Ah! O bom
senso! Seria tão bom se a vida fosse totalmente fundamentada no bom senso! O
bom senso nas relações sociais... O bom senso na política... O bom senso na
economia... O bom senso na religiosidade, sem fundamentalismos... O bom senso
nas relações familiares, empresariais, esportivas, enfim...
Ah! O
bom senso... Mas o que é o bom senso? A preocupação com o bom senso vem desde
Aristóteles. É dele a afirmação:
“O bom
senso é o elemento central da conduta ética, uma capacidade virtuosa de achar o
meio-termo e distinguir a ação correta, o que é em termos simples, nada mais do
que bom senso”
Bom senso
resume conduta ética. Portanto, uma pessoa de bom senso tem um forte sentido de
ética, valores de conduta, noção do bem comum, valores humanos, respeito à
liberdade e, sobretudo, conhecimento holístico, isto é do todo. Não parece
fácil, pois demanda formação familiar, religiosa e educacional.
O bom senso
requer capacidade virtuosa... Virtude, qualidades do bem, do acolhimento, da
amizade sincera, do respeito ao outro. É a sensatez, o equilíbrio...
Bom senso,
então, é a capacidade de encontrar o meio-termo numa determinada situação,
acima do senso comum, sem exageros, sem pendências mais de um lado o que para o
outro. O destino final do bom senso é a ação correta, a justiça, conforme as
leis naturais, aquelas que precedem o ser humano.
O senso
comum, que é a opinião da maioria das pessoas, pode ser falho, pois muitas
vezes depende de liderança humana, de populismos, de discursos inflamados, de
fundamentalismos.
A
política não deve beneficiar a poucos. Os discursos podem conduzir a interpretação
errônea de que isso é verdade. O senso comum aceita, mas o bom senso não. Assim
acontece com a economia, com os fundamentalismos. O bom senso deve prevalecer e
o bem comum salvaguardado.
O bom senso
é essencial para que a vida atinja seu grau máximo de equilíbrio, que é a
tranquilidade de espírito e paz de consciência.
Mas a
noção de bom-senso sofre outros perigos. Um deles é o risco da pessoa, segundo
Francois de La Rochefoucauld, “achar que
os outros só têm bom senso quando compartilham da sua opinião”.
É o
risco da sociedade egoísta e incapaz de estudar o suficiente para atingir a maturidade
e o conhecimento holístico.
Se a
vida em sociedade está em sobressaltos. Se a população está com medo, sem
perspectivas, desacreditada, desanimada, sem ter em quem confiar, ela está
muito distante do bom senso.
Imagem:
Google
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