quarta-feira, 26 de outubro de 2016

ENTRE O AUTORITARISMO E A PERMISSIVIDADE

Algumas considerações sobre o autoritarismo. Este é a qualidade de quem é autoritário, isto é, daquela pessoa que procura sobressair-se sobre o grupo, procurando ser o centro das atenções e da realização de suas vontades. As demais pessoas “devem” estar ao seu serviço.

Essas posturas autoritárias acontecem em nível das pessoas, das lideranças nas organizações, das lideranças política, e até das formas de estruturação organizacional das nações. A História apresenta nações inteiras submetidas aos caprichos de comandantes autoritários e narcisistas e que não sobreviveram...

Interessa-nos a questão do autoritarismo pessoal, envolvendo o cotidiano: esposos, pais, filhos, líderes religiosos, empresariais e de instituições sociais. O autoritarismo sempre impactam pessoas. Se exagerado pior.

Quantas humilhações vivenciam esposas submissas a maridos autoritários! Filhos... Subordinados... Voluntários em instituições de benemerência. Tudo que é demais é demasia.

E a permissividade? É o conceito de que tudo é permitido,in dependente da lei ou dos valores da sociedade. Há uma irresponsabilidade e rebeldia embutidas na permissividade. Especialmente nas pessoas, geralmente jovens, que se consideram outsiders. Muitos são irreverentes bobos e banais. São aqueles que abrem o escapamento dos carros e motos, ligam o som do carro em altíssimo volume e invadem as madrugadas, nas ruas nas casas e nos apartamentos fazendo essa barulheira toda, beirando ao ridículo.

Há líderes permissivos que comprometem o processo produtivo das empresas quando fecham os olhos para a negligência dos subordinados. Há pais permissivos que negam o crescimento emocional dos filhos, infantilizando-os para sempre e tornando-os sérios candidatos a autoritários e narcisistas.

Nem autoritarismo demais que castra, nem permissividade demais que infantiliza. O equilíbrio é fundamental. Na gênese do equilíbrio está a harmonia, a estabilidade, a maturidade, a solidez, inclusive a solidez de caráter.

Na essência do equilíbrio está a consciência da igualdade, por exemplo, entre direitos e deveres. Uma forte consciência política. Porém, antes de tudo a consciência de que as relações sociais e políticas, numa democracia de verdade, há a determinação de que para cada dever, para cada obrigação há uma contrapartida, um direito. O oposto é a mesma coisa, para cada direito exercido, um dever a ser cumprido.

Nada de exageros, nada de promessas infundadas... A recompensa de um esforço na escola deverá ser uma boa nota. Um castigo para uma nota baixa não deve ser a violência. Diálogo equilibrado, eis a receita.

Os verdadeiros líderes sabem dosar entre o autoritarismo necessário e a permissividade indecente. O líder, na concepção moderna, influencia e arrasta pelo exemplo do conhecimento técnico, pelas decisões seguras e pela orientação amorosa.

Assim em todos os sentidos da vida, em todas as situações da convivência humana. Equilíbrio e maturidade sempre.



Imagem: Google

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