Uma verificação menos apaixonada e mais racional e
histórica das origens dos atuais partidos políticos brasileiros, especialmente
os mais influentes, se descobrirá que todos têm a mesma a mesma matriz, a mesma
raiz: ideológica, interesses imediatos, afastamento do bem comum.
A paixão cega a razão, portanto, deixar a razão sobrepor
a paixão é um método claro, límpido de ver as coisas mais próximo da realidade,
a paixão não permite isso.
A visão histórica nos mostra o contexto na época e as
interações dos vários fatores que determinam as condutas humanas.
No Brasil, desde os seus primórdios, isto é, desde a
chagada dos portugueses, o povo sempre esteve à margem das ações políticas. No
período colonial davam as elites portuguesas davam as cartas, colonizadoras,
que se transformariam no grupo latifundiário, os futuros “coronéis”.
A partir da independência, os latifundiários já tomavam
conta da política. Os partidos que foram criados eram praticamente semelhantes,
variando em pequenos detalhes os seus discursos. Tanto na colônia como no
período pós-independência, as tentativas de se implantar um regime político
diferente da monarquia, eram mortos no nascedouro. O povo, em que pese a
precariedade dos meios de comunicação, era nada mais nada menos que “massa de
manobra”. Por isso as eleições “de cabresto”.
Já na República a multiplicação dos partidos, jamais
contou com a participação do povo, que continuava inculto. A educação, desde o
período colonial, continuava precária. Os partidos populares, os sindicatos, os
movimentos sociais insignificantes.
No período republicano os eventos sociais e políticos, as
ditaduras, o populismo, as constituintes, tiveram uma aparente popularização.
Mas no fundo o povo continuava e continua alijado do processo.
Portanto, os partidos, apesar das inúmeras denominações
populares, pertencem à mesma matriz, à mesma raiz e têm os mesmos interesses,
longe do bem comum. Todos têm objetivos específicos, que não contempla a
inclusão do povo.
E a grande imprensa, da qual muitos políticos são
acionistas majoritários, é conivente e não desempenha o papel de formador da
opinião pública. Lógico! O Brasil precisa ser reinventado, passado a limpo.
Como? O certo seria via educação, num projeto a médio e a
logo prazos. .. Mas isso é impossível. Resta aos apaixonados os gritos e
sussurros.
Aos sábios a paciência de continuarem acima das
discussões banais, enquanto o país segue descendo a ladeira, rumo ao fundo do
interminável poço.
Quem está no comando do país não viverá o suficiente para ver o estrago que
está fazendo hoje. Estrago eminentemente social.
Imagem:
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