Estamos
em pleno outono aqui no hemisfério sul. Saímos do verão, estação quente, cheio
de vida, apesar das chuvas, raios, trovões e tempestades, e caminhamos para o
inverno, temível pelo frio, pela seca (escassez de chuvas), pela secura do ar,
pelas queimadas e intensificação da poluição da atmosfera.
Outono,
portanto é uma estação de transição, com as temperaturas e luminosidade do sol
variando de intensidade. É, alguns lugares, especialmente no sul, sudeste e
centro-oeste brasileiros, também, a estação dos frutos maduros e que vão caindo
juntamente com as folhas, deixando nuas as árvores, mas o chão forrado de
material orgânico que lentamente vai sendo absorvido pela terra, num processo
de reciclagem e reforço da nutrição dela mesma. É a natureza promovendo o seu
ciclo vital.
Os
frutos, quando não colhidos por mãos humanas são sêmens que vão fecundar a
terra para que novas árvores nasçam, reforçando o ciclo vital da natureza.
A
estação das folhas caídas e seus símbolos nos fazem pensar nos nossos ciclos,
nos nossos outonos. Um olhar mais atento, nos permite perceber que as aves e
alguns animais se reciclam durante sua existência. Há a troca de penas, algumas
relatadas pelos especialistas como dolorosas, e mudança de peles, como nas cobras.
Nós,
humanos, temos o domínio sobre a natureza, ou pelo menos o poder de compreensão
de seu funcionamento de sua dinâmica. Temos o domínio sobre nós mesmos, daí a
possibilidade de controlarmos os nossos outonos. Ou administrá-los. Mas eles
acontecem... Não de forma sazonal, cíclica, mas em momentos específicos de
nossa vida, momentos que muitas vezes nos pegam de surpresa.
As
folhas caem, como caem nossas máscaras... Os frutos (rebentos=filhos) se rompem
de nós, ou irrompem contra nós e buscam novos ares, novos ambientes onde vão
frutificar à maneira deles... Talvez certos... Talvez errados... Ou em
conformidade (ou não) com nossos sonhos e projetos... Outros, infelizmente,
como muitos frutos, caem por terra, são consumidos e nada geram, além de lembranças.
Vivemos
outonos emocionais, com oscilações de humor, como as oscilações de climáticas.
A natureza se supera... Nós nem tanto. Na natureza o ciclo é vital, é synbólico (para frente)... Com a gente pode ser diabólico (para trás). Resta a nos o exemplo da natureza:
superação.
Nossos
outonos podem ser transição para a vida nova, como na Páscoa... A natureza está
madura ou amadurecida. Entre nós esse processo é complicado e não é linear,
isto é acontece com todo mundo. Entra em campo um personagem chamado “depende”.
Tudo depende...
Amadurecimento
é um processo de aprendizagem contínua e continuada, isto é deve ser buscado
constantemente, justamente nos de ensinamentos que os outonos de nossa vida vão
acontecendo.
Nunca
esqueçamos dessa verdade: o outono sucede ao verão e precede o inverno. Os
nossos outonos vêm depois de muita alegria e se na for administrado
corretamente (E não há regra geral para isso) pode nos legar invernos
rigorosos. Coisas da vida!
Imagem:
Google
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