terça-feira, 31 de março de 2015

O CIÚME


Já tratamos desse tema aqui... (em 17 de Dezembro de 2013). Vamos fazer mais algumas considerações, pois não é possível aceitar o ciúme e a pessoa ciumenta...

Ciúme nada tem a ver com o amor, especialmente o amor Eros, aquele que nos leva a buscar a pessoa com quem pretendemos viver e conviver.

A cultura da modernidade é muito exigente em relação aos relacionamentos a dois. Há o risco da banalização e exige uma forte maturidade das pessoas envolvidas. Portanto, quem buscar esse alguém, no meio social e, mesmo na internet, deve ter a essa maturidade para abrir seu coração, sua mente e suas verdades para uma pessoa que também deve ser madura.

O ciúme tem suas bases na infantilidade, no machismo antiquado e arcaico, na insegurança e no sentimento de posse. De outro lado, quem se submete a essas atitudes também é infantilizado, subserviente, submisso e medroso. Gera uma relação nunca vai dar certo.

As pessoas ciumentas e submissas, muitas delas, não são totalmente conscientes de suas inferioridades. A verdade aparece mais cedo ou mais tarde, quando os estragos já são grandes e irreversíveis.

O sentimento de posse procura transformar a outra pessoa como objeto próprio seu, tanto com medo de perdê-la, não confiando no seu “taco”, como para expô-la em público, “salvando” as aparências e, também, como conforto íntimo e psicológico.

O verdadeiro amor não pressupõe posse. O verdadeiro amor cuida e quer o outro feliz... A felicidade necessita da liberdade... Liberdade é o poder e o direito de ir e vir... Sim, quem é livre vai... Quem ama e é amado volta... Nisto consiste a essência do verdadeiro e sincero amor...

O verdadeiro amor, aquele que cuida, constrói, protege, faz feliz, não combina com ciúme, com posse, com arrogância, com agressividade, com opressão, com vilipêndio.

O verdadeiro amor é maravilhoso porque gera almas gêmeas, ou melhor, almas siamesas, unidas pelo coração.

O ciúme tudo destrói... Destrói até mesmo a vontade de viver de sua presa... Aliás, o ciúme já mata em sua gênese... Assim, quem é ciumento já é, antes de tudo, um assassino!

O ciúme torna perecível o amor... E se sua presa é forte e madura o suficiente, em algum momento vai se libertar e buscar novos rumos para sua vida. Correrá risco, sem dúvida... Porém, em dias de modernidade, muitos meios estão à mão para que a proteção aconteça.

Ciumentos, acordem, cresçam e amadureçam... Vocês estão parados no tempo... E longe!



Imagem: Google

segunda-feira, 30 de março de 2015

AS NECESSIDADES HUMANAS SEGUNDO MASLOW

Abraham Maslow (1908-1970), foto abaixo, psicólogo norte-americano, ficou conhecido por formular a teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas, também chamada de A Pirâmide de Maslow. Hoje muito contestada, mas sempre atual, continua servindo de base para políticas motivacionais de muitos Departamentos de Recursos Humanos mundo afora.

Vale lembrar que a Pirâmide das Necessidades de Maslow foi citada por James C. Hunter, no livro que aborda aspectos essenciais da liderança,  “O Monge e o Executivo”, livro que permanece no topo da ranking dos mais lidos há muito tempo, no mundo e principalmente no Brasil

Portanto, vale a pena lembrar, ainda que de forma simplificada, os princípios básicos dessa teoria...

Maslow classifica a sua teoria como uma hierarquia, pressupondo uma escala, a qual iniciaremos pela sua base, ou o degrau inicial que são as necessidades FISIOLÓGICAS. São as necessidades que se referem a sobrevivência, tais como alimentação, vestuário, medicamentos, residência. Ninguém pode pensar em festas, passeios, bibliotecas, se não estão garantidas a si próprio e aos que lhe são dependentes, esses aspectos essenciais para uma existência digna.

Só depois de satisfeitas essas necessidades básicas, o ser humano passa a se preocupar com a SEGURANÇA, em que é a proteção de si mesmo e de sua família passa a ser a prioridade fundamental: segurança da sua residência, com grades e seguro, estabilidade no emprego, plano de saúde, escola de tempo integral e transporte para os filhos.

Depois de atendidas essas necessidades passa-se a pensar nas necessidades SOCIAIS, em que as prioridades são a aceitação nos grupos sociais, nos clubes de convivência, nos partidos políticos, nas associações religiosas, nos clubes de serviço. Vale muito a rede de relacionamento, as redes sociais, as amizades. Tem muito valor o sentimento de pertença.

Isso consolidado, vem as necessidades de AUTOESTIMA... Nessa fase são importantes a autoconfiança, a realização pessoal, a boa reputação. São dessa fase a carreira consolidada, a liderança, o destaque na sociedade. É uma necessidade pessoal, própria do indivíduo.

Por fim, superadas todas as fases anteriores, vem a AUTORREALIZAÇAO. É fase do conhecimento holístico (holo = todo), da realização plena do potencial humano, da empregabilidade, da total capacidade de comunicação e auto-expressão.

A grande mídia, indireta ou diretamente, conhece muito bem essas fases e as explora comercialmente. Hoje, percebemos que o grande desejo das pessoas é o consumo de equipamentos de comunicação, como os celulares. É uma fase, como o foram tantas outras... Mas no fundo, fica aquela sensação de vazio, pois a necessidade de conhecimento mais profundo permanece.

Para quem lidera equipes de profissionais e, também, de voluntários, saber dessas necessidades humanas e ter o discernimento de lidar com elas adequadamente, é um belo trunfo para o sucesso.

Pode até ter um nome diferente, mas a Hierarquia das Necessidades de Maslow permanece atual.



Imagens: Google

domingo, 29 de março de 2015

SER O CONTRAPONTO


Ser o contraponto... Isso mesmo: ser uma referencia de qualidade num mar de banalidades... A proposta é a seguinte: simplesmente fazer a diferença.

Fazer a diferença é...

Arriscar uma ouvir uma música de qualidade quanto todos dão preferência a um grande barulho sonorizado...

Silenciar numa discussão, onde a arrogância e a prepotência falam mais alto...

E fazer com que a ausência seja mais sentida e notada do que a presença...

É admitir que ainda é capaz de crer na religiosidade, num mundo secularizado, materializado e consumista...

É ser capaz de optar por um bom livro em meio à parafernália eletroeletrônica do mundo atual...

É manter a calma, quando todos ao redor promovem a tempestade...

É ser amigo de verdade, sem interesses escusos; manter contatos constantes apenas para manter viva a amizade e dela não se esquecer...

É ser capaz de construir uma história de vida, marcada pela construção de um mundo melhor, com bons exemplos e idéias positivas...

É ser altruísta, interessar-se pelo outro, sem interferir em na vida alheia, mas sendo a possibilidade de um ombro amigo...

É estar disponível para ouvir mais do que falar. Ser uma referência de paz, de acolhimento, do abraço, da alegria, da perspectiva de um mundo feliz...

É ser modelo de trabalho, de dedicação ao estudo, de estar informado, mas, sobretudo, de estar formado a respeito do desenvolvimento do mundo.

É, apesar de tudo, ser simples, modesto nos gestos, da linguagem, no vestir...

É amar à moda antiga, quando a torrentes conduzem a todos ao oceano da banalização desse sublime sentimento.

Ser o contraponto é levantar barreiras invisíveis para deter a maldade, a violência, a dissimulação, a maledicência.. É abrir caminho para o equilíbrio, para a sobriedade... Para a paz!



Imagem: Google

quinta-feira, 26 de março de 2015

A EXPERIÊNCIA DO AMOR MAIOR


Experimentamos muitas formas de amar durante a vida...

Amamos brincar
Amos a mossa mãe
Amamos os amigos
Amamos, quando descobrimos o amor da outra pessoa
Amamos pertencer aos grupos
Amamos o trabalho
Amamos o poder
Amamos a contemplação
Amamos o estudo, a pesquisa
Amamos o sexo
Amamos cuidar e sermos cuidados
Amamos a companhia do outro
Amamos a alegria, a festa, o barulho, o som estridente, a música, a dança, os passeios, a praia, a  montanha, o sertão, o shopping center...
Amamos a vida
Amamos amar...

A literatura nos dá conta dos tipos de amor:
O Amor Eros, que nos projeta no ouro e nos permite a formação de uma família, portanto, fundamentado no desejo sexual
O Amor Fhilos, que valoriza a amizade e nos insere nos grupos, na vida social, e se baseia na reciprocidade, na amizade, na fraternidade.
O Amor Storgé, que nos vincula aos nossos país e irmãos através dos laços de sangue... É a afeição familiar.
O Amor Ágape, que nos desprende de nós mesmos e nos faz querer o bem do outro de forma gratuita... É o amor Incondicional.

Nessa perspectiva o amor maior é aquele que, incentivado pelas confissões religiosas de índole cristã, nos projeta para fazer o bem sem esperar recompensas. E mostra que o grande exemplo é o de Jesus Cristo, que levando o Amor Ágape ao extremo, doou sua vida para o resgate da humanidade.

Entretanto, a questão do amor maior extrapola as definições literárias, filosóficas e religiosas. Ela está diretamente ligada às nossas expectativas pessoais. Depende mesmo daquilo que vivemos, experienciamos e construímos ao longo da vida.

Se estivermos em busca de um grande amor, o encontramos e passamos definitivamente da solidão para a felicidade, passamos a viver o “Amor Maior”...

Quando nos realizamos naquilo que fazemos, passamos a viver o nosso “Amor Maior”... Assim são os profissionais, os país, os missionários, os sacerdotes, os esposos, as esposas...

O nosso Amor Maior é aquele que nos faz bem, noz faz felizes, nos sublima, nos aproxima do Deus de nossa crença.



Imagem: Google

terça-feira, 24 de março de 2015

NÃO LAMENTAR O PASSADO

A igreja em Cassone”, um dos quadros de Klimt, recuperado por Georges Jorisch

Um a revista de circulação mundial publicou uma matéria a respeito de um senhor austríaco, da cidade de Montreal, Canadá, onde foi morar, fugindo da perseguição nazista, depois de passar por várias cidades européias. Ele, depois de décadas que os invasores roubaram as obras de arte da família, decidiu buscá-las...

A luta foi grande, os desafios maiores ainda. Precisou da ajuda de especialistas em rastrear obras de arte roubadas. E foi encontrando, sem alarde, um por uma: nas mãos de colecionadores e em museus.

Eram 4 quadros valiosos: três de Gustav Klimt e um de Ferdinand Georg Waldmuller.

Georg Jorisch encontrou os quadros, após muita persistência, perseverança e esperança.  Mas não ficou com eles. Vendeu-os em leilões regulares e o último, de Waldmuller, doou para o museu de Quebec, como forma de agradecimento. Apesar da descendência abastada, devido ao nazismo, teve de levar uma vida modesta no exílio. Não se apegou a coisas materiais. Sua vida é um modelo, conforme relata sua neta Edith à revista Seleções do Reader’s Digest, edição de Dezembro de 2014:

“Ele nunca lastimou o passado ou sentiu pena de si mesmo. Ele sempre preferiu olhar para frente. Por isso foi bem sucedido. Sua determinação foi um exemplo e fonte de orgulho”

Essa a mensagem que fica da leitura da matéria: a determinação, a busca silenciosa, a não mágoa de um passado sofrido e de muitas perdas. Situações comuns a tanta gente.

Tanta gente que vive assombrada pelo passado do qual não quer se desvencilhar. Prefere a escravidão das lembranças negativas, atrair pena e compaixão... Ser vista como coitada.

Quem assim vive não consegue visualizar muitas janelas positivas para o futuro... É necessário recolher o aprendizado em relação ao passado, agradecê-lo, reconciliar-se com ele e virar a página... E utilizá-lo como plataforma para lançamento rumo a um futuro melhor.

Georges Jorisch morreu subitamente em Dezembro de 2012, após ter cumprido a missão de resgate dos quadros valiosos que tinha admirado na infância.

Missão cumprida. Ficou o seu exemplo.



Imagem: Google

A HUMILDADE


A palavra “humildade” vem do latim “húmus” que é a raiz da palavra terra. Muitos entendidos do assunto, a definem de diversas maneiras, sendo as mais comuns, as definições que a ligam com a “terra sob nós”, com os trabalhadores antigos que iam ao campo com os pés descalços.

Compreender o seu sentido mais simples e direto é muito importante. Ela tem uma relação intrínseca com o solo fértil, portanto produtivo. O solo naturalmente iguala todos, independente de sua classe, cor, raça, origem, situação econômica.

É algo muito estranho e difícil de ser explicado, pois quando descobrimos que a temos já a perdemos.

A humildade não combina com demonstração de superioridade, arrogância, esnobismo, prepotência, autoritarismo. Ela cabe em qualquer  situação de vida. A humildade não é demérito, é qualidade... Não é fraqueza, é fortaleza,,, É inerente à alma simples e não pode ser confundida com submissão, medo, covardia, falta de dinheiro, pobreza...

Combina, sim, com consideração para com o outro, com o respeito ao Deus de sua crença e à vida.

O sentido produtivo da humildade facilita a formação de uma realidade de relacionamento estável, do contrário, é muito complicado o arrogante, o esnobe, o “metido”, o prepotente, manter uma porção confiável de amigos.

As pessoas humildes, longe de serem fracas, têm a capacidade de reconhecer suas limitações e de mostrarem-se abertas ao aprendizado, a compreensão do novo, ao reconhecimento das qualidades próprias das outras pessoas.

Pessoas humildes não se arrogam donas do conhecimento pleno (que aliás não existe mesmo), sabem ouvir, não atropelam os diálogos só porque não dominam determinados temas e não estão dispostas a aprender.

A humildade exprime uma das raras certezas que existem: a de que ninguém é superior a ninguém... E são tantos os exemplos de pessoas ilustres, famosas e também anônimas que com seu trabalho, inteligência, dedicação, responsabilidade, contribuíram e contribuem para relações interpessoais melhores, relações de trabalho positivas, enfim, para a melhora do mundo.

E tanta gente tem tanto a agradecer a essas pessoas, especialmente aquelas que se mantém no anonimato.

É a força da humildade...



Imagem: Google

domingo, 22 de março de 2015

PERDER O CONTATO COM A REALIDADE


Nunca é demais insistir no tema da velocidade dos tempos atuais. A exigência é grande, a atualização deve ser constante.

Isso nos remete à mais uma frase impactante de Jack Welch(*): “Mexa-se. Qualquer um que fique parado perderá o contato com a realidade”.

Todo o pensamento de Welch é voltado para a vida empresarial. A empresa, sobretudo o seu corpo funcional, não pode dormir no ponto. A atenção deve ser constante, para os movimentos do mercado, necessidades dos clientes e criatividade dos concorrentes. Um descuido,  por mínimo que seja, pode significar ficar para trás e a empresa perder espaço.

Na vida pessoal é mais ou menos a mesma coisa. Quem pára, pára no tempo. Hoje o mundo é dominado pela tecnologia. Ficar sem um computador doméstico (PC), notebook, tablet, um desses aparelhos celulares modernos ou outros que permitem a comunicação imediata, esta mesmo fora da realidade. Quem já tem  não consegue ficar sem. Quem não tem precisa ter... Não estamos fazendo apologia desses equipamentos, mas apenas reconhecendo a realidades deles no mundo atual.

Mexer-se não é sair por aí de forma afoita fazendo musculação. É manter-se atento ao que está acontecendo no mundo, mundo, aliás, globalizado, principalmente pelos meios de comunicação.

A informação é fundamental, não interessa de que região do globo venha. Entretanto, informação apenas não basta. É necessária, também, a formação,  isto é, a busca das causas profundas ou remotas da informação. É a busca dos “por quês”. As respostas dão suporte às nossas argumentações, permite-nos ir além...

Pessoas bem formadas, não ficam alheias às conversas que rolam num almoço, num jantar ou happy-hour, por exemplo.

Mexer-se é buscar o conhecimento. Primeiro o autoconhecimento, depois o entendimento da realidade do mundo no qual se está inserido.

Conhecimento rima com realidade, verdade e mudança...  Basta o querer...


(*) Ex-executivo da GE (General Eletric)



Imagem: Google

PAIS IDOSOS: UMA REFLEXÃO COM O PE CRYSTIAN SHANKAR


Vídeo: YouTube

sexta-feira, 20 de março de 2015

A VERDADE: É BOM ACOSTUMAR-SE COM ELA


“...Conhecerás a verdade e a verdade vos libertará...”.

Frase enigmática que faz parte do diálogo entre Jesus Cristo e Pôncio Pilatos. Cristo fala da sua missão na terra e das coisas do céu, O ateu Pilatos nada compreendeu, mas ficou pensativo... Era muito apegado ao poder, aos bens materiais... Político,  medroso, e fiel ao seu imperador, seu deus pagão.

Cristo ensinou, ainda, que a verdade deve ser absoluta na vida das pessoas. Outros importantes filósofos e formadores de opinião, ao longo da História, também. A verdade absoluta. Se não liberta totalmente, acalma o espírito e principalmente a consciência. Dói e muito, mas soluciona problemas e resolve situações proteladas até então.

A verdade exerce grande influência nas atitudes e posturas humanas, Precisa ser verificada, confirmada, festejada, quando se tratam de julgamentos. É íntima da justiça. Não banaliza.

A verdade é tudo aquilo dotado de sinceridade, onde não há lugar para  mentira. Esta, substituindo a verdade, mata todos os relacionamentos. A verdade rima com o que é correto, com o que é certo, com o que é eticamente lícito.

A História demonstra que muitos valores se alteram ao longo do tempo, relativizando a maneira de pensar das pessoas e a verdade ligada e tais valores. Porém, o que é verdade absoluta não se relativiza e muito menos se altera...

É o caso da verdade da vida e os valores ligados à sua preservação.

Porém, voltando ao inicio do texto, a verdade absoluta não existe. Ela está inserida no contexto cultural e histórico das pessoas. Nesse sentido a verdade se torna relativa. Daí distância abissal entre Cristo e Pilatos, Daí a discordância política, religiosa, futebolística, a econômica, a filosófica, e tantas outras.

No âmbito pessoal a verdade é a chave para um relacionamento perfeito. Nada de esconde-esconde. A mentira ou o fato verdadeiro aparecerá mais cedo ou mais tarde... E o prejuízo será total para ambas as partes (para todas as partes envolvidas). O pior que pode acontecer a alguém é perder a confiança nela depositada por uma mentira.

Elucubrações à parte, é bom acostumar-se à verdade. Pessoas verdadeiras são tranquilas, serenas, autênticas, dormem bem... São felizes.

Imagem: Google


quinta-feira, 19 de março de 2015

UM MOMENTO COM JAMES TAYLOR


Vídeo: YouTube

OS PERIGOS DO VÔO CRUZEIRO



Vôo cruzeiro em aviação é a fase em que o avião já cumpriu todas as etapas iniciais de seu vôo: taxiamento ( ou rolagem pela pista) aceleração, subida e estabilização na altitude e rota indicadas no seu plano de vôo. O avião não sobe além disso, como também não desce. Já não precisa mais da força de arrasto que usou para a subida, exatamente quando seu peso é maior devido a quantidade de combustível a mais que leva. No vôo cruzeiro o avião está nivelado, sustentado pelas asas e pode desenvolver l tranquilamente a velocidade pré-estabelecida.

Para o avião o vôo cruzeiro não traz maiores riscos. O único problema pode advir de um natural relaxamento da tripulação.

Porém, a idéia do vôo cruzeiro permite-nos algumas reflexões em relação à nossa vida (na terra). Como na aviação, o vôo cruzeiro, isto é, quando tudo está correndo muito bem o relaxamento acontece e entramos na zona de conforto.

No avião há os equipamentos há os equipamentos de alerta. Na vida vida também,  mas podem ser menos perceptíveis e “passar batido”, ocorrendo, então, os acidentes de percurso. Isso vale para a nossa vida pessoal, para a vida familiar, para a vida empresarial.

Há quem diga que quando tudo está correndo bem é que é hora de mudar, pois uma simples olhada nas nossas bases pode-se perceber que algo começa a ficar envelhecido e ameaça a se quebrar.

Nas empresas isso acontece muito. Elas estão dominando o mercado, faturando horrores, mas suas equipes estão desmotivadas, sem criatividade, os equipamentos ultrapassados e os métodos e processos parados no tempo. Quando tudo está bem, já está na hora de mudar,pois principalmente a concorrência está batalhando para se modernizar, oxigenar suas equipes, para justamente passar à frente.

Na vida pessoal e familiar o mesmo acontece. Se estamos bem, precisamos redobrar a atenção, para não nos tornarmos arrogantes, metidos, exibidos, antipáticos e chatos. Os casamentos e uniões estáveis começam a ficar comprometidos quando a rotina toma conta da vida da pessoas (pois esta tudo dando certo!).

A vida não é mecânica, é humana, envolve sentimentos, expectativas, sonhos e esperanças. Na vida, podemos dizer, que o vôo cruzeiro é extremamente perigoso. A rotina nos cega, falseia os ouvidos...

Não há quem admire um avião voando... Como um gigante daquele consegue se sustentar no ar e voar tranquilamente por horas e horas. Coisas da tecnologia, das mãos e Inteligência humanas.

O avião levanta vôo e pousa... Os acidentes são raros, quando acontecem são definitivos.

Na nossa vida o vôo é constante. Há os grandes acidentes (definitivos)... Mas também os pequenos, os quais não prevenido ou menosprezados,  levam também à rupturas definitivas.



Imagem: Google

sexta-feira, 13 de março de 2015

A LIBERDADE PARA DIZER "NÃO!"


Já dissemos neste blog da importância da liberdade como condição essencial para que a felicidade aconteça na nossa vida.

Liberdade, em síntese, significa a possibilidade de se fazer tudo o que se quer, o que se deseja, respeitando, é claro,  os limites e os espaços das outras pessoas... Na forma da estrutura do direito positivo em que se baseia a sociedade, na qual estamos inseridos.

A liberdade é um direito humano consagrado pela ONU (Organização das Nações Unidas, em 1948, e inserida nas constituições de todos os países que se dizem democráticos  e os não tão democráticos assim.

A liberdade abre abre a possibilidade de dizermos “sim” aos desejos pessoais, aos sonhos,  aos projetos, às metas... Mas, também, o direito de dizermos “não!” ao que vem do íntimo de nós mesmos e aos impulsos de fora, quando, racionalmente, concordamos que o que está em jogo é a nossa segurança, a nossa saúde e a segurança e saúde dos que estão pertos de nós.

Liberdade para dizermos “sim!” e liberdade para dizermos com a mesma ênfase, “não!”.

E são tantos esses apelos!

São apelos, convites, sugestões que incitam à busca da felicidade plena a qualquer custo, sem amarras (limites) e sem “peso” na nossa consciência.

Assim começam, por exemplo, o consumo das drogas lícitas e ilícitas, o sexo pelo sexo, as festas noite adentro, as aventuras, o “puro” prazer.

O desafio é sermos  livres para o “não!” ao que não nos serve, para o que não contribui para o nosso crescimento, para o nosso amadurecimento, para a nossa vida saudável... Para dizermos “não!” ao que não nos deixa praticar o bem, para agirmos no sentido contrário da paz, para não semearmos a alegria, a amizade, o respeito, a consideração e, principalmente a gratidão.

A liberdade é um bem precioso... Precisa ser monitorado constantemente pela sociedade, através de seus órgãos afins (justiça, instituições políticas, instituições religiosas,  ONGs, imprensa (não vinculadas aos donos do poder) e preservada das pequenas ditaduras orquestradas justamente pelos donos do poder.

Precisamos crescer em maturidade e em consciência política, aprendendo a dizer o “não!” quando necessário e “sim” para as oportunidades que a vida nos oferece para o nosso bem e da sociedade.

Definitivamente não somos uma “ilha”...



Imagem: Google

domingo, 8 de março de 2015

"ESQUEÇA O PASSO-A-PASSO E CORRA!"


A frase que está no título desta postagem é de Jack Welch, ex-principal executivo da Empresa General Eletric (GE), uma das maiores do mundo e que teve como co-fundador, em 1878, o inventor da lâmpada incandescente, Thomas Edison.

Welch hoje é consultor de empresas...

Ele dava um recado incisivo para todos os empregados da GE, mas hoje é um recado para os jovens e para aqueles que ainda precisam consolidar suas carreiras profissionais.

Mais do que nunca é preciso perceber que as mudanças não param. Algumas coisas são aparentemente ridículas aos olhos de uma criança ou adolescente, hoje em dia. Fica até sem graça rolar nas redes sociais reminiscências, que nos evocam apenas saudade e nada tem a ver com a realidade atual.

O importante é a atenção constante, pois a única coisa que não muda é a mudança. Percebemos que livros escritos há 30 ou 40 anos atrás, especialmente aqueles que analisam a realidade sócio-política do mundo, já não são lidos pelos próprios autores. Exemplo clássico do livro “As veias Abertas da América Latina”, cujo autor, Eduardo Galeano, de  grande importância para a história da América Latina, disse que não o leria mais, pois teve sua importância apenas para o seu tempo e nada tem a ver com a atualidade.

E a tecnologia? Os costumes? A moda? Os novos produtos? As novas realidades sociais?

Há quem diga que os conhecimentos de hoje serão substituídos totalmente muito em breve. As empresas, as grandes principalmente,  mantém setores que trabalham sigilosamente, projetando, investigando, espionando, sempre pensando no que vai acontecer nesse período. A idéia é sair na frente e, como acontece nas corridas automobilísticas, “fechar” o concorrente já na primeira curva.

O Professor Luiz Almeida Marins Filho prega não apenas satisfazer o cliente, com qualidade e prazos, mas “surpreendê-lo”, com novidades, gestos de cortesia, de suporte, de atenção, inesperados.

Porém,  as grandes empresas não são feitas de máquinas, equipamentos e construções físicas. O principal capital é o humano. As empresas atingirão suas metas se seu capital humano está motivado e compreende a realidade em que vive.

Portanto, cabe às pessoas acompanhar a velocidade da empresa, a velocidade das mudanças, a velocidade das novas exigências do mercado. As empresas cuidam do aperfeiçoamento e preparação técnica do seu pessoal. As pessoas, os empregados, o corpo hierárquico, devem buscar o crescimento pessoal com novos estudos, segunda e terceira línguas, intercâmbio cultural e tecnológico... E leitura, muita leitura!

Não adianta chorar. Tem mesmo que ralar a bunda no chão. Sair da zona de conforto e correr atrás. O trem da história está cada vez mais rápido.



Imagem: Google

MULHER, HOJE É SEU DIA INTERNACIONAL...


...Mas seu dia não é apenas hoje... 

A todo instante sua presença, sua a atuação, seus sentimentos, são essenciais para o equilíbrio da vida das pessoas...

Que as lembranças não sejam só hoje...
Que os cultos e as missas em ação de graças não sejam só hoje...
Que as homenagens não sejam só hoje...
Que os abraços não sejam só hoje...
Que os carinhos não sejam só hoje.....
Que os almoços, os churrascos, os passeios, não sejam só hoje...
Que o respeito e consideração não sejam apenas hoje...
Que as presenças não sejam só hoje...
Que a solidão não se perpetue a partir de hoje...
Que as ausências não sejam "eternas" e nunca hoje...
Que as alegrias sejam constantes, de verdade...

Mulher, esposa, mãe, gente de carne, osso, alma, sentimentos, lutadoras, guerreira, leoas, suaves, meigas, conselheiras, protetoras, bravas, delicadas, heroínas, profissionais enfim...

Mulher... Sempre!


Imagem: Google




sexta-feira, 6 de março de 2015

EMOÇÕES: UM LEÃO A SER DOMESTICADO


Frases antigas, que talvez as gerações atuais não conheçam:
“...Não coloque lenha na fogueira...”
“...Não pule do navio durante a tempestade...”
“...Não apague fogo com gasolina...”

Certamente não conhecemos os autores, mas essas frases chegaram até  nós através de nossos avós e nossos pais. São parábolas... Estão ligadas à nossa emoção, ou a nossa maneira de julgar e agir em situações bem específicas de nossa vida.

Ninguém está livre de momentos de crises... Nossa vida jamais será um mar de rosas ou semelhante a um “vôo de cruzeiro” em que tudo corre de acordo com o previsto.

Aliás, sempre vivenciamos muito mais imprevisões... A todo instante nossas emoções estão sendo testadas. E é aí que mora o perigo. São nessas situações que os conselhos antigos ainda valem. 

Os especialistas em auto-ajuda falam as mesmas coisas com palavras diferentes, mais bonitas, mais técnicas, de acordo com as novas descobertas da ciência ou teorias que eles mesmos inventam. Mas a verdade é uma só: nas situações complicadas da vida, não devemos agir, falar ou julgar quando a emoção está alta e à flor da pele. É preciso parar, respirar fundo e esperar que a emoção diminua... Como se diz no jargão popular, que a adrenalina baixe. As emoções são um leão a ser domesticado.

Agir, falar ou julgar no calor das emoções é correr um sério risco de cometermos injustiças. Nesses momentos não é a razão que está presente. São os fantasmas que estavam adormecidos nos recônditos da mente que afloram e transformam o nosso “eu” num ser primitivo, violento e inconseqüente.

Três coisas são irreversíveis: “...uma palavra proferida, uma flecha lançada e uma oportunidade perdida” (autor desconhecido). Palavras verdadeiras e sérias. É prudente refletirmos, ainda que rapidamente, a respeito da nossa postura cotidiana. É prudente desenvolver hábitos saudáveis como o da reserva antes de emitirmos nossas idéias, nossas falas e nossos julgamentos.

É prudente pesar o ambiente, o estado emocional nosso próprio e do nosso interlocutor. As palavras são como flechas, inalcançáveis. Uma vez ditas, plumas ao vento. Pode se transformar numa tragédia e numa bela oportunidade  que tínhamos para ficarmos quietos e a desperdiçamos... Leite derramado.

Machucamos pessoas e por elas somos feridos pelo simples descuido quanto as falas (muito e nos momentos errados). Claro que não podemos ficar calados diante de situações que exijam nossa participação e interferência. Não podemos assistir passivamente as injustiças acontecerem. Postura que se adquire com a maturidade e com completo domínio das nossas emoções.

Portanto, dominarmos as emoções é o segredo. É sabermos o momento certo de freá-las, para evitarmos acidentes de percurso, e também de deixá-las acontecer para  transformarmos em festa e celebrarmos os momentos felizes da vida.



Imagem: Google

quinta-feira, 5 de março de 2015

A HISTORIA ENSINA

Os bárbaros invadindo o Império Romano

O nosso cotidiano nos faz passar ao largo das coisas mais profundas, essenciais que afetam a existência humana. A vida é muito corrida, agitada e os meios de comunicação de massa tem a função de nos prender, nos manietar e nos manter nesse nível de relação com as coisas e com as pessoas, que chega muito próximo da banalidade.

Muitos reclamam do sistema educacional... E com razão! Muitos falam do sistema político... Também com razão... E tem a carestia, a inflação, a corrupção, os autoritarismos das grandes empresas prestadoras de serviços, como telefonia, transporte, infra-estrutura... Serviços todos, privatizados conforme recomendações do neoliberalismo.

Assim, estamos escravizados... Como tais, não temos mais voz ativa, não criticamos com a profundidade necessária... Estamos estáticos diante dos grandes acontecimentos que rolam em nosso país e no mundo.

Não dá mais para sairmos às ruas... Os desordeiros se aproveitam (obedecendo ordens  de quem?). As opções políticas de um passado recente já não, como previsto pelas mentes mais sérias e honestas, já não atendem mais aos requisitos de um pais moderno e de uma sociedade que se pretende cosmopolita, antenada, culta, preservadora do ambiente e provedora da democracia, cuidadora das pessoas.
Vivemos, especialmente no mundo político, uma espécie de “salve-se quem puder”.  Está instalado no país algo semelhante ao que aconteceu nos estertores do Império Romano, quando este sofreu as invasões dos povos bárbaros mais violentos (até então o conceito de bárbaro era diferente: significava o estrangeiro, aquele que vivia fora das fronteiras do império). Esses povos entravam nas comunidades e saqueavam tudo. Levavam o que podiam e deixavam um rastro de destruição. É o que está acontecendo agora. Os políticos entram, “saqueiam”, levam o que podem e vão embora com a certeza da impunidade. Não sobra pedra sobre pedra...
E a sociedade assiste a tudo passivamente, principalmente os jornalistas que se “desdobram” para explicar o inexplicável.  São pagos regiamente pelas empresas, cujas ações pertencem aos políticos (em muitos casos). Fica então essa “enrolação” sem fim. Ficam felizes quando uma tragédia acontece para focar nesse assunto e mudar o foco das notícias.

Falta civismo. Falta cultura... Falta autoridade... Falta pulso... Para onde vamos? Vivíamos até poço tempo, como no final do Império Romano, os tempos de “pão e circo”. O pão, as bolsas sociais (que tiveram e têm o seu valor intrínseco, pois tirou milhões da pobreza absoluta, têm, também os seus pecados, um deles a não educação em profundidade) e o circo, por conta da TV, das redes sociais, do consumo pelo consumo. A água, bem mais precioso para manter a vida está em perigo... O pão ameaça faltar... O circo continua em pé. O que vai acontecer? Apocalipse? A História ensina como foi a derrocada do grande império do Ocidente...

A História não se repete. Os tempos são outros, outras são as pessoas, diferentes as autoridades... Mas a História ensina...



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terça-feira, 3 de março de 2015

VER A ALMA

“As Três Graças”, obra do pintor holandês Peter Paul Rubens.

Um conceito que rola na atualidade dá conta que o principal para as pessoas é estar na moda.

Quem dita a moda são os interesses do capitalismo consumista. É um processo  muito bem arquitetado, muito bem organizado e coordenado. Há quem cuida do vestuário... Outro setor da estética dos cabelos... Outro da estética corporal... Do rosto... Dos pés... Dos que se usa para enfeitar tudo, as jóias, o ouro, os brilhantes... Os adereços em fim...

O “sistema” se utiliza dos meios de comunicação de massa para convencer, “fazer a cabeça” dos consumidores. Os shoppings Centers nada mais são do que templos que alojam os altares nos quais se reverenciam os deuses do consumo.

O mesmo se pode dizer dos grandes centros de lojas de departamentos e as praças de consumo popular, os chamados “Camelodromos”. Nada contra... Eles abrigam pessoas precisam trabalhar, precisam prover o sustento de suas famílias.

Mas, a mídia continua “fazendo as cabeças”, insistindo, martelando na idéia de comprar coisas, pois do contrário o Capitalismo não funciona!

Ela, a mídia, tem o dom de influir nos sentidos naturais da pessoa. Ela modifica o sabor, o cheiro, o tato, a audição e a visão. Os sentidos só têm valor quando direcionado para o consumo. É o novo perfume, a nova textura, o novo som, o novo gosto, o novo ponto de vista. Tudo imediato, rápido, “fast”, pois sabem os seus provedores que se a pessoa pensar um pouco ela não embarca naquela proposta de compra ou venda.

As pessoas de se desumanizam... Tornam-se escravas... E compram até o desnecessário (apenas porque está na moda, é novidade).

As pessoas, assim desumanizadas, passam a não enxergar, ver para além da materialidade. Não pensam, não têm cultura, não questionam. Só sentem, só vêem o que é imediato. A mulher precisa estar muito bem produzida, seu corpo esguio, as pernas torneadas, os peitos para cima, as nádegas empinadas (com forte risco de alterar o eixo de equilíbrio da coluna e comprometê-la, como também comprometer as articulações dos joelhos). Com a palavra os professores de Educação Física.

As mulheres se esquecem que o que realmente as diviniza são os seus mistérios, que a moda insiste em revelar antes do tempo. Na ilustração acima a reprodução do quadro “As Três Graças”, do pintor renascentista Peter Paul Rubens (1577-1540), no qual as mulheres são retratadas de acordo com o imaginário do pintor e do ideário humanista da época. Nada tem a ver com os critérios estéticos de hoje. São pontos de vista diferentes. Vale considerar que as mulheres tempo de Rubens não tinham a liberdade que as de hoje conquistaram. Mas eram vistas não com olhos capitalistas e consumistas nem alvo do massacre da mídia.

Os pontos de vista (sobre todos os temas) mudam de tempos em tempos. Mas se as pessoas conseguissem ver para além do imediatismo, da materialidade, novas formas de beleza seriam descobertas e valorizadas.

Concluímos com o comentário e orientação de Carlos Drummond de Andrade: “É aconselhável freqüentar assiduamente as praias, para se habituar às imperfeições do corpo humano, que formam a perfeição relativa”.

O que interessa, mesmo é a alma humana, morada dos sentimentos mais sublimes. A essência pode se confundir com perfumes e outros que tais...


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segunda-feira, 2 de março de 2015

LIBERDADE E FELICIDADE


A liberdade nos faz refletir muitas coisas. Muitos conceitos a envolvem: político, social, econômico, religioso, psicológico, enfim.  É de foro íntimo, mas está, também, e muito forte no direito positivo que regula o funcionamento da vida social.

A liberdade não bem assim, pois a liberdade total não existe. Nem mesmo entre quatro paredes, pois é aí, na solidão plena que os seres humanos se defrontam com os seus fantasmas.

Liberdade rima com maturidade... Pois só nos tempos de maturidade é que nos libertamos desses fantasmas que nos perseguem tanto.

A liberdade é convivida, compartilhada, vivenciada socialmente. É um contraste, sim! Liberdade total é para quem ama, no verdadeiro sentido do amar.

A liberdade rima também com responsabilidade. No direito positivo, a liberdade de um termina quando começa a liberdade do outro. Os espaços individuais não podem ser invadidos. Quando se ama, de verdade, o direito positivo passa de simples letras, pois o respeito acontece naturalmente.

O amor verdadeiro faz com queiramos o bem da pessoa amada e só se acalma quando ela é realmente feliz. É a ética do cuidado, tão ausente nos tempos atuais, egoístas por excelência! Assim não há como invadir-lhe os espaços que são apenas seus... Não é preciso estabelecer tais limites, eles são descobertos a partir do exercício do amor verdadeiro.

O respeito extrapola o simples ser. O ser gente, o ser pessoa, o ser pessoa boa. Quem ama assim não é egoísta, não se fecha sobre si mesmo... É cidadão do mundo e o cuidado que expressa vai além do ser e se projeta na natureza, no ambiente, no convívio social. Quem ama de verdade, vive sua liberdade e é feliz.

A felicidade precisa da liberdade para que seja plena. A segurança está na certeza de que o amor está acima de tudo. O amor é vigilante, faz cuidar, faz compreender, faz a a alegria, faz a vontade de estar junto, o amor gera silêncio, pois ouve pelo coração. Para quem ama e ouve pelo coração a distância é menor dos detalhes.

Quem não ama de verdade não se comunica pelo coração... Não adianta gritar. Pelo contrário, quanto mais se grita mais o coração se afasta, mais o amor perde o sentido.

Liberdade e felicidade... Amar e se comunicar... O grito e o silêncio... Equações aparentemente complexas, simplificadas pelo amor que faz a felicidade do outro.

Difícil? Nem tanto... Vale tentar...



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