terça-feira, 3 de novembro de 2015

PROLIXIDADE OU VERBORRAGIA



Prolixo (ou verborrágico) é o indivíduo que fala demais ou escreve muito, perdendo a oportunidade de ser assertivo, sintético, curto e grosso, facilitando o entendimento de outra pessoa ou de uma plateia.

É o cara “enrolão” que fala, fala e nada diz. Num discurso, aula ou palestra, simplesmente faz a plateia “dormir”... E sair com a sensação de “tempo perdido”.

Quando escreve, usa e abusa de adjetivos, de frases entre vírgulas, perdendo-se em detalhes, com o que perde, também, o objetivo da afirmação.

Um antigo professor de Língua Portuguesa alertava seus alunos quanto à extensão dos seus textos. “Quem escreve muito erra muito”, dizia sempre.

Não esqueçamos, porém, a “prolixo” pode em algum momento ser usada como adjetivo. Pode-se dizer que o conhecimento de alguém é “prolixo” no sentido de quantidade, profundidade e extensão desse conhecimento.  O mesmo pode-se dizer de aluem que fala fluentemente várias línguas... E assim por diante.

Voltando ao seu aspecto negativo, lembramos-nos do Professor Mario Sergio CortelLa, que em seu livro “Pensar bem faz bem! –  volume 3”, abordou o tema da “vacuidade”, que é a capacidade das pessoas de encontrar palavras para preencher o vácuo de conhecimento que acontece em seu cabedal  de conteúdo. Desenvolve, então, um rosário de palavras sem sentido, uma verborragia desenfreada, tornando aquele diálogo longo, inacabável, horrível, sonolento, chato...

E quando o camarada se acha o sabido, o bem informado, dono da verdade, tenta roubar a cena e sua conversa fica girando em círculo, ou melhor, como um disco quebrado, o qual quando se imagina que está chegando ao fim e outro vai poder emitir sua opinião, ele volta ao começo e a verborragia continua.

Duas quase anedotas envolvendo a prolixidade e a assertividade:

1 – Quando alguém que é visitante na cidade pergunta a um transeunte onde fica tal instituição e a resposta vem com a história, sua fundação, seus presidentes, autoridades que visitaram e se esquece de oferecer ao impaciente visitante informação desejada, sendo necessária uma segunda pergunta.

2 – Quando o mesmo visitante pergunta a um outro transeunte, este mais assertivo e mais chato, se ele sabe onde fica a mesma instituição ele responde simplesmente: “sei”. Azar de quem fez a pergunta de forma errada.

Falar muito e nada dizer, eis a contribuição da prolixidade para a cultura nihilista, isto é, do nada... Bem à caráter do nível educacional presente em nosso pais, que é baixíssimo, bem a gosto da elite dominante e dos políticos... Povo inculto, dominação facilitada.

Chega por hoje...


Imagem: Google

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