sábado, 8 de outubro de 2016

O NORDESTINO


Escrever a respeito dos valores nordestinos é uma elevada pretensão e uma missão m tanto audaciosa. Porque muito já se tem falado e escrito a respeito do Nordeste, sua geografia, seus problemas, seu povo, história e sua cultura.

Muitos já falaram e escreveram sobre os problemas, a questão da seca e a problemática do sertanejo nordestino nesse meio geográfico cruel e de extremo abandono político e social. Muito já escreveram sobre a migração, as dificuldades e o preconceito sofrido pelo homem nordestino longe cd suas terras.

Porém, neste dia 08 de outubro, Dia do nordestino, vale novamente, uma pequena reflexão a respeito dos valores nordestinos, agora, que vivemos tempos de comunicação instantânea. Mesmo assim permanecem os antigos valores e as circunstâncias que fazem do Nordeste uma região especial do nosso país.

É uma região cheia de História. Esta registra as revoluções que ajudaram a forjar o caráter do Brasil Independente.

Recordemos as belezas de suas praias, concorridas, badaladas, românticas. Jamais podemos esquecer que à medida que avançamos, a partir das praias para interior notamos as alterações das paisagens. O verde vai sendo substituído pelo seco, a riqueza pela pobreza, a abundância de água, pela secura do ar e do chão. São os desafios. Desafios para a compreensão dos de fora, para a compreensão das autoridades. No centro de tudo o homem, o sertanejo, forte, corajoso, arraigado e apegado ao pouco que tem ou ao que lhe resta.

Mas o nordestino não é só sofrimento. O nordestino é alegria, é acolhimento. Vejam os cordéis, a música, a dança, o folclore, o carnaval.  Vejam a espontaneidade, o repente. Ainda que a música possa revelar a tristeza que o nordestino sente na alma, ela é alegre, esperançosa, sem jamais contestar os desígnios da natureza e do ambiente onde vive.

O nordestino é sinônimo de cultura. E haja valores. Nomes que o mundo inteiro cultua e que às vezes, o próprio brasileiro não conhece. Josué de Castro, Gilberto Freire, Adriano Suassuna, Patativa do Açaré. Celso Furtado, José Américo de Almeida, Raul Pompéia, Castro Alves, João Cabral de  Melo Neto, Jorge Amado, Raquel de Queirós José Lilns do Rego Graciliano Ramos Manuel Bandeira, e tantos e tantos outros.

O quê dizer dos cantores, compositores, poetas, artistas, repentistas, cordelistas, comediantes? Preenchem páginas e páginas...

A culinária é riquíssima e quente (apimentada), destacando-se a carne de sol, a buchada de bode, o sarapatel, o acarajé, o vatapá, o cururu, os frutos do mar, os derivados de milho, da macaxeira... As frutas originárias da região, como a graviola, o umbu, a manga, o buriti, o sapoti e outras mais.

Muito mais que não ter preconceito em relação ao nordestino, pois isso deve ser condição natural do ser humano, é preciso conhecer o nordestino de entro para fora, isto é, a partir da vivência e da convivência no seu cotidiano, para apreender sua maneira de pensar, de ver a vida, de cantar suas músicas de dançar suas danças, de vivenciar os seus problemas e de superá-los, com sua religiosidade simples, mas sincera, sem as sofisticações do mundo moderno.

O nordestino é um forte... Mas, também, mas todo alegria, todo espontaneidade, todo acolhimento. Basta contemplá-lo com olhos humanos.



Imagem: Google 

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