Quem
pensa que viu, ouviu ou viveu uma larga experiência de conhecimento, diante de
novas descobertas, especialmente através da leitura e da pesquisa, acaba por
compreender que ainda pouco sabe e que,
apesar do estarrecimento, é preciso conhecer ainda mais. Nunca, em momento
algum, alguém pode dizer que já sabe ou conhece de tudo
É o
caso da “eugenia” (ou eugenismo), que em palavras mais simples, significa a
ciência que busca o aperfeiçoamento da raça humana. Foi descrita em 1865, pelo
biólogo inglês Francis Galton (parente de Charles Darwin), que a definiu, de
forma rebuscada, como... ”o estudo dos
agentes sob controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades
raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente”. Com certeza essa
teoria é uma falácia, uma mentira. Mas gerou muita polêmica e muito
interesse....
Gerou
polêmica e tragédias como o “Holocausto” dos Judeus na Alemanha Nazista. Os
nazistas também se basearam nas ideias do francês Conde de Gobineau, ardoroso
defensor da “superioridade” dos povos arianos, ideia prontamente abraçada por Hitler e seus asseclas.
Na
verdade a História da humanidade registra exemplos de impérios, nações e
cidades-estados que praticavam a “eugenia”. Os espartanos fizeram isso. Eles retiravam
das famílias as crianças deficidentes e as atiravam nos despenhadeiros,
eliminando-as. Crueldade pura.
No
Brasil o próprio D. Pedro II foi tentado a aderir ao processo de branqueamento
da população brasileira, convencido que foi pelo Conde Gobineau. A proposta era
impedir a miscigenação e o incentivo à imigração de europeus “puros”, pois os
africanos e orientais eram inferiores e enfraqueceria cada vê mais a nação
brasileira. Proposta injusta, racista, preconceituosa. Ainda bem que não prosperou.
A
“eugenia” previa (ou prevê), portanto a eliminação dos incapazes, dos doentes,
dos “inferiores”, através das mutilações, da esterilização, da eutanásia, do
aborto legal, do impedimento da entrada dessas pessoas no país. O que está
acontecendo na Europa com os imigrantes que fogem das guerras será mera
coincidência?
Na
atualidade evoluiu muito o respeito aos direitos humanos. Mas o ideário macabro
do “eugenismo” pode estar presente em grandes corporações, nos discursos
políticos e nos projetos que visam cercear, ainda que de forma mascarada, a
liberdade e a dignidade humana.
O
Nazismo não morreu... O preconceito contra os afrodescendentes continua
latente... Outros preconceitos contra
Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (PNEs) só são restringidos por lei
ordinária, não pela lei da consciência humana, do respeito, do amor, da
solidariedade.
Com os
avanços tecnológicos, o desenvolvimento do Projeto Genoma, que une esforços
internacionais para decifrar a constituição genética do ser humano, se por um
lado é uma grande esperança para cura de doenças até agora não compreendidas,
como as neurodegenerativas, tipos raros de câncer e outras que desafiam a
ciência, por outro pode abrir portas para pessoas ou grupos mal-intencionados,
que usariam as informações para colocar em prática seus planos eugênicos.
Em
situações assim a Ética, a Moral e o Escrúpulo passam longe. Por isso a
necessidade de conhecer, de perguntar, de pesquisar, de fazer leituras das
entrelinhas das falas dos pseudos cientistas e dos discursos dos políticos
(legisladores) e até de juízes da Suprema Corte, cooptados pela ideologia
engenista.
A
“eugenia” é um perigo, especialmente para as gerações futuras.
Imagem:
Google
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