sexta-feira, 6 de março de 2015

EMOÇÕES: UM LEÃO A SER DOMESTICADO


Frases antigas, que talvez as gerações atuais não conheçam:
“...Não coloque lenha na fogueira...”
“...Não pule do navio durante a tempestade...”
“...Não apague fogo com gasolina...”

Certamente não conhecemos os autores, mas essas frases chegaram até  nós através de nossos avós e nossos pais. São parábolas... Estão ligadas à nossa emoção, ou a nossa maneira de julgar e agir em situações bem específicas de nossa vida.

Ninguém está livre de momentos de crises... Nossa vida jamais será um mar de rosas ou semelhante a um “vôo de cruzeiro” em que tudo corre de acordo com o previsto.

Aliás, sempre vivenciamos muito mais imprevisões... A todo instante nossas emoções estão sendo testadas. E é aí que mora o perigo. São nessas situações que os conselhos antigos ainda valem. 

Os especialistas em auto-ajuda falam as mesmas coisas com palavras diferentes, mais bonitas, mais técnicas, de acordo com as novas descobertas da ciência ou teorias que eles mesmos inventam. Mas a verdade é uma só: nas situações complicadas da vida, não devemos agir, falar ou julgar quando a emoção está alta e à flor da pele. É preciso parar, respirar fundo e esperar que a emoção diminua... Como se diz no jargão popular, que a adrenalina baixe. As emoções são um leão a ser domesticado.

Agir, falar ou julgar no calor das emoções é correr um sério risco de cometermos injustiças. Nesses momentos não é a razão que está presente. São os fantasmas que estavam adormecidos nos recônditos da mente que afloram e transformam o nosso “eu” num ser primitivo, violento e inconseqüente.

Três coisas são irreversíveis: “...uma palavra proferida, uma flecha lançada e uma oportunidade perdida” (autor desconhecido). Palavras verdadeiras e sérias. É prudente refletirmos, ainda que rapidamente, a respeito da nossa postura cotidiana. É prudente desenvolver hábitos saudáveis como o da reserva antes de emitirmos nossas idéias, nossas falas e nossos julgamentos.

É prudente pesar o ambiente, o estado emocional nosso próprio e do nosso interlocutor. As palavras são como flechas, inalcançáveis. Uma vez ditas, plumas ao vento. Pode se transformar numa tragédia e numa bela oportunidade  que tínhamos para ficarmos quietos e a desperdiçamos... Leite derramado.

Machucamos pessoas e por elas somos feridos pelo simples descuido quanto as falas (muito e nos momentos errados). Claro que não podemos ficar calados diante de situações que exijam nossa participação e interferência. Não podemos assistir passivamente as injustiças acontecerem. Postura que se adquire com a maturidade e com completo domínio das nossas emoções.

Portanto, dominarmos as emoções é o segredo. É sabermos o momento certo de freá-las, para evitarmos acidentes de percurso, e também de deixá-las acontecer para  transformarmos em festa e celebrarmos os momentos felizes da vida.



Imagem: Google

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