quarta-feira, 10 de agosto de 2016

OS SENTIDOS QUE ENSINAM


À primeira vista, quando se trata dos sentidos do corpo humano, a resposta imediata é que eles são cinco: visão, olfato, paladar audição e tato. Resposta não tão correta, portanto, não completamente errada. Assim é que o corpo tem muitos outros sentidos, talvez mais utilizados que esses, que são básicos. Contam-se mais de 30. E não seria o caso enumerá-los aqui, pois se trata de algo subjetivo, dependendo do conceito desenvolvido pelos especialistas no assunto.

Se há uma subjetividade na definição do complexo de sentidos que dão suporte à vida humana, não resta dúvida que alguns que fogem à lista básica, são essenciais, como o equilíbrio, que está ligado ao labirinto (da tão temida “labirintite”), a propriocepção que fornece ao cérebro as informações fundamentais sobre as partes do corpo, sua localização e posição, em consonância com o equilíbrio e a nocicepção, que orienta o cérebro a respeito da dor ou das dores que o corpo sente.

Aliás, esta última, tem um forte fundo emocional, o que torna o espectro da dor muito mais profundo, necessitando de assistência multidisciplinar, isto é, da união de conceitos e diagnósticos de vários especialistas.

Aspectos técnicos e científicos à parte e focando a condição humana, precisamos retomar pelo menos um dos sentidos básicos, a visão e relacioná-lo com a fala, com a comunicação. A visão fornece ao cérebro as imagens, as cores, as luzes, a falta delas, as dimensões, a profundidade das coisas, das demais pessoas. A comunicação através da fala é a materialização de determinados sentimentos que estão em evidência no seu íntimo naquele momento.

A fala tem seus riscos. Pode ser exagerada. Pode expor sentimentos e verdades inapropriadas para o momento. Pode criar barreiras que impedem ampliar o networking, a rede de relacionamentos, e mesmo reduzi-la. A fala exagerada pode ser inconveniente e trazer prejuízos ao aprendizado e ao crescimento da pessoa. A fala exagerada, destemperada, intempestiva, causa problemas até para outro sentido básico, a audição, pois quem fala muito ouve pouco.

Com isso, ganha relevância a visão. Ela pode extrapolar a sua missão pura e simples. Ela pode ensinar mais, ela pode contribuir mais para a própria segurança e sobrevivência da pessoa. Essa afirmação tem razão de ser, quando a pessoa desenvolve a visão holística ou de 360 graus. Ao chegar a determinado ambiente, a visão 360 fornece à pessoa a noção geral desse ambiente e os aspectos positivos e perigos nele contidos. Uma retirada estratégica pode ser a diferença entre a tragédia e a sobrevivência.

Ver muito... Ouvidos atentos e falar o necessário... Qualidades de uma pessoa equilibrada, madura e bem resolvida na vida. Portanto, feliz!

  

Imagem: Google

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