quinta-feira, 17 de março de 2016

HONESTIDADE



Conta-se que um pai e seus três filhos, um de sete, outro de nove, foram assistir a uma partida de futebol. A regra era a seguinte: até 6 anos o ingresso era gratuito; até 11 anos meia entrada e acima de 12 (não sendo estudante, entrada inteira. O pai pediu uma inteira para ele e três meias entradas, uma vez que seus filhos estudavam e estavam de posse de suas carteirinhas. O bilheteiro, olhando para o caçula disse ao pai que o menino, por ser franzino, entraria de graça. “Era só falar ao moço da catraca que tinha menos de 6 anos”. O pai insistiu: “Pode me vender o ingresso dele, pois ele já tem sete anos e precisa saber que ele tem de pagar ingresso. Ele precisa aprender desde já a ser honesto!

A honestidade parece estar fora de moda... Quem é “nerd”, fiel, honesto, compromissado, correm o risco de ter rotulado de “careta”. O mundo é dos espertos... E há quem ache que é melhor ser desonesto, pois é confiável, uma vez que já não tem mais nada a perder. Já o honesto, infelizmente está sempre n grupo de risco de cometer um deslize, de falar com a honestidade.

A convivência humana é regulada por regeras e convenções. Elas são necessárias para o perfeito funcionamento da vida, nos seus limites, com base no verdadeiro sentido da liberdade. A desonestidade não ser apanágio especialmente daqueles que têm o comando político e empresarial. A desonestidade não deve ser o espelho da melhor conduta dos membros da sociedade.

Honestidade rima com transparência. Não mentir, não dissimular, não ser cínico, são características da pessoa honesta.

Os bons exemplos de honestidade e transparência devem vir de cima e se espalhar por toda a sociedade. A justiça deve ser honesta, os legisladores devem ser honestos e os executores da lei também devem ser honestos, os trabalhadores devem ser honestos, os parceiros devem ser honestos, os filhos devem aprender a serem honestos.

Só se pode cobrar atitudes positivas se se pratica atitudes positivas... Há uma conivência “velada” da sociedade em relação aos pequenos atos de desonestidade. Um livro não devolvido à Biblioteca Pública... Um grampeador trazido do escritório da empresa onde se trabalha... a falta de transparência na vida conjugal. Parecem mais virtudes que desvios atitudinais...

A expressão “honestidade” vem do grego “honos” que significa honraria, dignidade. Portanto, é uma glória, um ponto positivo, para quem é honesto. Ela, sim, deve ser fonte de cofiança, pois é disso que a sociedade precisa, especialmente no campo da política. Mas ela é absolutamente necessária em todos os ramos das atividades humanas.

Quem reflete sobre a honestidade sempre se lembra das palavras de Rui Barbosa proferidas início do Século XX, que conclui que o “...O homem chega a ter vergonha de ser honesto”. Palavras atuais!

Precisamos cuidar para que a banalização da honestidade não continue...



Imagem: Google

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