quarta-feira, 18 de novembro de 2015

OSTENTAÇÃO... SER OU NÃO SER

Não raras vezes a vida nos coloca em contradição, em situações de fala de coerência entre o que pensamos e o que agimos na prática. Às vezes, também, nem nos damos conta de que isso nos afeta... Mas em outras, é uma ação consciente nossa, pois isso passa pela nossa razão.

Exemplos há em todos os campos da atividade humana. Em algumas áreas essa contração é mais forte, como na religião, onde a fé demonstrada nos cultos e nos ritos não se repete na vida. Há, portanto, uma incoerência entre fé e vida.

Na política é muito grave essa contração... Os políticos prometem uma coisa e não cumprem, agindo completamente diferente na realidade, configurando um verdadeiro estelionato. E assim segue.

No campo da ostentação  situação se repete. Os dicionários são unânimes em afirmar que “ostentação é uma palavra que tem origem no termo em latim ostentatio, que significa exibição vã ou inútil. Uma pessoa que recorre à ostentação é muitas vezes conhecida como afetada ou fútil”.

Na ostentação há uma grande dose de incoerência. A pessoa quer se afirmar, quer atrair olhares, quer ser o centro das atenções... Querem, enfim, maquiar ou mascarar vulnerabilidades ou deficiências de conteúdos... Então recorrem a artifícios como ostentar riquezas, realizações, viagens, feitos com mulheres, fatos que pouco interessam aos ouvintes mais sérios.

A incoerência da ostentação reside no fato de falarem uma coisa teoricamente, mas na vida real é (ou faz) outra. Transforma-se em pessoa banal, fútil e não inspira confiança. Pode ser até alvo de comentários maldosos e (verdadeiros)...

Hoje em dia político passou a ser sinônimo de falsidade, incoerência... São salvo de chacotas, quando deveriam ser reverenciados como representantes do povo e como aqueles que são vozes de quem não t em voz. Mas a democracia se deteriorou justamente com a incoerência e falsidade deles.

Os religiosos incoerentes também são vítimas de sua própria incoerência. Apegados a ritos e cultos, aparentam piedade, mas na realidade são maldosos, maliciosos, adúlteros, gananciosos, ostentadores, vazios, comportamentos com os quais depõem terrivelmente contra a religião que adotam e dizem seguir.

Ostentar é um direito inalienável... Ser incoerente uma opção livre... Ser ou não ser... E assumir as consequências. A sociedade e a vida sabem separar o “joio do trigo”.



Imagem: Google

Nenhum comentário:

Postar um comentário