sexta-feira, 23 de junho de 2017

O BOM SENSO

Ah! O bom senso! Seria tão bom se a vida fosse totalmente fundamentada no bom senso! O bom senso nas relações sociais... O bom senso na política... O bom senso na economia... O bom senso na religiosidade, sem fundamentalismos... O bom senso nas relações familiares, empresariais, esportivas, enfim...

Ah! O bom senso... Mas o que é o bom senso? A preocupação com o bom senso vem desde Aristóteles. É dele a afirmação:
 “O bom senso é o elemento central da conduta ética, uma capacidade virtuosa de achar o meio-termo e distinguir a ação correta, o que é em termos simples, nada mais do que bom senso”

Bom senso resume conduta ética. Portanto, uma pessoa de bom senso tem um forte sentido de ética, valores de conduta, noção do bem comum, valores humanos, respeito à liberdade e, sobretudo, conhecimento holístico, isto é do todo. Não parece fácil, pois demanda formação familiar, religiosa e educacional.

O bom senso requer capacidade virtuosa... Virtude, qualidades do bem, do acolhimento, da amizade sincera, do respeito ao outro. É a sensatez, o equilíbrio...

Bom senso, então, é a capacidade de encontrar o meio-termo numa determinada situação, acima do senso comum, sem exageros, sem pendências mais de um lado o que para o outro. O destino final do bom senso é a ação correta, a justiça, conforme as leis naturais, aquelas que precedem o ser humano.

O senso comum, que é a opinião da maioria das pessoas, pode ser falho, pois muitas vezes depende de liderança humana, de populismos, de discursos inflamados, de fundamentalismos.

A política não deve beneficiar a poucos. Os discursos podem conduzir a interpretação errônea de que isso é verdade. O senso comum aceita, mas o bom senso não. Assim acontece com a economia, com os fundamentalismos. O bom senso deve prevalecer e o bem comum salvaguardado.

O bom senso é essencial para que a vida atinja seu grau máximo de equilíbrio, que é a tranquilidade de espírito e paz de consciência.

Mas a noção de bom-senso sofre outros perigos. Um deles é o risco da pessoa, segundo Francois de La Rochefoucauld, “achar que os outros só têm bom senso quando compartilham da sua opinião”.

É o risco da sociedade egoísta e incapaz de estudar o suficiente para atingir a maturidade e o conhecimento holístico.

Se a vida em sociedade está em sobressaltos. Se a população está com medo, sem perspectivas, desacreditada, desanimada, sem ter em quem confiar, ela está muito distante do bom senso.



Imagem: Google

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