quinta-feira, 5 de março de 2015

A HISTORIA ENSINA

Os bárbaros invadindo o Império Romano

O nosso cotidiano nos faz passar ao largo das coisas mais profundas, essenciais que afetam a existência humana. A vida é muito corrida, agitada e os meios de comunicação de massa tem a função de nos prender, nos manietar e nos manter nesse nível de relação com as coisas e com as pessoas, que chega muito próximo da banalidade.

Muitos reclamam do sistema educacional... E com razão! Muitos falam do sistema político... Também com razão... E tem a carestia, a inflação, a corrupção, os autoritarismos das grandes empresas prestadoras de serviços, como telefonia, transporte, infra-estrutura... Serviços todos, privatizados conforme recomendações do neoliberalismo.

Assim, estamos escravizados... Como tais, não temos mais voz ativa, não criticamos com a profundidade necessária... Estamos estáticos diante dos grandes acontecimentos que rolam em nosso país e no mundo.

Não dá mais para sairmos às ruas... Os desordeiros se aproveitam (obedecendo ordens  de quem?). As opções políticas de um passado recente já não, como previsto pelas mentes mais sérias e honestas, já não atendem mais aos requisitos de um pais moderno e de uma sociedade que se pretende cosmopolita, antenada, culta, preservadora do ambiente e provedora da democracia, cuidadora das pessoas.
Vivemos, especialmente no mundo político, uma espécie de “salve-se quem puder”.  Está instalado no país algo semelhante ao que aconteceu nos estertores do Império Romano, quando este sofreu as invasões dos povos bárbaros mais violentos (até então o conceito de bárbaro era diferente: significava o estrangeiro, aquele que vivia fora das fronteiras do império). Esses povos entravam nas comunidades e saqueavam tudo. Levavam o que podiam e deixavam um rastro de destruição. É o que está acontecendo agora. Os políticos entram, “saqueiam”, levam o que podem e vão embora com a certeza da impunidade. Não sobra pedra sobre pedra...
E a sociedade assiste a tudo passivamente, principalmente os jornalistas que se “desdobram” para explicar o inexplicável.  São pagos regiamente pelas empresas, cujas ações pertencem aos políticos (em muitos casos). Fica então essa “enrolação” sem fim. Ficam felizes quando uma tragédia acontece para focar nesse assunto e mudar o foco das notícias.

Falta civismo. Falta cultura... Falta autoridade... Falta pulso... Para onde vamos? Vivíamos até poço tempo, como no final do Império Romano, os tempos de “pão e circo”. O pão, as bolsas sociais (que tiveram e têm o seu valor intrínseco, pois tirou milhões da pobreza absoluta, têm, também os seus pecados, um deles a não educação em profundidade) e o circo, por conta da TV, das redes sociais, do consumo pelo consumo. A água, bem mais precioso para manter a vida está em perigo... O pão ameaça faltar... O circo continua em pé. O que vai acontecer? Apocalipse? A História ensina como foi a derrocada do grande império do Ocidente...

A História não se repete. Os tempos são outros, outras são as pessoas, diferentes as autoridades... Mas a História ensina...



Imagem: Google

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