Algumas
considerações sobre o autoritarismo. Este é a qualidade de quem é autoritário,
isto é, daquela pessoa que procura sobressair-se sobre o grupo, procurando ser
o centro das atenções e da realização de suas vontades. As demais pessoas “devem”
estar ao seu serviço.
Essas
posturas autoritárias acontecem em nível das pessoas, das lideranças nas organizações,
das lideranças política, e até das formas de estruturação organizacional das
nações. A História apresenta nações inteiras submetidas aos caprichos de
comandantes autoritários e narcisistas e que não sobreviveram...
Interessa-nos
a questão do autoritarismo pessoal, envolvendo o cotidiano: esposos, pais,
filhos, líderes religiosos, empresariais e de instituições sociais. O
autoritarismo sempre impactam pessoas. Se exagerado pior.
Quantas
humilhações vivenciam esposas submissas a maridos autoritários! Filhos...
Subordinados... Voluntários em instituições de benemerência. Tudo que é demais
é demasia.
E a
permissividade? É o conceito de que tudo é permitido,in dependente da lei ou
dos valores da sociedade. Há uma irresponsabilidade e rebeldia embutidas na
permissividade. Especialmente nas pessoas, geralmente jovens, que se consideram
outsiders. Muitos são irreverentes bobos e banais. São aqueles que abrem o
escapamento dos carros e motos, ligam o som do carro em altíssimo volume e
invadem as madrugadas, nas ruas nas casas e nos apartamentos fazendo essa
barulheira toda, beirando ao ridículo.
Há líderes
permissivos que comprometem o processo produtivo das empresas quando fecham os
olhos para a negligência dos subordinados. Há pais permissivos que negam o crescimento
emocional dos filhos, infantilizando-os para sempre e tornando-os sérios
candidatos a autoritários e narcisistas.
Nem
autoritarismo demais que castra, nem permissividade demais que infantiliza. O equilíbrio
é fundamental. Na gênese do equilíbrio está a harmonia, a estabilidade, a
maturidade, a solidez, inclusive a solidez de caráter.
Na
essência do equilíbrio está a consciência da igualdade, por exemplo, entre
direitos e deveres. Uma forte consciência política. Porém, antes de tudo a consciência
de que as relações sociais e políticas, numa democracia de verdade, há a
determinação de que para cada dever, para cada obrigação há uma contrapartida,
um direito. O oposto é a mesma coisa, para cada direito exercido, um dever a
ser cumprido.
Nada de
exageros, nada de promessas infundadas... A recompensa de um esforço na escola
deverá ser uma boa nota. Um castigo para uma nota baixa não deve ser a
violência. Diálogo equilibrado, eis a receita.
Os
verdadeiros líderes sabem dosar entre o autoritarismo necessário e a
permissividade indecente. O líder, na concepção moderna, influencia e arrasta
pelo exemplo do conhecimento técnico, pelas decisões seguras e pela orientação
amorosa.
Assim
em todos os sentidos da vida, em todas as situações da convivência humana.
Equilíbrio e maturidade sempre.
Imagem: Google
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