sexta-feira, 22 de abril de 2016

O CRIME NA TV

Algumas considerações sobre este árido tema. Há controvérsias, polêmicas muitos narizes torcidos. Há quem goste... Há quem não goste... Mas, acontece que esses programas permanecem na  mídia televisiva, com c de aumentar o número de concorrentes.

Dá mesmo para escolher, pois as opções são várias. E a briga pela “exclusividade” é interessante.

Verdades ou não... Toleradas as repetições... Esses programas podem até exercer uma função social, que é a de mostrar o verdadeiro retrato da sociedade em que estamos inseridos.

Alguns veículos televisivos primam pela “qualidade” e centram sua programação no entretenimento, na informação superficial, sem mergulhar no âmago dos problemas. Aliás, esse é o “papel” de todos os veículos, pois atuam sob concessão estatal. Os canais que eles usam são propriedade do Estado (este como instituição federal) e concedidos para exploração de uma empresa ou grupo (pool). Rádio também é assim.

Voltando aos programas policiais... O que eles mostram é um mundo cão. Crimes, crimes, crimes... Dos mais variados tipos, desafiando os legisladores. Aumenta, isto sim, o sentimento de insegurança da população.

Quando nos referimos à sua função social, como denúncia, levamos em conta que os crimes são cometidos e não punidos. Muitos criminosos são reincidentes, são beneficiários das brechas da lei ou favorecidos por decisões discutíveis de juízes que os liberam sob qualquer argumento. Basta um bom advogado.

Muitas vezes está visível e patente a autoria do crime e o criminoso sai peoa porta da frente da delegacia, rindo de tudo e de todos e pronto para um novo ataque.

Quantas mulheres são mortas quando deveriam estar protegidas pela “lei Maria da Penha”, por exemplo. Os homens que agridem as mulheres, são presos e soltos, mandam às favas essa lei, procuram as mulheres, matam-nas e fogem. E o juiz que o liberou continua como se nada tivesse acontecido. Mas as famílias estão esgarçadas para sempre. Não é isso que mais se vê nesses programas?

E as autoridades, por pertencerem à elite do entretenimento, não levam em consideração esses acontecimentos, achando que é divertimento para a classe pobre, excluída e desprotegida.

Quantos crimes são cometidos por aqueles que usufruem dos indultos em datas especiais. Quantos criminosos hediondos são beneficiados por uma lei frouxa e logo saem das cadeias e com a cabeça erguida estão livres para fazerem tudo novamente e, de fato, fazem.

Todos os dias esses programas mostram situações assim. Sem contar o trabalho de “enxugar gelo” da polícia que prende e a justiça solta. Não há “moral de tropa” que resita.

É bom a gente aprender a ver os programas de televisão com um sentido mais crítico... Vamos assistir de tudo um pouco. Porém, não podemos aceitar a condição de “massa de manobra”.

Entretenimento sim... Ferramenta de dominação não!


Imagem: Google




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