajulação, momentos de satisfação de instintos sexuais, que são como chupar laranja lima: doce no inicio, mas amarga no fim.

O dinheiro compra serviços, como os “aviõezinhos” ou as “mulas” para entrega de drogas e/ou transporte de “malas de dinheiro”, no caso dos conluios políticos.

O dinheiro compra a mentira, mas jamais comprará a verdade, a verdade absoluta, que é filha de uma longa história de educação familiar, de construção de premissas, voltadas para as correntes do bem.

O dinheiro compra relacionamentos temporários, falsos abraços, beijos frios, sexo eventual, mas compra o ombro amigo, o abraço profundo, o caminhar lado a  lado, o estar juntos nas horas boas e principalmente nas horas difíceis. Os comprados, os contratados, estão presentes nas horas indicadas nos contratos, mas são os primeiros a fugir quando as emergências acontecem.

O dinheiro pode até comprar planos de saúde, mas jamais comprará o equilíbrio da vida saudável, que fruto de uma opção íntima, inatingível para as pessoas de fora, a não ser a própria pessoa e Deus.

O dinheiro pode comprar uma escola, ou melhor, a escola se vende ao pai, especialmente o bom pagador, mas não compra o processo educacional que leva o filho ao saber holístico, que engloba o conhecimento geral, o conhecimento político, a noção do bem comum.

Enfim, o dinheiro não paga a paz e a serenidade nos diálogos noturnos com o travesseiro.



Imagem: Google

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