quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

VONTADE



Todos os nossos atos têm um ingrediente comum e extremamente importante: a vontade.

Vontade é um atributo humano (exclusivamente humano), com algumas definições diferenciadas de acordo com os entendidos, portanto, não está livre da polêmica.

Uns dizem que é a “capacidade de querer ou de manifestar desejos”... Outros, que está ligada “ao querer, ao ter desejos, aspirações, cobiça, pretensões”... Outros, ainda, que, tem a ver com “as necessidades humanas, como comer, beber, dormir, descansar, divertir-se”. Tem gente, também, que defende que vontade é “a força interior que impulsiona o indivíduo a realizar algo, atingir seus fins”.

A vontade é imanente, pois está presente em tudo o que os seres humanos fazem. Como disposição interior é o motor que lança o indivíduo para a realização das suas atividades, boas ou ruins; nas belas virtudes que levam às grandes vitórias, ou nos erros homéricos que conduzem às catastróficas derrotas, em algum momento o ingrediente vontade esteve presente e foi determinante para os resultados. Vejamos as tragédias naturais... Alguém falhou... Alguém não teve a vontade  suficiente para realizar algo para evitá-las.

Ela é hierárquica, pois a vontade do comandante determina as atitudes de seus comandados; a vontade do chefe tem reflexo nas posturas de seus subordinados e assim por diante.

Assim também, no campo político, a vontade dos governantes determina o destino do seu país de seu povo. Algo que acontece de cima para baixo. Pena que ela é manipulada, pois nem sempre o processo inverso é verdadeiro (não deveria): a vontade do povo nunca se coaduna com a vontade dos políticos.

Vontade e decisão

“A vontade visa ao fim; a decisão, porém, visa aquilo que conduz ao fim”, escreveu Santo Tomás de Aquino.

A vontade é um atributo,  um querer, algo motivador, o motor da vida. Mas ela nada significa, nada faz acontecer, sem a “decisão” (atitude racional) de transformá-la em verdade. A vontade sem a decisão corre o risco de ser apenas utopia, sonho irrealizável ou muito distante. A utopia faz caminhar, se existe a decisão de partir.


Então é assim: a vontade unida à decisão, realização do possível. 

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