domingo, 8 de maio de 2016

OUTONO... OUTONOS...


Estamos em pleno outono aqui no hemisfério sul. Saímos do verão, estação quente, cheio de vida, apesar das chuvas, raios, trovões e tempestades, e caminhamos para o inverno, temível pelo frio, pela seca (escassez de chuvas), pela secura do ar, pelas queimadas e intensificação da poluição da atmosfera.

Outono, portanto é uma estação de transição, com as temperaturas e luminosidade do sol variando de intensidade. É, alguns lugares, especialmente no sul, sudeste e centro-oeste brasileiros, também, a estação dos frutos maduros e que vão caindo juntamente com as folhas, deixando nuas as árvores, mas o chão forrado de material orgânico que lentamente vai sendo absorvido pela terra, num processo de reciclagem e reforço da nutrição dela mesma. É a natureza promovendo o seu ciclo vital.

Os frutos, quando não colhidos por mãos humanas são sêmens que vão fecundar a terra para que novas árvores nasçam, reforçando o ciclo vital da natureza.

A estação das folhas caídas e seus símbolos nos fazem pensar nos nossos ciclos, nos nossos outonos. Um olhar mais atento, nos permite perceber que as aves e alguns animais se reciclam durante sua existência. Há a troca de penas, algumas relatadas pelos especialistas como dolorosas, e mudança de peles, como nas cobras.

Nós, humanos, temos o domínio sobre a natureza, ou pelo menos o poder de compreensão de seu funcionamento de sua dinâmica. Temos o domínio sobre nós mesmos, daí a possibilidade de controlarmos os nossos outonos. Ou administrá-los. Mas eles acontecem... Não de forma sazonal, cíclica, mas em momentos específicos de nossa vida, momentos que muitas vezes nos pegam de surpresa.

As folhas caem, como caem nossas máscaras... Os frutos (rebentos=filhos) se rompem de nós, ou irrompem contra nós e buscam novos ares, novos ambientes onde vão frutificar à maneira deles... Talvez certos... Talvez errados... Ou em conformidade (ou não) com nossos sonhos e projetos... Outros, infelizmente, como muitos frutos, caem por terra, são consumidos e nada geram, além de lembranças.

Vivemos outonos emocionais, com oscilações de humor, como as oscilações de climáticas. A natureza se supera... Nós nem tanto. Na natureza o ciclo é vital, é synbólico (para frente)...  Com a gente pode ser diabólico (para trás). Resta a nos o exemplo da natureza: superação.

Nossos outonos podem ser transição para a vida nova, como na Páscoa... A natureza está madura ou amadurecida. Entre nós esse processo é complicado e não é linear, isto é acontece com todo mundo. Entra em campo um personagem chamado “depende”. Tudo depende...

Amadurecimento é um processo de aprendizagem contínua e continuada, isto é deve ser buscado constantemente, justamente nos de ensinamentos que os outonos de nossa vida vão acontecendo.

Nunca esqueçamos dessa verdade: o outono sucede ao verão e precede o inverno. Os nossos outonos vêm depois de muita alegria e se na for administrado corretamente (E não há regra geral para isso) pode nos legar invernos rigorosos. Coisas da vida!



Imagem: Google

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