Do
futebol para a vida: a derrota da seleção brasileira para a seleção alemã, na
Copa do Mundo de 2014 pelo placar surpreendente de 7 a 1, que muitos querem
esquecer, principalmente a imprensa, continua, para os mais equilibrados, a
motivar considerações e reflexões que servem para a vida. Talvez seja este o
legado positivo daquele grande, histórico e imorredouro vexame.
A
seleção Alemã marcou muitos gols em poucos minutos, uma vez que os jogadores
brasileiros, de forma intencional ou não (preferimos a segunda hipótese),
entraram num estado de espanto, torpor, indolência, paralisia, sinônimos de
letargia... Simplesmente passaram a assistir os alemães jogarem e marcar os
gols que julgassem necessários.
O
Brasil político está vivendo uma situação semelhante. Nas ultimas eleições
presidenciais houve um festival de mentiras atiradas sobre a população, a qual
letárgica, a tudo acolheu, deu a vitória ao partido dominante (ou à coligação
por ele liderada)... E o que aconteceu? Apesar de algumas manifestações de rua
coordenadas por grupos desorganizados e sem planos para o “day after”, a
sociedade está assistindo o desabar sobre ela uma tempestade de consequências
(juros altos, real cada vez mais desvalorizado, desemprego em massa, superando
a casa de 1 milhão de pessoas, com forte incidência entre os profissionais mais
especializados e produtivos), produtividade em queda... Tudo ruim... O povo em
estado de letargia a tudo assiste...
Letargia
coletiva, que é a soma das letargias individuais... Letargia, dizem os
linguistas e dicionaristas, “é o estado
mórbido (doentio) em que as funções vitais estão atenuadas e parecem suspensas”.
Portanto, as pessoas estão a um passo do estado de coma.
Aparece
aqui um termo novo (que não é ofensa): “Obnubilação da consciência”. Na
medicina é a alienação que acomete as pessoas que estão evoluindo para a
“Demência Senil” ou para casos de degeneração mais grave como “Alzheimer” e
“Parkinson”...
Não é
raro as pessoas serem acometidas de “letargia” quando passam por fortes emoções.
Em estado de choque não conseguem reagir e tomar decisões para superarem os
seus momentos de crise.
Mas há
uma letargia “congênita”, que gera zona de conforto, preguiça, falta de coragem
para decisões que implicam em mudança de vida para melhor. Preferem o conforto
do não saber, do não conhecer, do permanecer onde está, porque ali está bom.
Ao
contrário, o conhecimento, o saber, o dar um passo à gente, apesar dos
desafios, dos riscos inerentes, podem transformar a vida das pessoas,
abrindo-lhes portas que levam ao sucesso, às maiores realizações pessoais e
profissionais, enfim à felicidade.
Portanto,
sair da “letargia”, pessoal e coletiva, além de representar vitoria sobre si
mesmo, poder ser, também, um bom negócio.
Imagem:
Google
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