sexta-feira, 26 de agosto de 2016

OLIMPÍADA RIO 2016: O SONHO ACABOU, MAS SERÁ QUE AINDA TEM PÃO DOCE?


A Olimpíada Rio-2016 acabou... Os sonhos... Alguns se concretizaram, outras mais ou menos... Outros ficaram longe!

As verdades: o sentimento de ressaca, testemunhado por atletas, por turistas nacionais e estrangeiros, pelos voluntários e pelas autoridades... O vazio pós-Olímpico... E o que fazer com as obras acabadas e inacabadas...

A maioria dos atletas voltou para seus países, para suas casas... Os atletas de ponta já pensam nas novas competições, nos treinamentos e na absorção das novas tecnologias em condicionamento físico. Certamente voltarão a vencer na Olimpíada de Tóquio. Alguns competidores anunciaram aposentadoria, abrindo espaços para novos talentos.

Por aqui, tudo volta ao marasmo, ao sabor das crises política, econômica, social, educacional, esportiva. Salvem-se aquém puder.

Uns continuam seus projetos, participando de competições e fazendo intercâmbios, o que é louvável e necessário. Mas a maioria volta para suas origens, sem planos imediatos.

Enquanto lá fora, as potências esportivas tm projetos sólidos de treinamentos, pesquisa, apoio às categorias de base, por aqui, tudo continuará ao Deus dará, com pouquíssimos centros de treinamento e apoio aos atletas olímpicos. Nada é consistente.

Sem política, projeto ou planos de desenvolvimento e de divulgação dos esportes de alto rendimento não há como atrair o interesse de adolescentes e jovens para a prática esportiva. Não se prepara para jogos olímpicos e competições internacionais com a concentração de esforços num único atleta ou numa única modalidade.

O esporte precisa ser praticado desde a mais tenra idade, nas escolas oficiais ou não. É preciso haver incentivo, apoio e programas. E o mais essencial: o patrocínio. O atleta só tem de se preocupar com o seu treinamento. Esse é o seu foco. E não a sua subsistência e de sua família.

E vale ressaltar: apoio e cobrança. A contrapartida é fundamental, com dedicação, disciplina e perspectivas de resultados. Caso contrário está fora! Pulso! Eis a questão.

Nos Jogos Olímpicos ficaram claro que o máximo de empenho, treinamento criatividade pode não ser suficiente para enfrentar atletas e equipes superpreparados. Uma retrospectiva do foram os Jogos de 2016 evidencia este fato. O intercâmbio e a pesquisa fundamentais. Mas como? Se muitos atletas precisam trabalhar e alimentar suas famílias...

O Brasil é uma casa desarrumada, desorganizada, onde todos gritam e ninguém tem razão. Falta pão, falta concórdia, falta paz, falta utopia.

Resta o gosto amargo de uma festa que acabou. Sonho acabou. Nem pão doce sobrou...



Imagem: Google

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