quinta-feira, 26 de maio de 2016

"QUEM DOBROU SEU PARAQUEDAS HOJE?"


Charles Plumb era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã. Depois de muitas missões, seu avião foi derrubado por um míssil.

Plumb saltou de paraquedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte vietnamita. Ao retornar aos Estados Unidos passou a dar palestras relatando sua odisseia e o que aprendeu na prisão.

Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:
- Olá, você é Charles Plumb, era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo?

- Sim, como sabe? – Perguntou Plumb

- Era eu quem dobrava seu paraquedas. Parece que funcionou bem, não é verdade?

Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu:

- Claro que funcionou, caso contrário não estará aqui hoje. Muito obrigado.

Ao ficar sozinho naquela coité, Plumb não conseguia dormir, lembrando-se de quantas vezes havia passado por aquele homem no porta-aviões e nunca lhe disse nem um “bom dia”. Era um piloto arrogante e aquele sujeito, um simples marinheiro.

Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários paraquedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia.

Agora Plumb inicia suas palestras perguntando à sua plateia:
- Quem dobrou seu paraquedas hoje?

Todos temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante. Precisamos de muitos paraquedas durante o dia: físico, emocional, mental, espiritual.

Jamais deixe de agradecer!




Imagem: Google

domingo, 22 de maio de 2016

A QUESTÃO DO CONTEÚDO


Nesses últimos dias um professor de inglês nos contou estar impressionado com o comportamento de um de seus alunos. Em meio aos exercícios da aula o aluno deixou escapar comentários a respeito da Filosofia de Descartes e do Método Cartesiano.  Como se sabe René Descartes é praticamente o fundador da matemática moderna. Com Descartes tem inicio o método científico, os critérios técnicos da pesquisa, que foram se consolidando ao longo do tempo.

Instigado, esse aluno ainda discorreu sobre o Iluminismo e sobre o Racionalismo, sustentáculos ideológicos da Revolução Francesa, a Revolução Burguesa por excelência, a Revolução que consolidou o poder político dos capitalistas, uma vez que o poder econômico eles já tinham conquistado. Esse fato tirou o sono de Marx.

Mas o que há de novidade nisso tudo? A novidade é que esse aluno tem apenas 16 anos e já discute em profundidade esses temas. Outra novidade? Esse menino com essa idade está anos-luzes à frente dos demais de seu  em termos de conteúdo. Um gênio? Um superdotado? Um hiperativo? Ou a soma de tudo isso?

Pode ser verdade... Pode ser a mosca branca... Mas a fonte desse conteúdo é a vontade de conhecer, a leitura, a busca constante, a fuga das banalidades. Quem tem conteúdo como esse menino tem está acima das banalidades, acima dos modismos, dos efêmeros... Coisas e fatos que podem acontecer com jovens que aprenderam desde a infância a necessidade de estudar, de ler, de buscar o bem e teve a liberdade de escolha. Tiveram uma base familiar ou alguém com pulso forte e também dotado de forte conteúdo para embasar suas exigências. Coerência entre falas e vida.

Pessoas com conteúdo geralmente está além do seu tempo. Pode sofrer preconceitos, bullying e escárnios. Mas continuam vivendo além do tempo e com conteúdo. A frase do Pe. Leo, SCJ, exposta na ilustração desta postagem é significativa: “Quem precisa de muita coisa por fora é porque está vazio por dentro”. É o contraponto. 

Pessoas com conteúdo não estão preocupadas com o externo com a ostentação. Quem está vazio, prefere o barulho, o brilho, os holofotes... Aquelas não se preocupam demais com os bens materiais. São desapegadas. E não sofrem com as perdas,,, Estas, têm nos bens materiais a razão de sua vida. Estão a eles apegadas com unhas e dentes, sofrendo muito com as mínimas perdas.

É a diferencia crucial entre o SER e o TER. Quem é simplesmente é e tem na humildade a sua principal característica, pois não deve nada a ninguém. Quem se preocupa  mais com o TER vive numa angustia constante pois a todo momento tem de se justificar para os outros os fatos de sua vida.

Outra diferença? Quem vive o vazio e só de aparências tem ansiedade constante e a caminho do estresse, da depressão. Quem tem conteúdo, está em paz. E isso é tudo.



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quinta-feira, 19 de maio de 2016

SUCESSO


Sucesso parece assunto para livro de autoajuda. De fato é um assunto de autoajuda... Mas recorrente em tempos de crise e que exige mudança de atitudes diante da realidade que se nos apresenta.

Crise é uma ótima oportunidade para os especialistas em marketing, especialmente os mais criativos. Entretanto não é disso que iremos falar. Vamos conversar um pouco sobre o sucesso.

Não há uma definição exata para essa palavra. Volátil, ela tem um significado especial para cada pessoa, pois dependente das expectativas da cada um.

Certo dia, um professor, explicando aos seus alunos os caminhos para o sucesso e que cada um deveria repensar sua zona de conforto, mirar o horizonte da vida e estabelecer suas metas, seus sonhos, seus objetivos, batalhar para mudar sua realidade e ter sucesso na vida. Um aluno o interrompeu e lhe disse prontamente: “Professor, tudo isso é bobagem. Eu moro da roça, trabalho com enxada e foice, sou fichado, ganho meu salário mínimo e é assim que vou viver. Mude de assunto”.

Foi uma ducha de água fria e o professor teve o impulso de mandar o aluno para “aquele” lugar. Conteve-se e sua aula voltou à rotina.

Não resta dúvida que a primeira ideia é a de que o aluno estava errado. Não, não estava. A perspectiva de sucesso dele era aquela de viver na roça e fazer talvez que o ele realmente faria de melhor. Tampouco o professor estava errado em insistir para que seus alunos mirassem um horizonte mais amplo e profundo, para muito além dos modestos empregos da periferia. Nada contra os trabalhos na periferia, especialmente quando nos referimos a trabalhos dignos e honestos.

O grande lance é mesmo mudar a realidade na qual estamos vivendo e buscar uma vida melhor, estabelecendo metas e critérios de sucesso. Sucesso, como dissemos, muda de pessoa para pessoa. Mas é fundamental defini-lo para que a vida tenha sentido. É algo que realisa, que seja perene, definitivo.

Confúcio, filósofo chinês já teria dito: “Trabalhe no que ama e nunca mais terá de trabalhar”. Frase emblemática que tem um sentido profundo da Ideia de sucesso, isto é, fazer o que gosta, o que ama

O necessário planejamento para o sucesso deve começar por descobrir  uma atividade que ame desenvolver. Daí por diante é estabelecer etapas, metas parciais e intermediárias e nunca perder de vista o objetivo maior.

Mudar hábitos, repensar a cultura, reconciliar com o passado, aprender a  ler o ambiente e a perdoar. Cuidar do dinheiro, evitar gastos com supérfluos... Estudar muito. Aliás, fazer isso a vida inteira. Ser acolhedor e estabelecer um networking, isto é, uma rede de relacionamentos, especialmente com os melhores amigos, que serão poucos, muito poucos.

Há livros e livros sobre esse assunto. E a internet está plena de textos... Quem procurar vai encontrar!



Imagem: Google

quarta-feira, 18 de maio de 2016

VARIAÇÕES SOBRE A INTEGRIDADE


Pois é, em tempos de tempestades políticas, quando os holofotes fazem brilhar principalmente os olhos das pessoas ávidas projeções e ostentações, é bom a gente lembrar algumas ideias a respeito da integridade.

Referimo-nos à integridade humana e comportamental, não à integridade de dados ou patrimonial.

A integridade é a qualidade de ser íntegro, completo, pleno, cheio... A integridade remete à ideia do bem, da positividade, do respeito aos valores humanos, independentemente da religiosidade.

É lógico que a religiosidade ajuda. Porém, ter, professar uma religião aumenta em muito a responsabilidade da pessoa, uma vez que integridade também rima com coerência entre o discurso e a vida.

Nesse sentido pareceram caricatos e inverossímeis as falas dos políticos durante as sessões do impeachment na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Era visível (senão risível) a incoerência entre o discurso e a prática. Incoerência que gera descrédito, desconfiança, falta de integridade.

Sim, a integridade é uma qualidade e, como tal, muito difícil de ser praticada no mundo atual, turbulento, imprevisível, dominando por uma elite na qual não se pode acreditar. Ser íntegro passa ser um perigo.

Quantos exemplos de pessoas que foram jogadas no ostracismo, caíram em desgraça, foram excluídas, abandonadas, eliminadas, por não compactuarem com a corrupção, com o mal feito, justamente por optarem pela manutenção de sua integridade! Difícil se lembrar delas, pois estão no esquecimento.

As coerências e suas exigências... A religião exige coerência entre fé e vida... A política exige coerência entre discurso e prática... A liderança exige coerência entre postura e relacionamento... A família exige coerência entre a prática doméstica e vida social... O trabalho exige coerência entre honestidade e fidelidade dentro e fora do mundo empresarial... As coerências são as colunas dorsais da integridade.

Na base da integridade está o sentimento, ou o desejo, ou o projeto de vida não egoísta de não querer para o outro o que não se quer para si mesmo. Exercício penoso de desapego, de coerência. Dessa ideia decorre a integridade física das pessoas, prevista em lei.

Não dá para ser íntegro por partes, por atividades, por segmentos... Ou se é íntegro e é digno de todos os elogios possíveis... Ou corre-se o risco de cair no ridículo mais cedo ou mais tarde. As máscaras se deterioram e se tornam insustentáveis ao longo do tempo. As máscaras caem e desnudam a verdadeira essência do ser humano.



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terça-feira, 17 de maio de 2016

O SÁBIO E O PASSARINHO


Essa história já circulou pela internet intensamente em passado fecente. E, por seu conteúdo pedagógico, isto é, por seus fortes ensinamentos, vale a pena retomá-la, ainda que os tempos sejam outros, mas o que ela tem de essência não deve jamais ser esquecido. Desconhecemos o seu autor. Diz o seguinte:

Num determinado vilarejo vivia um velho sábio que a tudo tinha respostas. Sua fama extrapolou sua região e chegou à cidade grande. Então, uns jovens, ao tomarem conhecimento de sua existência combinaram um estratagema para desmascará-lo. Um deles propôs o seguinte: nós iremos até esse sábio e eu com um passarinho na mão. Direi a ele: sábio, tenho em minhas mãos um passarinho. Por favor, diga-me ele está vivo ou morto? Se ele responder que está vivo eu esmagarei o bichinho e lhe mostrarei que está morto. Se ele disser que está morto e o soltarei e o passarinho sairá voando. Pegaremos o velho. E assim fizeram.

Ao chegarem no vilarejo foram até o velho sábio que passiva e tranquilamente os aguardava. O garoto com o passarinho nas mãos se adiantou e foi logo dizendo:
- Mestre, por favor, me diga o que tenho nas mãos? O sábio, olhando diretamente e seus olhos, mas com voz mansa, prontamente respondeu:
- Um pássaro... E o garoto emendou:
- Muito bom... Mas diga-me, mestre, esse pássaro que tenho nas mãos está vivo ou está morto? O mestre, sem nenhuma reação que lhe transformasse a passividade, novamente com os olhos fixos no garoto, disse tranquilamente:
- Filho, a resposta está em suas mãos!

Para não fugir à regra, vamos à moral da história.

O desfecho dessa história tem tudo a ver com a vida. A vida é feita de escolhas e decisões. Tudo está literalmente em nossas mãos. Quem não assume essa condição de decidir, de tomar em suas próprias mãos as rédeas de sua vida, especialmente quando se chega à idade da maturidade, é porque não cresceu e ainda continua no mundo ilusório da infantilidade.

Viver nesse mundo da infantilidade é viver na dependência... Ou no colo da mãe... Ou nos braços do pai... Ou na cola de amigos... Não toma decisões, não evolui, permanece na zona de conforto, enquanto o trem passa, a história continua, páginas e páginas são viradas.  Fica-se no tempo.

E o que resta? Lamúrias, choramingos, solidão, falta de perspectivas, prisão ao círculo da pobreza, da ignorância, do medo do desconhecido, da falta de coragem para dar um passo à frente.

Autoconhecimento, leitura, estudos, iniciativas... Caminhos em direção à maturidade e à capacidade de tomar decisões, assumir as consequências e arriscar  a ser feliz.



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segunda-feira, 16 de maio de 2016

"VARIAÇÕES..."


Aproveitamos a oportunidade para um esclarecimento a respeito do título da presente postagem: “Variações...”

“Variações” remetem-nos sobre autores e instrumentistas que se debruçam sobre uma obra de arte musical e com o seu poder de criatividade reelaboram a aquela peça artística fazendo dela uma releitura. Permanece a essência, mas surgem novos acordes que encantam e emocionam as plateias.

As “Variações” indicam que a criatividade humana não tem limite e que, respeitando a originalidade da obra, a sua essência, a sua identicidade e seu autor, é possível extrair maravilhas de maravilhas.

Quantas “variações” sobre Hino Nacional Brasileiro foram elaboradas por maestros de renome internacional, tornando nosso símbolo nacional ainda mais belo e emocionante, reforçando nosso nativismo, nossa nacionalidade e nossa brasilidade.

Somos infinitamente mais modestos... No nosso caso, especificamente a respeito das nossas postagens, quando as intitulamos de “Variações sobre...” estamos apenas sinalizando que não pretendemos esgotar o assunto... Que não pretendemos dar nossa palavra final ou definitiva sobre o que sendo ventilado.

A verdade absoluta não existe. A verdade é sempre relativa... Todos têm sua história, suas verdades, suas ideias, sua ideologia, sua cultura, seus paradigmas. Esses paradigmas são um conjunto de conceitos que são colocados na mente das pessoas desde o ventre materno e vai acontecendo ao longo da vida, na vivência familiar, na religiosidade, na escola, nos percalços e sucessos. Tudo isso constitui o “pano de fundo” da essência de cada um, essência essa que é o suporte da sua verdade. As histórias individuais se somam para construir a história maior da coletividade, mas jamais coincidem na individualidade.

Portanto, é a partir desse contexto que surgem as variações sobre qualquer assunto e nunca sua versão definitiva, sua verdade absoluta. A única verdade realmente absoluta é constituída de três aspectos: o nascer, o viver, e o morrer. Tanto é que há quem defina a vida como uma linha reta que une o nascimento à morte. A dimensão dessa linha? É o grande mistério dessa verdade.

Portanto, nossas “Variações” são contribuições fruto de reflexões a partir da nossa história de vida. Contribuições que talvez ajudem nossos visitantes a refletir sobre os assuntos e aproveitar os subsídios para a formatação da sua própria verdade. Nossa esperança é conseguir isso. E se “isso” for verdade já estamos realizados e cumprindo nosso propósito e nossa missão.



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domingo, 15 de maio de 2016

PESSOAS SOCIOPATAS E/OU PSICOPATAS


É um assunto espinhoso, geralmente restrito à área medica, mas afeta diretamente o mundo social e a rede de relacionamentos. Estamos nos referindo às pessoas sociopatas e psicopatas.

Na verdade estamos interessados mais na sociopatia, por ser mais sutil e menos perceptível, tornando o inimigo ainda mais próximo de nós.

Tanto a sociopatia como a psicopatia são patologias (doenças) que levam a comportamentos impulsivos e antissociais. As pessoas têm ojeriza à outras pessoas, são avessas à convivência, à vida em comunidade. Mas como ninguém vive só, pois há uma interdependência, um precisa do outro, essas pessoas assumem comportamentos atípicos e, não raras vezes criminosos. Mais os psicopatas que os sociopatas. São transtornos de personalidades antissociais.

Os psicopatas agridem os demais, pois não os suportam. Primeiro atrai para junto de si as pessoas que planejam violentar. Por isso são agradáveis, empatias e simpáticas. Depois agem criminosamente.

Os sociopatas, mesmo não se dando bem na convivência social, aceitam essa convivência, porém são carentes, centralizadores, de pouca conversa, não acolhem opiniões, contam vantagens e terminam os diálogos com ofensas ou indiretas, pois suas maneiras de atacarem o meio social é agredindo as pessoas e afastando-se momentaneamente delas.

Os sociopatas são egocêntricos, isto é, se consideram o centro das atenções nas relações sociais... Desenvolvem atitudes negativas como a não atenção às necessidades das pessoas próximas, Não as ajudam,  muito menos fazem caridade. Têm a tendência de chamar as pessoas necessitadas de incapazes ou preguiçosas, não demonstrando nenhum interesse pela história de vida de cada um, pois o que interessa mesmo é a “sua” própria história.

Os sociopatas não gostam de receber feedback, isto é, retornos, devoluções de ideias e opiniões contrárias. São avessos a diálogos mais profundos e espontâneos. Diante disso tais pessoas acabam sendo chatas, rejeitadas, solitárias e infelizes, o que acaba, num processo crescente, aumentando a sua rejeição à sociedade.

Tanto a sociopatia como a psicopatia são doenças incuráveis, exigindo tratamento especializado, sendo minimizadas com terapias e medicamentos.

Agora, e importante o reconhecimento da doença tanto por parte da própria pessoa, dos parentes e de pessoas próximas. Daí a necessidade de constante estudo e leituras, pois vale muito a informação.

E fundamental o “querer” o tratamento. Do contrário a infelicidade continuará.



Imagem: Google

quinta-feira, 12 de maio de 2016

OS RASTROS DOS PSEUDOS TURISTAS


Os meios de comunicação divulgam pesquisas, entrevistas e outros tipos de reportagens a respeito de pessoas que moram nas cidades grandes, metrópoles e capitais, e que, nos finais de semana, especialmente nos feriados prolongados, procuram as cidades do interior para passeios com o intuito de relaxarem.

Nada mais certo, justo e louvável, uma vez que a vida nas megalópoles é, de fato, extremamente estressante. E têm agravantes. No verão, com as chuvas torrenciais há as enchentes, os alagamentos, o trânsito caótico. Nesses acontecimentos fica evidente que boa parte da água acumulada nas ruas é decorrente do lixo que entopem os bueiros... Outra parte é da própria natureza que cobra das cidades os espaços que antes eram dela e agora pertencem aos humanos.

A falta de educação fica claro. É inadmissível que em pleno Século XXI, em tempos de  comunicação imediata, ainda tem gente (muita gente, é bom que se diga) que ainda joga lixo nas ruas. E aí vem o estresse. Estresse não, irritação... E o desejo de fugir dessa turbulência e buscar as áreas ainda sossegadas e bucólicas do interior... Então surgem novos problemas.

A foto acima do Córrego do Faria, Bairro Souza, em Monteiro Lobato , SP, e foi feita pelo professor de Biologia Edevaldo Oliveira, também ambientalista, que trabalha nessa cidade que é um desses refúgios procurados pelos “turistas” das cidades grandes.

Monteiro Lobato e uma pequena cidade incrustada numa importante área de manancial, próxima da Serra da Mantiqueira. Suas nascentes alimentam o Rio Buquira, que deságua no rio Paraíba do Sul, que, por sua vez fornece água para todas as cidades que o margeiam e é o principal fornecedor de água para a cidade do Rio de Janeiro.

Na foto acima está registrado o lixo que esses pseudos turistas deixam quando visitam a região se embrenham pelas matas em busca dessas nascentes. Isto é transferem a falta de educação e a sujeira decorrente para esses locais, maculando-os e dando muito trabalho para pessoas dedicadas como o Professor Edevaldo... Pessoas ainda preocupadas em preservar limpa a natureza do município.

Dá para imaginar quantos santuários naturais estão sendo degradados pela sanha destruidora de pessoas inconsequentes que deixam as sujas metrópoles e os invadem, com simples propósito de relaxarem e transferirem para esses santuários a deseducação que cultivam.

O interior até que agradece a visita desses turistas (?), mas lamenta profundamente os estragos que eles promovem. Sujeira por sujeira que fiquem onde moram.

A grande mídia não noticia os casos de intoxicação de animais que inadvertidamente ingerem embalagens plásticas. É muito comum vacas leiteiras morrerem de repente e quando se vai investigar se percebe que em seus estômagos estão as famigeradas sacolinhas de supermercados que deveriam estar  no lixo e não na natureza. Pura sacanagem.

Este texto é uma homenagem ao Professor Edevaldo de Oliveira e seus amigos ambientalistas que lutam pela preservação das nascentes de Monteiro Lobato. Heróis anônimos a quem o futuro vai agradecer.


Imagem: Professor Edevaldo Oliveira, publicada no Facebook

domingo, 8 de maio de 2016

OUTONO... OUTONOS...


Estamos em pleno outono aqui no hemisfério sul. Saímos do verão, estação quente, cheio de vida, apesar das chuvas, raios, trovões e tempestades, e caminhamos para o inverno, temível pelo frio, pela seca (escassez de chuvas), pela secura do ar, pelas queimadas e intensificação da poluição da atmosfera.

Outono, portanto é uma estação de transição, com as temperaturas e luminosidade do sol variando de intensidade. É, alguns lugares, especialmente no sul, sudeste e centro-oeste brasileiros, também, a estação dos frutos maduros e que vão caindo juntamente com as folhas, deixando nuas as árvores, mas o chão forrado de material orgânico que lentamente vai sendo absorvido pela terra, num processo de reciclagem e reforço da nutrição dela mesma. É a natureza promovendo o seu ciclo vital.

Os frutos, quando não colhidos por mãos humanas são sêmens que vão fecundar a terra para que novas árvores nasçam, reforçando o ciclo vital da natureza.

A estação das folhas caídas e seus símbolos nos fazem pensar nos nossos ciclos, nos nossos outonos. Um olhar mais atento, nos permite perceber que as aves e alguns animais se reciclam durante sua existência. Há a troca de penas, algumas relatadas pelos especialistas como dolorosas, e mudança de peles, como nas cobras.

Nós, humanos, temos o domínio sobre a natureza, ou pelo menos o poder de compreensão de seu funcionamento de sua dinâmica. Temos o domínio sobre nós mesmos, daí a possibilidade de controlarmos os nossos outonos. Ou administrá-los. Mas eles acontecem... Não de forma sazonal, cíclica, mas em momentos específicos de nossa vida, momentos que muitas vezes nos pegam de surpresa.

As folhas caem, como caem nossas máscaras... Os frutos (rebentos=filhos) se rompem de nós, ou irrompem contra nós e buscam novos ares, novos ambientes onde vão frutificar à maneira deles... Talvez certos... Talvez errados... Ou em conformidade (ou não) com nossos sonhos e projetos... Outros, infelizmente, como muitos frutos, caem por terra, são consumidos e nada geram, além de lembranças.

Vivemos outonos emocionais, com oscilações de humor, como as oscilações de climáticas. A natureza se supera... Nós nem tanto. Na natureza o ciclo é vital, é synbólico (para frente)...  Com a gente pode ser diabólico (para trás). Resta a nos o exemplo da natureza: superação.

Nossos outonos podem ser transição para a vida nova, como na Páscoa... A natureza está madura ou amadurecida. Entre nós esse processo é complicado e não é linear, isto é acontece com todo mundo. Entra em campo um personagem chamado “depende”. Tudo depende...

Amadurecimento é um processo de aprendizagem contínua e continuada, isto é deve ser buscado constantemente, justamente nos de ensinamentos que os outonos de nossa vida vão acontecendo.

Nunca esqueçamos dessa verdade: o outono sucede ao verão e precede o inverno. Os nossos outonos vêm depois de muita alegria e se na for administrado corretamente (E não há regra geral para isso) pode nos legar invernos rigorosos. Coisas da vida!



Imagem: Google

"PARA SEMPRE"... NOSSA HOMENAGEM ÀS MÃES


Vídeo: YouTube