Situações
cruciais da nossa vida são os momentos em que precisamos dizer “não”.
Os
entendidos do assunto são unânimes em afirmar que é muito difícil proferir essa
palavrinha composta de três letras e um til, mas às vezes seguidas do sinal de
exclamação, indicando as fortes emoções em que está envolvida.
É
preciso coragem para dizer “não”, sobretudo amadurecimento, firmeza de caráter,
conhecimento da relação causa/consequência. O “não” gera impactos para quem o profere
e para quem o recebe.
O “não”
pode machucar. Mas o “não” liberta! Liberta do medo inicial de dizê-lo. Liberta
do medo de dizê-lo sempre que necessário. O “não” ajuda a outra pessoa, seja
criança, adolescente, jovem ou adulto, a libertar-se de erros que podem ser
fatais para sua vida.
Para
crianças, adolescentes e jovens tem o condão da educação, da orientação, da
disciplina (sempre, é claro, na medida certa, com equilíbrio). Os adultos
podem, se acatarem e compreenderem o “não” que ouviu, a repensar sua caminhada,
seus projetos, suas relações, suas atitudes, suas posturas... Melhorar, enfim,
seu discernimento.
O “não”
só não pode ser fruto da arrogância... Ou para impor um autoritarismo, um egoísmo,
um sentimento de posse... Ou para querer se aparecer... Nesse sentido é um exagero
e não leva a lugar algum.
O “não”
é profilático, isto é, lava a alma, tem um sentido de cura. Como já dissemos
ele é libertador, gerador de liberdade. Por exemplo, uma pessoa consciente e
livre para ir e agir como bem entender, pode simplesmente dizer “não” às drogas, ou a frequentar lugares não condizentes à sua
realidade, ou praticar atos ilícitos diante da lei...
O “não”
pode evitar uma pessoa de más companhias, de lugares perigosos, de acidentes,
de situações constrangedoras... De doenças, também...
Um
diabético consciente e maduro pode simplesmente dizer “não” a um estonteante
pudim de leite condensado feito com carinho por sua mãe. Antes de tudo está a sua
saúde, pois os efeitos maléficos do diabetes são simplesmente irreversíveis. Nesse
caso, como em os outros, o “não” é fundamental.
Os “nãos”
dos pais, ainda que separados, são igualmente fundamentais para equilibrar o
amor que têm pelos filhos. Talvez eles nunca reconheçam, mas a diferença acontecerá
em suas vidas, sem dúvida alguma...
“Não”
com equilíbrio, consciência e maturidade, é tudo de bom...
Imagem:
Google
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