O dinheiro pode comprar luxo, mas não pode
comprar o poder espiritual. Dinheiro pode comprar o progresso e ascensão, mas não
comprará o reconhecimento de Deus. O dinheiro pode comprar favor e elogios, mas
não comprará o respeito pela alma”. W. A. Criswell – In “Pão Diário”, Vol 20 –
Pág. 122
Num
mundo dominado plenamente pelo capitalismo, o dinheiro é algo essencial para
existência, quando não pela subsistência. Tudo o que é material, necessário
para a manutenção da vida tem de ser comprado: a alimentação, o vestuário, a
casa (que pode ser alugada), a proteção, os meios para o reconhecimento social,
para a realização pessoal, como os estudos superiores (sendo muito limitado o
acesso ao ensino superior gratuito), enfim, a autorrealização, com viagens,
leituras, conhecimento holístico. Há a aparente ideia de que o dinheiro pode
comprar tudo, ou quase tudo.
Todo
esse elenco de realizações, que tem por base a “Hierarquia das Necessidades” conforme
Abraham Maslow, só tem sentido quando fundamentada em valores que o dinheiro
não pode comprar. Valores humanos, como o amor, a lealdade, a amizade, a
família, a honestidade, a religiosidade, o gosto pela arte e pelo belo, o
interesse pela leitura...
O
dinheiro compra contratos, como a corrupção, a bajulação, momentos de satisfação
de instintos sexuais, que são como chupar laranja lima: doce no inicio, mas amarga
no fim.
O
dinheiro compra serviços, como os “aviõezinhos” ou as “mulas” para entrega de
drogas e/ou transporte de “malas de dinheiro”, no caso dos conluios políticos.
O
dinheiro compra a mentira, mas jamais comprará a verdade, a verdade absoluta,
que é filha de uma longa história de educação familiar, de construção de
premissas, voltadas para as correntes do bem.
O
dinheiro compra relacionamentos temporários, falsos abraços, beijos frios, sexo
eventual, mas compra o ombro amigo, o abraço profundo, o caminhar lado a lado, o estar juntos nas horas boas e
principalmente nas horas difíceis. Os comprados, os contratados, estão
presentes nas horas indicadas nos contratos, mas são os primeiros a fugir
quando as emergências acontecem.
O
dinheiro pode até comprar planos de saúde, mas jamais comprará o equilíbrio da
vida saudável, que fruto de uma opção íntima, inatingível para as pessoas de
fora, a não ser a própria pessoa e Deus.
O
dinheiro pode comprar uma escola, ou melhor, a escola se vende ao pai,
especialmente o bom pagador, mas não compra o processo educacional que leva o
filho ao saber holístico, que engloba o conhecimento geral, o conhecimento
político, a noção do bem comum.
Enfim,
o dinheiro não paga a paz e a serenidade nos diálogos noturnos com o travesseiro.
Imagem:
Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário