(Momento do
gol de Gígia, no final da Copa de 1950, no Maracanã, gol que deu o
título ao Uruguai, aliás o seu segundo
título mundial. Decepção total no Brasil inteiro...)
Hoje,
26 de Outubro, celebram-se em quase todo o planeta o Dia Mundial do Futebol.
Nesse dia, em 1863, na Taberna Freemason, na Great Queen Street, em Londres, um
grupo de pessoas definiram as regras de um jogo que passaria a ser jogado
apenas com os pés e fundaram a The
Football Association, a pioneira associação futebolística do mundo, que até
hoje administra a Liga Inglesa.
O
Futebol teria se originado na China, há mais de 2 mil anos. Chegou à Europa na
Idade Média e no Brasil em 1894, trazido por Charles Miller, filho de pai
escocês e mãe brasileira.
Desde
então o futebol foi ganhando popularidade, culminando com as tradicionais Copas
do Mundo, disputadas a cada quatros anos, menos
durante a Segunda Guerra Mundial.
Nasceram
os times, os clubes, muitos permanecem na ativa, como muitos desapareceram ou
mudaram de nome, por circunstâncias históricas. Exemplos como o do “Palmeiras”
de São Paulo e do “Cruzeiro”, de Belo Horizonte, clubes cujos aficionados
iniciais eram de origem italiana, que antes da Segunda Guerra eram conhecidos
como Palestra Itália... Tais mudanças se deram em razão do predomínio do
Fascismo na Itália.
No
Brasil, sua popularização foi muito rápida, surgindo times nas comunidades, nas
grandes de pequenas cidades do país, principalmente nas capitais estaduais.
Houve um momento, porém, a partir dos anos 30, chegando até os inícios dos anos
50, que o futebol se elitizou. Seus jogadores pertenciam à elite dominante e os
jogos eram verdadeiros desfiles de moda e de beldades da alta sociedade.
Mas os
primeiros grandes nomes foram negros, destacando-se o inesquecível Leônidas da
Silva, que ficou conhecido como o “Diamante Negro”. O Brasil participaria de
todas as copas do Mundo, desde a primeira, em 1930 até a ultima (que muitos
tentam esquecer), em 2014.
Houve
um grande desastre em campo, talvez a maior decepção de todas: a derrota para o
Uruguai na final de 1950 em pleno Estádio do Maracanã. Não podemos deixar de
citar os vergonhosos 7 a 1 para a Alemanha em 2014.
E o
futebol deixou o romantismo. Profissionalizou-se... Mercantilizou-se... Pelé
foi o divisor de águas. Antes dele e depois dele. Jamais existiu, jamais
existirá jogador igual. Pelé foi único. Jogou muito tempo no Santos Futebol
Clube. Isso não mais acontece. A permanência de um jogador num clube é mínima,
não cria vínculos, não finca raízes nem forja uma identidade. Os goleiros
Marcos no Palmeiras e Rogério Ceni no São Paulo são os últimos exemplos. Aquele
já parou e este para neste final de ano. Restará a transição, a volatilidade e
o quem “dá mais”.
A politicagem,
o jogo de interesses, a corrupção, apego ao poder, os empresários, os
atravessadores, o desprezo aos clubes pequenos, o marketing, as empresas gigantes
multinacionais de material esportivo, são entraves ao pleno desenvolvimento do
futebol, não só no Brasil, como no exterior. O entretenimento ficou em segundo
plano. O importante é a sua face mercadológica. Por isso os horários horríveis
e a desorganização do calendário.
Hoje, qualquer menino que tenha futuro, ainda em
tenra idade, já passa a pertencer ao um empresário. Primeiro os pais são cooptados
e depois o vírus da arrogância inoculado no menino que passa a fazer exigências
absurdas aos clubes onde treinam... Muitos se perdem pelo caminho e o
empresário, nessa altura do campeonato já está longe, muito longe
O
futebol vive uma nova realidade. Resta o saudosismo e uma curiosidade em saber
em quê ele se transformará num futuro não muito distante.
Na foto Charles Miller, introdutor da prática do futebol no Brasil
Imagens:
Google
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