terça-feira, 17 de maio de 2016

O SÁBIO E O PASSARINHO


Essa história já circulou pela internet intensamente em passado fecente. E, por seu conteúdo pedagógico, isto é, por seus fortes ensinamentos, vale a pena retomá-la, ainda que os tempos sejam outros, mas o que ela tem de essência não deve jamais ser esquecido. Desconhecemos o seu autor. Diz o seguinte:

Num determinado vilarejo vivia um velho sábio que a tudo tinha respostas. Sua fama extrapolou sua região e chegou à cidade grande. Então, uns jovens, ao tomarem conhecimento de sua existência combinaram um estratagema para desmascará-lo. Um deles propôs o seguinte: nós iremos até esse sábio e eu com um passarinho na mão. Direi a ele: sábio, tenho em minhas mãos um passarinho. Por favor, diga-me ele está vivo ou morto? Se ele responder que está vivo eu esmagarei o bichinho e lhe mostrarei que está morto. Se ele disser que está morto e o soltarei e o passarinho sairá voando. Pegaremos o velho. E assim fizeram.

Ao chegarem no vilarejo foram até o velho sábio que passiva e tranquilamente os aguardava. O garoto com o passarinho nas mãos se adiantou e foi logo dizendo:
- Mestre, por favor, me diga o que tenho nas mãos? O sábio, olhando diretamente e seus olhos, mas com voz mansa, prontamente respondeu:
- Um pássaro... E o garoto emendou:
- Muito bom... Mas diga-me, mestre, esse pássaro que tenho nas mãos está vivo ou está morto? O mestre, sem nenhuma reação que lhe transformasse a passividade, novamente com os olhos fixos no garoto, disse tranquilamente:
- Filho, a resposta está em suas mãos!

Para não fugir à regra, vamos à moral da história.

O desfecho dessa história tem tudo a ver com a vida. A vida é feita de escolhas e decisões. Tudo está literalmente em nossas mãos. Quem não assume essa condição de decidir, de tomar em suas próprias mãos as rédeas de sua vida, especialmente quando se chega à idade da maturidade, é porque não cresceu e ainda continua no mundo ilusório da infantilidade.

Viver nesse mundo da infantilidade é viver na dependência... Ou no colo da mãe... Ou nos braços do pai... Ou na cola de amigos... Não toma decisões, não evolui, permanece na zona de conforto, enquanto o trem passa, a história continua, páginas e páginas são viradas.  Fica-se no tempo.

E o que resta? Lamúrias, choramingos, solidão, falta de perspectivas, prisão ao círculo da pobreza, da ignorância, do medo do desconhecido, da falta de coragem para dar um passo à frente.

Autoconhecimento, leitura, estudos, iniciativas... Caminhos em direção à maturidade e à capacidade de tomar decisões, assumir as consequências e arriscar  a ser feliz.



Imagem: Google

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