Nesses
últimos dias um professor de inglês nos contou estar impressionado com o
comportamento de um de seus alunos. Em meio aos exercícios da aula o aluno
deixou escapar comentários a respeito da Filosofia de Descartes e do Método Cartesiano. Como se sabe René Descartes é praticamente o
fundador da matemática moderna. Com Descartes tem inicio o método científico,
os critérios técnicos da pesquisa, que foram se consolidando ao longo do tempo.
Instigado,
esse aluno ainda discorreu sobre o Iluminismo e sobre o Racionalismo,
sustentáculos ideológicos da Revolução Francesa, a Revolução Burguesa por
excelência, a Revolução que consolidou o poder político dos capitalistas, uma
vez que o poder econômico eles já tinham conquistado. Esse fato tirou o sono de
Marx.
Mas o
que há de novidade nisso tudo? A novidade é que esse aluno tem apenas 16 anos e
já discute em profundidade esses temas. Outra novidade? Esse menino com essa
idade está anos-luzes à frente dos demais de seu em termos de conteúdo. Um gênio? Um
superdotado? Um hiperativo? Ou a soma de tudo isso?
Pode
ser verdade... Pode ser a mosca branca... Mas a fonte desse conteúdo é a
vontade de conhecer, a leitura, a busca constante, a fuga das banalidades. Quem
tem conteúdo como esse menino tem está acima das banalidades, acima dos
modismos, dos efêmeros... Coisas e fatos que podem acontecer com jovens que
aprenderam desde a infância a necessidade de estudar, de ler, de buscar o bem e
teve a liberdade de escolha. Tiveram uma base familiar ou alguém com pulso
forte e também dotado de forte conteúdo para embasar suas exigências. Coerência
entre falas e vida.
Pessoas
com conteúdo geralmente está além do seu tempo. Pode sofrer preconceitos,
bullying e escárnios. Mas continuam vivendo além do tempo e com conteúdo. A
frase do Pe. Leo, SCJ, exposta na ilustração desta postagem é significativa: “Quem precisa de muita coisa por fora é
porque está vazio por dentro”. É o contraponto.
Pessoas
com conteúdo não estão preocupadas com o externo com a ostentação. Quem está
vazio, prefere o barulho, o brilho, os holofotes... Aquelas não se preocupam
demais com os bens materiais. São desapegadas. E não sofrem com as perdas,,,
Estas, têm nos bens materiais a razão de sua vida. Estão a eles apegadas com unhas
e dentes, sofrendo muito com as mínimas perdas.
É a
diferencia crucial entre o SER e o TER. Quem é simplesmente é e tem na
humildade a sua principal característica, pois não deve nada a ninguém. Quem se
preocupa mais com o TER vive numa
angustia constante pois a todo momento tem de se justificar para os outros os
fatos de sua vida.
Outra
diferença? Quem vive o vazio e só de aparências tem ansiedade constante e a
caminho do estresse, da depressão. Quem tem conteúdo, está em paz. E isso é
tudo.
Imagem:
Google
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