quarta-feira, 5 de outubro de 2016

AS MUSAS, A INSPIRAÇÃO E O CONHECIMENTO


Um dos aspectos importantes (e são muitos) da Civilização Grega é a sua mitologia. Politeístas, isto é, os gregos adotaram muitos deuses em seu complexo sistema de crenças. Eram Deuses que tinham um relacionamento completo e livre com os humanos, interagindo e manifestando sentimentos comuns. Zeus era o deus maior, o grande chefe do Olimpo. Depois havia uma hierarquia bem estruturada de deuses menores, mas igualmente importantes.

As Musas compunham esse complexo “ideológico-religioso”, com funções específicas, com influências até hoje no cotidiano da humanidade. Elas nasceram de uma reivindicação dos deuses do Olimpo, quando consultados por Zeus, que havia vencido os “Titãs” e reorganizado o mundo, sobre o “quê” estaria faltando para qu3 tudo ficasse realmente bom. Os deuses alegaram que faltava algo que desse vida e inspiração a “esse” mundo reorganizado por Zeus. Zeus, então, esteve com Mnemósine, deusa da memória por sete noites consecutivas. No final de um ano nasceram as nove Musas do universo mitológico grego.

Elas vieram à luz no sopé do Olimpo e foram adotadas e criadas pelo caçador Croto. Aliás, este, quando morreu, como gratidão foi levado para habitar a Constelação de Sagitarius. As Musas então cresceram graciosas lindas, usando roupas finas, habitavam as fontes onde dançavam, cantavam e anunciavam a história do povo grego, ao som da lira e apoiadas pelo deus Apolo. Lá os poetas, os artistas, os contadores de história, os pedagogos, os líricos, os trágicos, os comediantes, se inspiravam para criarem suas artes e seus espetáculos, enfim para a edificarem a maravilhosa cultura grega de então.

O complexo mitológico grego é maravilhoso e aqui não há espaço suficiente para explorarmos todo o seu potencial.

As musas eram nove: Calíope, da Eloquência; Clio, da História: Erato, da poesia lírica; Euterpe, da Música; Melpômene, da Tragédia; Polímnia, do Hino Sagrado; Thália, da comédia e da poesia leve; Terpsícore, da Dança; e Urânia, da Astronomia e da Astrologia.

A cultura ocidental deve muito aos gregos. Estes, às suas Musas.

Hoje, quando falamos em musa inspiradora, logo vem à mente as mulheres seminuas, com seus corpos esculturais, sensuais e apelos sexuais. Inspiram muitos sonhos e desejos e pouca cultura, pouco saber, invertendo os valores originais da cultura grega. Isso explica, em parte, a fragilidade, a vulnerabilidade e a banalização da verdadeira cultura, do verdadeiro conhecimento para a formação de uma sociedade madura e consciente, principalmente quando se trata da questão política. 

Outro ensinamento prático que se obtém do estudo da mitologia grega e, especialmente de suas Musas: os deuses pediram a Zeus algo que lhes dessem um maior e melhor sentido à vida. A História das Musas revelou isso, que de fato é necessária a inspiração, o sentido, a qualidade, para que a vida valha a pena. Não à banalização... De tudo, inclusive não à banalização sexual.

A civilização ocidental tem sua base as culturas grega, romana e judaico-cristã. As fontes de inspiração são muitas. Podemos escolher. Mas é preciso dar um passo á frente na direção do conhecimento.

Leitura, leitura, leitura... Já!



Imagem: Google

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