Os meios
de comunicação divulgam pesquisas, entrevistas e outros tipos de reportagens a
respeito de pessoas que moram nas cidades grandes, metrópoles e capitais, e
que, nos finais de semana, especialmente nos feriados prolongados, procuram as
cidades do interior para passeios com o intuito de relaxarem.
Nada
mais certo, justo e louvável, uma vez que a vida nas megalópoles é, de fato,
extremamente estressante. E têm agravantes. No verão, com as chuvas torrenciais
há as enchentes, os alagamentos, o trânsito caótico. Nesses acontecimentos fica
evidente que boa parte da água acumulada nas ruas é decorrente do lixo que
entopem os bueiros... Outra parte é da própria natureza que cobra das cidades
os espaços que antes eram dela e agora pertencem aos humanos.
A falta
de educação fica claro. É inadmissível que em pleno Século XXI, em tempos de comunicação imediata, ainda tem gente (muita
gente, é bom que se diga) que ainda joga lixo nas ruas. E aí vem o estresse.
Estresse não, irritação... E o desejo de fugir dessa turbulência e buscar as
áreas ainda sossegadas e bucólicas do interior... Então surgem novos problemas.
A foto
acima do Córrego do Faria, Bairro Souza, em Monteiro Lobato , SP, e foi feita
pelo professor de Biologia Edevaldo Oliveira, também ambientalista, que
trabalha nessa cidade que é um desses refúgios procurados pelos “turistas” das
cidades grandes.
Monteiro
Lobato e uma pequena cidade incrustada numa importante área de manancial,
próxima da Serra da Mantiqueira. Suas nascentes alimentam o Rio Buquira, que
deságua no rio Paraíba do Sul, que, por sua vez fornece água para todas as
cidades que o margeiam e é o principal fornecedor de água para a cidade do Rio
de Janeiro.
Na foto
acima está registrado o lixo que esses pseudos turistas deixam quando visitam a
região se embrenham pelas matas em busca dessas nascentes. Isto é transferem a
falta de educação e a sujeira decorrente para esses locais, maculando-os e
dando muito trabalho para pessoas dedicadas como o Professor Edevaldo...
Pessoas ainda preocupadas em preservar limpa a natureza do município.
Dá para
imaginar quantos santuários naturais estão sendo degradados pela sanha
destruidora de pessoas inconsequentes que deixam as sujas metrópoles e os
invadem, com simples propósito de relaxarem e transferirem para esses santuários
a deseducação que cultivam.
O
interior até que agradece a visita desses turistas (?), mas lamenta
profundamente os estragos que eles promovem. Sujeira por sujeira que fiquem
onde moram.
A
grande mídia não noticia os casos de intoxicação de animais que
inadvertidamente ingerem embalagens plásticas. É muito comum vacas leiteiras
morrerem de repente e quando se vai investigar se percebe que em seus estômagos
estão as famigeradas sacolinhas de supermercados que deveriam estar no lixo e não na natureza. Pura sacanagem.
Este
texto é uma homenagem ao Professor Edevaldo de Oliveira e seus amigos
ambientalistas que lutam pela preservação das nascentes de Monteiro Lobato. Heróis
anônimos a quem o futuro vai agradecer.
Imagem:
Professor Edevaldo Oliveira, publicada no Facebook
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