segunda-feira, 26 de outubro de 2015

26 DE OUTUBRO, DIA MUNDIAL DO FUTEBOL

(Momento do  gol de Gígia, no final da Copa de 1950, no Maracanã, gol que deu o título  ao Uruguai, aliás o seu segundo título mundial. Decepção total no Brasil inteiro...)

Hoje, 26 de Outubro, celebram-se em quase todo o planeta o Dia Mundial do Futebol. Nesse dia, em 1863, na Taberna Freemason, na Great Queen Street, em Londres, um grupo de pessoas definiram as regras de um jogo que passaria a ser jogado apenas  com os pés e fundaram a The Football Association, a pioneira associação futebolística do mundo, que até hoje administra a Liga Inglesa.

O Futebol teria se originado na China, há mais de 2 mil anos. Chegou à Europa na Idade Média e no Brasil em 1894, trazido por Charles Miller, filho de pai escocês e mãe brasileira.

Desde então o futebol foi ganhando popularidade, culminando com as tradicionais Copas do Mundo, disputadas a cada quatros anos, menos  durante a Segunda Guerra Mundial.

Nasceram os times, os clubes, muitos permanecem na ativa, como muitos desapareceram ou mudaram de nome, por circunstâncias históricas. Exemplos como o do “Palmeiras” de São Paulo e do “Cruzeiro”, de Belo Horizonte, clubes cujos aficionados iniciais eram de origem italiana, que antes da Segunda Guerra eram conhecidos como Palestra Itália... Tais mudanças se deram em razão do predomínio do Fascismo na Itália.

No Brasil, sua popularização foi muito rápida, surgindo times nas comunidades, nas grandes de pequenas cidades do país, principalmente nas capitais estaduais. Houve um momento, porém, a partir dos anos 30, chegando até os inícios dos anos 50, que o futebol se elitizou. Seus jogadores pertenciam à elite dominante e os jogos eram verdadeiros desfiles de moda e de beldades da alta sociedade.

Mas os primeiros grandes nomes foram negros, destacando-se o inesquecível Leônidas da Silva, que ficou conhecido como o “Diamante Negro”. O Brasil participaria de todas as copas do Mundo, desde a primeira, em 1930 até a ultima (que muitos tentam esquecer), em 2014.

Houve um grande desastre em campo, talvez a maior decepção de todas: a derrota para o Uruguai na final de 1950 em pleno Estádio do Maracanã. Não podemos deixar de citar os vergonhosos 7 a 1 para a Alemanha em 2014.

E o futebol deixou o romantismo. Profissionalizou-se... Mercantilizou-se... Pelé foi o divisor de águas. Antes dele e depois dele. Jamais existiu, jamais existirá jogador igual. Pelé foi único. Jogou muito tempo no Santos Futebol Clube. Isso não mais acontece. A permanência de um jogador num clube é mínima, não cria vínculos, não finca raízes nem forja uma identidade. Os goleiros Marcos no Palmeiras e Rogério Ceni no São Paulo são os últimos exemplos. Aquele já parou e este para neste final de ano. Restará a transição, a volatilidade e o quem “dá mais”.

A politicagem, o jogo de interesses, a corrupção, apego ao poder, os empresários, os atravessadores, o desprezo aos clubes pequenos, o marketing, as empresas gigantes multinacionais de material esportivo, são entraves ao pleno desenvolvimento do futebol, não só no Brasil, como no exterior. O entretenimento ficou em segundo plano. O importante é a sua face mercadológica. Por isso os horários horríveis e a desorganização do calendário.

Hoje,  qualquer menino que tenha futuro, ainda em tenra idade, já passa a pertencer ao um empresário. Primeiro os pais são cooptados e depois o vírus da arrogância inoculado no menino que passa a fazer exigências absurdas aos clubes onde treinam... Muitos se perdem pelo caminho e o empresário, nessa altura do campeonato já está longe, muito longe

O futebol vive uma nova realidade. Resta o saudosismo e uma curiosidade em saber em quê ele se transformará num futuro não muito distante.


Na foto Charles Miller, introdutor da prática do futebol no Brasil






Imagens: Google

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